62. Impossible Man

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Luke era um homem impossível. Aquele tipo de pessoa que você sabe que não pode dominar, mas só tentar já é um desafio que vai te transformar para o bem ou para o mal.

Chegamos em casa ainda em silêncio, meu olhar estava fixado no perfil dele. Por mais que eu mesma achasse aquilo um tanto obsessivo, não conseguia parar.

Como ele podia estar escondendo aquilo de mim?

No meio de tudo, eu ainda não conseguia encontrar as palavras para sequer abrir a boca e perguntar o que estava acontecendo.

Subi direto para o quarto ansiosa para sair daquele vestido que me apertava e precisando de um banho para me acordar para a realidade. Quando saí do chuveiro, envolta na névoa da água quente, o dia já estava escuro e eu conseguia saber exatamente o que ele estava fazendo no andar de baixo.

Me enrolei no roupão e desci.

Luke estava curvado sobre o piano, tocando uma melodia que eu nunca tinha ouvido. A melancolia dos acordes fazia meu peito apertar e tudo na minha vista parecia estranho, como se eu nunca tivesse estado naquele lugar.

A única coisa que parecia familiar era ele mesmo. O contorno de sua figura era tão intrigante quanto as decisões que ele tomava.

Luke continuou tocando a melodia até que ele se misturasse à ela e eu visse a arte e o homem como um só. Um efeito. Uma ideia. Me aproximei como se não pudesse evitar ser atraída para ele. Ele sentiu a minha presença e parou de tocar, fechando a tampa do instrumento.

Encostei na lateral do piano e busquei o olhar dele. Procurei ali extrair a resposta dele sem ter que perguntar em voz alta. Aquela decisão não podia ser minha.

Tudo sob a minha pele estava vibrando, mas eu me mantive serena, esperando que Luke me olhasse de volta. Quando ele o fez, percebi que suas órbitas pareciam molhadas. O brilho do abajur o denunciou.

Minha primeira reação foi estranhar, mas antes que eu pudesse fazer qualquer outro movimento, Luke esticou as mãos para a minha cintura e me puxou gentilmente, abrindo as pernas para que ficássemos bem próximos.

Ele ia revelar.

Meu coração foi parar na minha garganta e eu engoli em seco. Não sei se ele percebeu o quanto eu tremia, mas eu dei o meu melhor para não explodir.

Ele abriu a boca e eu juro que vi uma palavra saindo dali. No entanto, não saiu. Luke fechou a boca novamente e eu assisti a batalha que sua mente enfrentava sozinha. Eu queria dizer pra ele parar de pensar, mas eu tinha tanto medo de estragar qualquer avanço que a gente tinha feito que preferia ficar na dúvida ao ter coragem de resolver.

Luke afastou a confusão abrindo o meu roupão. Eu o deixei cair pelos meus ombros, me expondo completamente nua. A pele ainda fresca do banho. Luke acariciou o piercing e deu mordidinhas na minha cintura. Sem pensar em muito mais do que isso, eu decidi afastar a ideia anterior e me render ao que eu estava querendo agora.

Empurrei Luke pelos ombros e o fiz ficar de costas para o piano. Me ajoelhei em sua frente e comecei a desabotoar a sua camisa com paciência, mas com uma vontade tão voraz que eu quase lacrimejava a cada movimento que expunha a pele dele.

Quando cheguei na calça, Luke recostou os cotovelos no piano e me deu o olhar que estava marcado na minha mente. Uma atenção tão intensa que me fazia ter a certeza que ninguém já quis outra pessoa como ele me queria.

Puxei o cós da boxer dele, controlando a minha ansiedade de reencontrar Luke do jeito que eu mais gostava dele.

Ele já estava duro quando a minha mão o encontrou e o apertou. Luke soltou o ar ruidosamente, fazendo um som que só podia ter nascido nos meus melhores sonhos. Precisei da outra mão para matar a minha vontade de tocá-lo, deslizando para cima e para baixo, chegando cada vez mais perto enquanto a minha boca aguava.

Luke me olhava agora como se me desafiasse. Ele queria saber até onde eu ia.

Pois eu primeiro deixei meus lábios encostarem gentilmente para ver a expressão dele e, gostando da resposta, fechei a boca ao redor e me empurrei até que a minha garganta estivesse preenchida. Era difícil, mas eu precisava engolir Luke Hemmings.

A respiração dele ficou pesada e seu quadril se elevou para me fazer entrar mais. Não cabia tudo, mas era o bastante. Quente, úmido e doce. E todo meu.

Liberei a minha garganta e comecei a chupá-lo com a intenção de lembrar do gosto dele na ponta da língua. E quando Luke terminou na minha boca ainda estava duro.

Eu levantei e caminhei até o sofá, me posicionando de quatro e aguardando até que ele pegasse a camisinha na carteira. Não demorou mais do que poucos segundos, então eu logo estava tão apertada com Luke dentro de mim que chegava a doer.

O barulho da nossa colisão ecoava pela casa vazia e eu me derramava com tanta facilidade nele que meu corpo ia ficando fraco.

Então ele me deu um tapa. Tão forte que me injetou de uma adrenalina imediata. Agora era eu indo ao seu encontro e Luke puxando o meu cabelo. E a gente ia ficando mais alto, mais alto e mais alto.

Em um segundo eu estava com a cara enterrada no sofá e na outra ele estava me puxando para colar a boca no meu ouvido.

— Você foi feita para o tamanho do meu pau — ele desceu a mão direita entre as minhas pernas e começou a me massagear.

Droga. Ele estava certo.

Luke, então, dobrou o corpo sobre o meu e se dirigiu à mim novamente.

— Você sabe por que é muito improvável que eu tenha engravidado alguma das garotas do camarim?

Neguei.

— Porque eu como a maioria delas por trás.

Se eu não tinha pensado na possibilidade, aquilo não era um problema. Pois eu iria com ele à qualquer lugar.

Luke me relaxou com palavras e me umedeceu com um plano: para que quando ele empurrasse, deslizasse com mais facilidade.

Ainda assim eu gritei. Ele beijou as minhas costas, deixando eu me acostumar. Doía tanto quanto era bom, mas fui me habituando com o tamanho dele até que ele pedisse:

— Posso?

Eu respirei fundo. Por querer e por também estar um pouco apavorada.

— Pode.

De alguma forma, ele me fez alcançar um prazer que eu não conhecia. Aquilo era tão estranho e eu estava tão surpresa que gozei duas vezes, mesmo com as investidas lentas que ele dava para não me machucar.

Eu massageei meu clitóris quando senti o pau dele pulsar ainda mais contra mim, sabendo que ele estava quase lá.

— Você é a minha garota favorita.

Ele estava certo desde o começo. Eu era a garota dele.

De todas as vezes que eu com certeza sabia que era dele, aquela era a mais óbvia. Mas de repente, eu estava assustada, com medo do quão definitiva a sensação parecia.

Mas eu não poderia existir sem essa sensação, sem ter o meu coração arrebentado pelo mesmo par de olhos que o emendava outra vez. Nada teria a graça sem a complexidade de Luke Hemmings.

Quando a lágrima escorreu do meu rosto, foi pelo prazer e pela dor.

Ele tinha que me falar logo ou eu ia perguntar.

Contudo, quando Luke terminou e me virou para ele, tomado pelo brilho do suor e ainda duro, eu só pude soltar o que o meu peito empurrou imediatamente pra fora:

— Você sempre terá um lugar em mim porque eu sempre estarei apaixonada por você.

E não aguardei que ele sentisse exatamente o que eu sentia. Aquilo que era tão lindo e absurdo que era uma pena não ser dividido. Mas eu aceitaria do jeito que tinha que ser.

E eu acho que, pela primeira vez, Luke não se assustou. Não rejeitou. Não correu. Ele se lançou à minha boca e entrou em mim pela frente, me arrancando um gemido que explodiu em um grito.

Quanto mais eu o conhecia, mais eu tinha certeza que nem todo mundo era feito de carne e osso. Alguns poucos eram feitos de estrelas.

E Luke era impossivelmente feito de algo mais dourado.

Sex - Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora