Nova Iorque
Eu me vi deitada na cama, querendo obedecê-lo.
Não haviam olhos dentro do quarto, Luke jamais saberia com certeza o que eu estava fazendo ali, enquanto meus dedos dos pés se retorciam e uma febre parecia me cozinhar de dentro pra fora.
Virei meu rosto na direção do dildo e o encarei com dificuldade de manter os olhos abertos.
Sua forma, seus traços, sua cor... será que era mesmo tão parecido com o original?
Um ponto de suor se formou na minha nuca e meu quadril se impulsionou para frente.
"Me prometa" Luke sussurrou no telefone "Prometa que dirá o meu nome".
Apertei os olhos com força, a minha mão deslizando da corda invisível que me impedia de perder tudo.
Eu estava deixando-o entrar na minha pele, mas aquilo não era só por ele, certo? Era por mim também.
Eu precisava. Eu merecia.
Abri os olhos outra vez, olhando o dildo novamente.
"Prometa, Maya" comandou.
A voz dele era uma corrente elétrica no quarto. Eu não sabia o quanto daquela energia me mataria ou me traria à vida. Nunca fui boa de matemática e nem de física. Mas eu entendia uma coisa ou outra de química. E ela estava ali.
Colorida. Vibrante. Fulminante.
Sem poder me impedir, estiquei a mão e alcancei o objeto. Meus dedos abraçaram seu diâmetro e eu o apertei de leve, sentindo a densidade.
Minha boca se encheu de água.
Então, segui meus instintos.
Abri as pernas, afastei a calcinha para o lado e me toquei de leve com a ponta do objeto. Seria aquela a sensação real? Eu não podia ter certeza, mas imaginar era suficiente.
Não havia resistência ali, eu estava pronta, molhada e pulsando por ele. Por aquele objeto.
Devagar, empurrei a ponta para dentro. Minha pele o abraçou e se apertou contra ele.
Eu imaginei o original. Isso e as duas órbitas azuis me encarando como um alerta da minha queda.
Cair parecia maravilhoso.
A respiração ficou presa na minha garganta durante aqueles segundos. Enquanto eu me acostumava com o espaço que ele ocupava, a minha mente criava imagens que não estavam ali.
Aí então, como se tivesse olhos dentro do quarto, a voz dele soou pelo telefone novamente. Parecia torturado, angustiado, mas ainda assim soava autoritário.
"Me diga, Maya. O quão apertada você ficaria no meu colo?"
Merda.
Eu soltei um grunhido.
Não conseguia achar as palavras dentro da minha cabeça, menos ainda pronunciá-las.
Eu não aguentava mais. Ele não me dava chance de respirar.
Empurrei a extensão do dildo toda para dentro de mim. De uma vez só. Urgente.
A pressão entre as minhas pernas foi inebriante. Eu poderia desmaiar e sair do meu corpo facilmente enquanto meus músculos se contraíam. Aquele ponto de suor da minha nuca escapou para a raiz do meu cabelo quando as minhas costas se arquearam.
No mesmo segundo, um gemido escapou da minha boca, ecoando por todo o quarto, colorindo-o de vermelho.
A água na minha boca havia secado na minha busca por ar.
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Sex - Luke Hemmings
FanfictionLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...