17. Treacherous

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Nova Iorque

Eu encarava o dia quente através do vidro super reforçado. Uma infinidade de prédios de estendia no horizonte e eu daria tudo para estar do lado de fora.

- Tyler, onde está o Luke?

Finn, um dos caras importantes com cargos de nomes longos, não me olhava diretamente, apenas anotava algo em seu iPad.

Os saltos estavam machucando os meus pés e eu me amaldiçoei por tê-los colocado mais cedo. Eu queria parecer profissional, mas, enquanto o homem me chamava pelo sobrenome, eu só me sentia uma garotinha que não sabia o que estava fazendo.

E ele sabia quem eu era. Assim que eu entrei no moderno prédio no centro da cidade, o homem alto e frio me abordou. Uma breve pesquisa antes da reunião e Finn já sabia a minha vida toda. Muito mais do que a 5SOS ou a produção por trás da turnê sabia.

Muito mais do que Luke já se interessou em saber.

- Ele já está vindo - Eu disse pela terceira vez.

O problema era que eu não sabia se Luke estava mesmo a caminho da reunião. Era um contrato importante para ele atuar como modelo de uma grande marca de maquiagem.

Parecia algo novo e empolgante, mas ele não estava dando a devida importância.

Luke havia me dito para dar uma volta pela Times Square antes da reunião. Eu chamei Lyla e saímos, mas descobri que Hemmings também havia saído quando chegamos no hotel, horas depois. Contudo, eu sabia que ele não havia esquecido da reunião.

Ele apareceria. Ele disse que sim.

Então, eu me vesti de cores sóbrias e treinei meu vocabulário polido, exatamente como minha mãe falava para eu fazer quando me levava ao ateliê, onde recebia gente importante querendo roupas para eventos grandes e televisionados.

Na sala de vidro onde acontecia a reunião, escondi meu nervosismo fingindo que meu telefone estava tocando. Pedi licença para atender a chamada do lado de fora.

Usava a minha única camisa escura de botões, esbanjando a tal seriedade que me sufocava. Precisava que Luke aparecesse para cumprir seu compromisso e também aliviar o humor dos executivos da marca.

Luke Hemmings tinha esse poder de tornar tudo menos formal, como se atraísse toda e qualquer pessoa que estivesse no mesmo ambiente que ele para sua aura inebriante.

Continuei com o telefone no ouvido, simulando uma conversa com Ted, um dos empresários da banda que estava ocupado resolvendo os problemas do "casamento" de Ashton bem longe dali. Claro que os engravatados na sala não sabiam disso.

Mantive meus olhos na extensa mesa escura rodeada de pessoas com expressões impacientes e aí meu telefone tocou de verdade. Agi rápido para que não ouvissem o barulho da minha mentira.

- Alô? - Atendi sem ver a identificação na tela.

- Você prefere gin ou vinho?

Era Michael.

- Michael? - Franzi o cenho.

- Sou eu, mas é o Luke que tá perguntando.

Bufei.

- Onde vocês estão? - Falei impaciente - Me deixa falar com ele.

Michael murmurou algo e eu me afastei um pouco mais da sala no corredor vazio, trinta andares acima do chão.

- Ele disse que gin é mais a sua cara - Michael retornou.

Eu coloquei a mão na testa e suspirei.

Sex - Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora