Portland
Eu fui mesmo assistir ao show da 5SOS.
Havia um certo empurra empurra na primeira fila, então dei a volta nos bastidores e avisei aos seguranças que ficaria no vão entre a plateia e o palco. O meu crachá me dava essas liberdades que eu nem conhecia.
Eu gostei.
Meninas choravam antes mesmo das luzes se apagarem anunciando o começo do show. A adrenalina do som vibrando sob os meus pés aumentava a ansiedade de ver a banda no palco pela primeira vez.
Estava estranhamente ansiosa.
O primeiro que vi foi Ash. Michael entrou em seguida. Calum e Luke foram os últimos.
Eu mal conhecia as músicas da 5SOS, mas não deixei esse fato estragar a minha experiência, afinal, a energia deles no palco superava absolutamente tudo.
Acho que nunca tinha me divertido tanto em um show.
Tive muitos momentos favoritos naquela noite, mas o maior de todos foi Lover Of Mine. Acho que nunca sofri tanto em três minutos na minha vida. E a dor era linda, ela tinha a voz de Luke, seus cachos dourados e olhos profundamente azuis.
Ao mesmo tempo em que ele brilhava no palco, a canção também o deixava vulnerável. Luke quase parecia outra pessoa, se não fossem seus traços inconfundíveis.
Me peguei pensando bastante sobre o lugar de onde vinham as suas composições. Eu nunca diria que o Luke que conheço escreveria "When I take a look at my life and all of my crimes you're the only thing that I think I got right".
Eu não conseguia imaginá-lo dizendo "Dance around the living room, lose me in the sight of you, I've seen the red, I've seen the blue. Take all of me".
Imaginei Luke nessas cores e somente o vermelho fazia sentido pra mim. Tudo sobre ele era vermelho.
Mas, ali no palco, cantando Lover Of Mine, Luke era azul.
Um brilhante e vulnerável azul.
E, bem, eu também era azul.
Então, aquilo só podia ser uma miragem. Uma visão patrocinada pelas luzes melancólicas e a melodia. Uma atuação para o palco.
Hemmings era uma receita infalível. Um rosto de anjo desenhado para confundir. Seu tom provocativo e suas letras apaixonantes. Quem sairia vivo dessa?
Eu ri da enrascada do universo em meio àquela confusão de sensações.
Eu sairia viva dessa, universo. Eu!
Corri para o camarim depois que as luzes se apagaram a fim de parabenizar a banda. Passei primeiro na sala de Ash, Michael e Calum e me demorei um pouco lá.
Não sei o exato motivo, mas eu estava adiando encontrar com Luke.
Bem depois fui ao encontro de Luke, que estava sozinho. Inevitavelmente, já havia uma calcinha sobre a mesa quando entrei no seu camarim. Aquilo me confirmou que o Luke do palco era um ato. Uma história de ficção que só existia dentro daquelas duas horas.
Balancei a cabeça, de repente, aliviada. Finalmente respirando bem.
Ele sempre seria esse cafajeste com filosofias que eu não entendia, afinal.
- Já? - Apontei para a tal calcinha.
- O que posso fazer? Eu amo chu-
- Eu sei! - Interrompi - Mas sobre o show... foi incrível!
Tive a súbita ideia de avançar para seus braços. Ele os passou pela minha cintura e me ergueu. Meu corpo completamente apoiado pelo dele. Sua pele estava quente e Luke disse que estava feliz por eu ter gostado. Sua voz vibrou no meu peito e me aqueceu mais um pouco.
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Sex - Luke Hemmings
FanficLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...