Filadélfia
Luke deveria estar de volta na manhã de sábado, doze horas antes do show.
Mas ele não voltou.
Quando olhei a hora, pensei que fosse algum atraso do voo ou algo parecido, mas a notícia chegou pouco tempo depois.
— Ele fez O QUÊ? — Minha voz subiu uma oitava e minha mente deu um nó.
Era hora do almoço e o dia estava lindo. No hall do hotel, estávamos eu, Calum, Ashton e Michael.
O baixista estava calmo, Irwin tentava segurar o riso e só Mike parecia entender a gravidade da situação. Não tínhamos dimensão do que podia acontecer naquela situação.
Podia não ser nada, mas também podia ser um desastre.
Eu vestia um short curto e um top, porém, mesmo no ar condicionado, uma camada de suor se formou na minha testa e na minha nuca. E não era devido à temperatura.
Luke havia entrado no México em um avião particular durante a noite e, quando tentou retornar aos Estados Unidos, acabou detido na fronteira por não ter levado o passaporte.
E, claro, não só isso.
Como o inconsequente que é, ele comeu uma das policiais de plantão dentro da unidade de policiamento que, por acaso, era a esposa de um capitão dali.
O cara, ao saber de tudo, acertou um soco na cara de Luke, que respondeu: "Sua esposa senta com mais força do que isso."
Aí tomou outro soco e foi colocado em uma cela.
É. Isso mesmo.
Ao terminar de contar a história, Michael olhou para o alto, respirou fundo e tentou segurar o riso. Pronto, nem ele estava levando a sério mais.
E, bem, eu não podia negar: até que tinha uma graça naquilo tudo.
Nós quatro estávamos tentando pensar no que fazer quando Logan, um chefão da agência da 5SOS, ligou para Michael e o guitarrista atendeu.
Eu mordi uma unha enquanto aguardava eles terminarem de falar e percebi Ashton balbuciando algo sobre eu estar gostosa naquela roupa.
Balbuciei um "até você?" de volta e ele riu.
Michael pediu nossa atenção e comunicou o que seria feito.
Alguém seria mandado para a casa de Luke em Los Angeles — por sorte, não eu — para buscar o passaporte e depois levar na fronteira. A equipe de assessoria da banda cuidaria para que a notícia não se espalhasse, e isso significava que teríamos que dar um jeito de trazê-lo de volta para subir no palco às oito da noite, como se nada tivesse acontecido.
Não sabíamos se daria tempo, mas tínhamos que tentar.
Eu não estava surpresa pela confusão que ele tinha se metido, mas estava impressionada com a complexidade de toda aquela merda. Parecia que ele fazia de propósito, para deixar todo mundo louco.
Luke Hemmings adorava testar as pessoas. Era isso que ele fazia comigo e eu precisava lembrar que suas ações e suas palavras eram calculadas.
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Sex - Luke Hemmings
FanficLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...