Eu não reconhecia aquele Luke. Era como uma versão exagerada da noite de seu aniversário, um que prometia vingança e cumpria.
Comecei a me perguntar se aquele não era ele de verdade. Se ele sempre havia sido debochado, rude ou perverso, e aquele vermelho era mais do que um perigo lúdico.
Eu estava cega e Luke Hemmings não podia ser consertado. Muito menos por mim.
"Tem sempre uma louca atrás de mim"
E ali estava eu arrumando as malas para seguir no seu rastro, pensando na conversa que eu teria com ele quando finalmente fosse confrontá-lo. Mas... pra quê? Para brigarmos e eu acabar demonstrando mais uma vez que me importo demais? Para que ele pudesse debochar e sair e por cima?
O melhor que eu podia fazer era fingir que nada tinha acontecido. Eu precisava mascarar o incômodo no meu peito e seguir em frente. Eu, Zach, a YSL e um futuro que estava em algum lugar.
Não havia necessidade de mais estresse. A minha rivalidade com Luke era quase ensaiada. Era para os tabloides e capas de revista, eu não queria torná-la mais real.
Na noite em que pisei na sala de embarque, preparada para o longo vôo noturno até Budapeste, tomei a minha primeira decisão sóbria quanto a Luke Hemmings.
Ao ver a 5SOS dividindo um dos sofás da sala VIP, não me afastei da The Neighbourhood, apenas acenei para Calum, Michael e Ash. Permaneci conversando com Zach, falando do catálogo de filmes da companhia aérea e ignorando um Luke concentrado em sua leitura no canto da minha visão panorâmica.
Cumprimentei Lyla com um longo abraço, sabendo que a nossa empolgação talvez estivesse chamando atenção de quem não devia, mas não me virei para checar.
Quando vimos que nossos assentos não eram próximos, perguntei para Zach se ele se importava de trocar para que Lyla ficasse ao meu lado.
Zach estava completamente ciente de que eu e a YSL estávamos usando-o. Estava tudo em contrato. Então não havia atrito em nossas decisões conjuntas.
Nós faríamos nosso teatrinho e ponto final.
Seguimos para a aeronave e Lyla sentou comigo, parecendo ansiosa para contar algo. Ela olhou em volta, checando quem estava próximo dos nossos assentos e, depois de apertarmos os cintos, ela se inclinou na minha direção:
— Ontem eu estava muito bêbada e acabei enviando uma mensagem de um número restrito para o Calum.
— Que? — minhas sobrancelhas se levantaram — E o que você falou?
Lyla tinha olhos grandes e expressivos, dava pra ver o quanto aquela história animava ela.
— Eu disse que não conseguia parar de pensar nele, aí ele perguntou quem era e eu mandei uma foto de sutiã — ela cobriu a boca com as mãos.
Arregalei ainda mais os olhos, cobrindo a boca também.
— E o que ele fez? — minha voz saiu abafada.
Lyla olhou para uma fileira bem longe da gente, como se conseguisse vê-lo, e destapou a boca ao chegar mais perto do meu ouvido.
— Ele me mandou uma foto deitado na cama e perguntou se podia ver meu rosto. Eu disse que não porque ele ia acabar me reconhecendo.
Meu Deus.
— Lyla! Meu Deus. Ele vai acabar te reconhecendo se te ver de biquíni! O que você vai fazer?
Ela deu de ombros.
— Eu não sei. Acho que vou comentar algo sobre Budapeste quando estivermos no hotel. Quero dar a entender que eu sei onde ele está, mas não que eu também estou na cidade.
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Sex - Luke Hemmings
Fiksi PenggemarLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...