— Por favor, entra no carro — Luke pediu.
Passava da hora do almoço e eu jurava que tinha ouvido Ashton dizer que o voo deles saía de manhã. Mas Hemmings estava ali, atrás do volante de um carro, parado na frente da minha casa.
Meu cabelo estava amarrado em um coque e eu vestia roupas de ficar em casa. Ou melhor, de dormir. Luke não queria que eu me trocasse. Ele vestia uma camisa branca de botões semi aberta e óculos escuros. A diferença era gritante e eu não estava entendendo porque ele estava ali horas depois de ter me dado um fora.
Eu tinha prometido a Scott que passaria no escritório da YSL pela tarde, mas estava me sentindo um lixo. Decidi não sair de casa e olhar um pouco para o teto deixando a hora passar.
— Só entra no carro, eu prometo que vai valer a pena — me deu um olhar sério.
Prendi o lábio inferior e olhei para longe, refletindo se era uma boa ideia passar um tempo com ele. Provavelmente não.
— Maya...
— Você nem devia estar aqui.
— Ontem você me pediu para ficar.
— Eu não te pedi para não pegar o avião.
Ele bufou.
— Eu adiei o voo para amanhã de manhã. Só tenho as próximas horas. Se você não entrar no carro eu não sei quando vamos nos ver de novo. — Levantou as sobrancelhas — Por favor.
Abri a boca para dar uma desculpa, mas desisti.
Puxei o cardigã por cima do meu short fino e da blusa de dormir e, em silêncio, finalmente entrei no carro.
Luke pareceu satisfeito.
Passados alguns minutos, ele perguntou se eu estava bem.
— Eu estou tão bem que isso devia ser uma ofensa à psicologia — falei sem expressão.
Pelo canto do olho, vi ele sorrindo.
Eu não sabia para onde estávamos indo, mas pegamos a estrada para o norte e eu relaxei no banco do carona. Luke se confundiu com o GPS trinta e sete vezes, mas sobrevivemos. Quando o carro finalmente parou e o motor foi desligado, franzi o cenho.
Um cara que devia ter a nossa idade vestindo um gorro vermelho acenou para nós dois. Estávamos no meio do nada, em um lugar completamente deserto onde só havia um trilho de trem abandonado e um vagão velho em cima.
Em volta, um monte de eletrônicos e peças de decoração que não pareciam servir mais e duas cadeiras de praia. Havia alguma vegetação, mas estava sendo castigada pelo verão.
Saltei do carro semicerrando os olhos por conta do sol e virei para Luke.
— Eu não sabia que você me odiava o suficiente para me trazer pra um local de desova.
Ele não me deu ideia.
Eu cruzei os braços, como se pudesse me proteger das incógnitas dele e o acompanhei até o carro do gorro, para quem passou três notas de cem dólares.
— Divirtam-se — ele disse.
Observei o cara ir em direção ao seu carro velho rebaixado e partir dali levantando poeira.
Que porra era aquela?
Virei para Luke, mas não conseguia formar uma pergunta, então só olhei em volta tentando enxergar tudo que tinha ali.
— Isso é para desestressar — Hemmings disse enquanto pegava um taco de beisebol e um óculos protetor para me passar.
Ele colocou os itens na minha mão e foi se sentar numa das cadeiras de sol.
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Sex - Luke Hemmings
FanficLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...