31. What Happens When You Get Into The Car

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— Por favor, entra no carro — Luke pediu.

Passava da hora do almoço e eu jurava que tinha ouvido Ashton dizer que o voo deles saía de manhã. Mas Hemmings estava ali, atrás do volante de um carro, parado na frente da minha casa.

Meu cabelo estava amarrado em um coque e eu vestia roupas de ficar em casa. Ou melhor, de dormir. Luke não queria que eu me trocasse.   Ele vestia uma camisa branca de botões semi aberta e óculos escuros. A diferença era gritante e eu não estava entendendo porque ele estava ali horas depois de ter me dado um fora.

Eu tinha prometido a Scott que passaria no escritório da YSL pela tarde, mas estava me sentindo um lixo. Decidi não sair de casa e olhar um pouco para o teto deixando a hora passar.

— Só entra no carro, eu prometo que vai valer a pena — me deu um olhar sério.

Prendi o lábio inferior e olhei para longe, refletindo se era uma boa ideia passar um tempo com ele. Provavelmente não.

— Maya...

— Você nem devia estar aqui.

— Ontem você me pediu para ficar.

— Eu não te pedi para não pegar o avião.

Ele bufou.

— Eu adiei o voo para amanhã de manhã. Só tenho as próximas horas. Se você não entrar no carro eu não sei quando vamos nos ver de novo. — Levantou as sobrancelhas — Por favor.

Abri a boca para dar uma desculpa, mas desisti.

Puxei o cardigã por cima do meu short fino e da blusa de dormir e, em silêncio, finalmente entrei no carro.

Luke pareceu satisfeito.

Passados alguns minutos, ele perguntou se eu estava bem.

— Eu estou tão bem que isso devia ser uma ofensa à psicologia — falei sem expressão.

Pelo canto do olho, vi ele sorrindo.

Eu não sabia para onde estávamos indo, mas pegamos a estrada para o norte e eu relaxei no banco do carona. Luke se confundiu com o GPS trinta e sete vezes, mas sobrevivemos. Quando o carro finalmente parou e o motor foi desligado, franzi o cenho.

Um cara que devia ter a nossa idade vestindo um gorro vermelho acenou para nós dois. Estávamos no meio do nada, em um lugar completamente deserto onde só havia um trilho de trem abandonado e um vagão velho em cima.

Em volta, um monte de eletrônicos e peças de decoração que não pareciam servir mais e duas cadeiras de praia. Havia alguma vegetação, mas estava sendo castigada pelo verão.

Saltei do carro semicerrando os olhos por conta do sol e virei para Luke.

— Eu não sabia que você me odiava o suficiente para me trazer pra um local de desova.

Ele não me deu ideia.

Eu cruzei os braços, como se pudesse me proteger das incógnitas dele e o acompanhei até o carro do gorro, para quem passou três notas de cem dólares.

— Divirtam-se — ele disse.

Observei o cara ir em direção ao seu carro velho rebaixado e partir dali levantando poeira.

Que porra era aquela?

Virei para Luke, mas não conseguia formar uma pergunta, então só olhei em volta tentando enxergar tudo que tinha ali.

— Isso é para desestressar — Hemmings disse enquanto pegava um taco de beisebol e um óculos protetor para me passar.

Ele colocou os itens na minha mão e foi se sentar numa das cadeiras de sol.

Sex - Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora