21. Imagination

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Nova Iorque

Eu me vi deitada na cama, querendo obedecê-lo.

Não haviam olhos dentro do quarto, Luke jamais saberia com certeza o que eu estava fazendo ali, enquanto meus dedos dos pés se retorciam e uma febre parecia me cozinhar de dentro pra fora.

Virei meu rosto na direção do dildo e o encarei com dificuldade de manter os olhos abertos.

Sua forma, seus traços, sua cor... será que era mesmo tão parecido com o original?

Um ponto de suor se formou na minha nuca e meu quadril se impulsionou para frente.

"Me prometa" Luke sussurrou no telefone "Prometa que dirá o meu nome".

Apertei os olhos com força, a minha mão deslizando da corda invisível que me impedia de perder tudo.

Eu estava deixando-o entrar na minha pele, mas aquilo não era só por ele, certo? Era por mim também.

Eu precisava. Eu merecia.

Abri os olhos outra vez, olhando o dildo novamente.

"Prometa, Maya" comandou.

A voz dele era uma corrente elétrica no quarto. Eu não sabia o quanto daquela energia me mataria ou me traria à vida. Nunca fui boa de matemática e nem de física. Mas eu entendia uma coisa ou outra de química. E ela estava ali.

Colorida. Vibrante. Fulminante.

Sem poder me impedir, estiquei a mão e alcancei o objeto. Meus dedos abraçaram seu diâmetro e eu o apertei de leve, sentindo a densidade.

Minha boca se encheu de água.

Então, segui meus instintos.

Abri as pernas, afastei a calcinha para o lado e me toquei de leve com a ponta do objeto. Seria aquela a sensação real? Eu não podia ter certeza, mas imaginar era suficiente.

Não havia resistência ali, eu estava pronta, molhada e pulsando por ele. Por aquele objeto.

Devagar, empurrei a ponta para dentro. Minha pele o abraçou e se apertou contra ele.

Eu imaginei o original. Isso e as duas órbitas azuis me encarando como um alerta da minha queda.

Cair parecia maravilhoso.

A respiração ficou presa na minha garganta durante aqueles segundos. Enquanto eu me acostumava com o espaço que ele ocupava, a minha mente criava imagens que não estavam ali.

Aí então, como se tivesse olhos dentro do quarto, a voz dele soou pelo telefone novamente. Parecia torturado, angustiado, mas ainda assim soava autoritário.

"Me diga, Maya. O quão apertada você ficaria no meu colo?"

Merda.

Eu soltei um grunhido.

Não conseguia achar as palavras dentro da minha cabeça, menos ainda pronunciá-las.

Eu não aguentava mais. Ele não me dava chance de respirar.

Empurrei a extensão do dildo toda para dentro de mim. De uma vez só. Urgente.

A pressão entre as minhas pernas foi inebriante. Eu poderia desmaiar e sair do meu corpo facilmente enquanto meus músculos se contraíam. Aquele ponto de suor da minha nuca escapou para a raiz do meu cabelo quando as minhas costas se arquearam.

No mesmo segundo, um gemido escapou da minha boca, ecoando por todo o quarto, colorindo-o de vermelho.

A água na minha boca havia secado na minha busca por ar.

Sex - Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora