Toronto
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Eu tive um sonho muito estranho.
O suor escorria pela minha nuca pela manhã, indicando que a febre realmente tinha ido embora, mas aquelas alucinações, aquelas coisas que ele falou...
Eu não conseguia fazer aquilo ir embora.
Na minha cabeça, a febre havia ido embora em algum momento e eu tinha levantado para tomar banho. Na volta do tal banho, Luke me aguardava. Seus olhos azuis, sua postura vermelha.
Isso e os botões abertos de sua camisa. Eu já conhecia praticamente todo o seu corpo, mas estava curiosa sobre ele.
Ele e aquela aura totalmente nova. Leve, quente, excitante e todas as outras contradições que o compunham.
Na minha cabeça, tivemos uma breve conversa perigosa. Muito perigosa.
Mas era só uma alucinação, ela não precisava fazer sentido.
O sorriso dele não fazia sentido. O jeito como passou os olhos pelo meu rosto também não. Muito menos as palavras que eu inventei e a forma como tudo aconteceu.
Nesse sonho turvo e cheio de partes faltando, ele me empurrou pra cama e me beijou. Eu nunca imaginei ser beijada daquela forma. Nunca pensei em sentir aquele arrepio quando ele deslizou o roupão pelos meus ombros. Jamais deixaria ele fazer aquelas coisas.
Eu agarrada na cabeceira da cama, a boca dele descendo pelas minhas costas. Ele tinha uma mão no meu quadril e a outra me encontrando molhada. Ele me torturou pelo tanto que pôde, ainda dentro de suas calças.
Eu tive que implorar.
E eu gostei. Eu gostei de deslizar até o inferno.
Eu sabia quem ele era, conhecia todos os motivos para não me render, mas, ainda assim, o fiz. Aceitei quando ele me pediu para fugir com ele. Eu não teria que procurá-lo pela manhã, pois ele estaria comigo.
Um carro, um bar, uma rua deserta no centro de Chicago.
Um lugar que eu conhecia e ele. Ele por todos os cantos.
"Não há passado nem reputação aqui" eu havia dito em algum momento.
Eu sei.
A febre mexeu comigo. Nada disso aconteceu.
Era o nosso último dia em Toronto e eu acordei um pouco mais tarde do que o normal. Me arrumei rápido para ir encontrar Luke, mas não queria vê-lo enquanto as minhas alucinações continuavam tão vívidas.
Iria levar um tempo até eu conseguir pronunciar o nome dele sem lembrar do sonho estúpido.
"Diga o meu nome" martelou na minha cabeça até que ela começasse a doer de verdade.
Antes de sair no corredor, fechei a cara e ensaiei meu tom de voz durante um minuto inteiro. Até fechei o último botão da minha camisa séria e profissional.
Ainda tentava me lembrar como foi a que noite anterior havia terminado. Uma confusão entre estar no quarto com Luke, uma outra garota e Hayley me examinando e o sonho louco.
Bati na porta do quarto do loiro e toquei a campainha para apressá-lo.
Nada.
Bati com mais força e apertei por mais tempo.
Nada ainda.
Droga.
Abri a conversa com ele no celular e mandei "Onde você está?" mesmo sabendo que ele quase nunca respondia.
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Sex - Luke Hemmings
FanfictionLuke não era viciado em sexo. Na verdade, era viciado em endorfina. Ele precisava de feniletilamina, um peptídeo que se ativa também com perigo, paixão, risco ou medo. Mas não, ele não queria nenhuma dessas coisas. E eu? Eu só tinha que fazer o meu...