22. Too Impulsive

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Nova Iorque

Era a última noite em Nova Iorque e eu só vi Luke novamente após o show, no camarim.

Michael havia acabado de sair, dizendo que tinha um campeonato de LoL acontecendo em algum lugar do mundo e ele não podia perder. Aquele provavelmente também era o compromisso de Anya naquela noite.

Dois minutos depois de um sair, o outro entrou.

Eu estava comendo uvas quando ouvi a porta abrir. Me preparei para cumprimentar quem quer que estivesse acompanhando Luke, mas acabei me deparando com ele sozinho.

Ele raramente entrava no camarim sozinho, então aguardei por alguns segundos, ainda esperando que mais alguém fosse aparecer.

- Está esperando alguém? - Ele perguntou ao perceber a minha atenção na porta.

Eu levantei uma sobrancelha.

- Eu? Não. E você?

Luke sorriu de lado enquanto abria uma das garrafinhas d'água que estavam sobre a mesa preta.

- Eu tenho outros planos - Ele deu um gole - E estava pensando... você quer vir comigo?

Revirei os olhos e suspirei, como de costume.

Ele me olhou silencioso.

Aí então, me lembrei do que eu tinha feito e do quanto tinha gostado. Desviei o rosto rápido, antes de corar, e fui até a minha mochila em cima do sofá, fingindo procurar algo.

Luke permaneceu no mesmo lugar.

- Eu estava falando sobre sair - Ele disse - Se não me engano, acho que é o seu trabalho me acompanhar.

Olhei ele de relance.

Era um certo alívio vê-lo utilizar o tom de sempre ao falar comigo. E se ele fingisse que não tínhamos feito aquilo pelo telefone?

Resolvi testá-lo.

- Quem mais vai? - Usei meu tom casual.

- Ninguém, só eu e você.

Engoli em seco. O apoio de Ash, Cal ou Mike era bem-vindo para lidar com Luke.

- Esse é um dos seus planos para conseguir entrar na minha cabeça? - soltei sem pensar, mas não me arrependi.

Luke riu.

- Eu vou deixar o comentário sobre "entrar" passar.

Fechei os olhos e soltei um "droga". Eu não podia ter pensado em alguma palavra melhor?

O loiro pousou a garrafa na mesa e se aproximou de mim. Eu senti a sua aproximação sem realmente vê-la.

- Acredito que temos uma coisa ou outra para conversar, não acha? - Ele disse em um tom baixo.

Sim, tínhamos, mas eu não estava pronta. A lembrança da noite anterior ainda era vívida e a conversa com a minha mãe estava enchendo outra parte da minha mente.

- Luke...

- Você sabe as minhas intenções.

- As piores possíveis - retruquei.

- Não - Ele me interrompeu com um tom suave - Eu disse que eu quero te dar prazer.

Ele não me dava descanso algum. Eu era a constante vítima do furacão de nome Luke Hemmings. Não importava como eu decidia tratá-lo, nada o controlava, nada o mantinha quieto, nada o surpreendia ao ponto dele perder a postura.

Eu soltei a mochila e me virei em sua direção.

Os botões abertos de sua camisa brincavam com a minha imaginação. Eu quis me punir pelo pensamento.

Sex - Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora