Capítulo 25 :

897 82 11
                                    


Meia hora depois os pés de Carla estavam doendo, e ela estava seriamente arrependida de ter descido do carro. Mas havia compensações também. Como, andar ao lado de Arthur, o braço dele ao redor da sua cintura, como se eles fossem um casal de verdade. Ela sabia que deveria se afastar daqueles toques, mas estava apreciando demais o contato para fazer isso.

Fazia tanto tempo desde a semana deles juntos. E depois daquilo, Carla não esteve com mais ninguém. Bem, encontrava-se gravida pela maior parte do tempo, portanto sem muita chance de conhecer alguém novo. Mas mesmo que não estivesse gravida, não teria procurado. Arthur penetrou seu coração e sua alma naquela semana que tornou quase impossível para ela pensar em estar com outro homem. O que não era nada bom, considerando que ele deixou claro que eles não ficariam mais juntos. Não que ela quisesse isso...

Carla: Oh! — Ela parou subitamente quando eles chegaram ao mercado de rua pelo qual tinham passado no caminho para o laboratório. Uma ótima maneira de clarear a mente de mais pensamentos perturbadores sobre Arthur. — Vamos olhar aqui.

Franzido o cenho, como qualquer outro homem faria ao se deparar com uma mulher fazendo compras, Arthur disse:

Arthur: O que você poderia comprar aqui? — disse ele — Isto é uma armadilha para turistas.

Carla: O que torna o lugar divertido — desvencilhando-se dele andou para baixo do toldo, entrando no corredor que levava no mínimo trinta diferentes barracas.

Carla andou no meio da multidão, sentindo Arthur alguns passos atrás, enquanto via anéis e colares de prata, bolsas de couro, xales de crochê e diversos outros artigos. Ela sorriu para o homem vendo os artesanatos e ignorou o ronco de fome em seu estomago enquanto se movia para a barraca de camisetas.

ARTHUR

Arthur parou atrás dela e olhou para o mostruário de camisetas com imagens de Salvador, de pontos turísticos locais. Maneando a cabeça para o mistério que eram as mulheres, perguntou-se por que ela escolheu comprar ali.

Arthur: Precisa de um novo guarda-roupa? — perguntou ele, inclinando a cabeça de modo que sua voz sussurrasse diretamente no ouvido dela.

Carla teve um pequeno sobressalto, e Arthur gostou do fato de que podia deixa-la nervosa. Vinha sentindo isso o dia inteiro. A tensão se formando ao redor dela. Quando ele a tocava, sentia o calor e a resposta feminina que alimentava o fogo em seu interior. No momento em que havia lhe circulado a cintura, sabia que estava cometendo um erro. Mas a sensação do corpo dela curvado contra o seu era tão boa que ele não quis liberta-la. O que enervava muito.

Aprendeu sua lição com Carla um ano atrás. Ela mentiu sobre quem era. Quem sabia se não tinha mentido sobre sua resposta a ele? Se ainda não estava mentindo? Mas mesmo enquanto pensava nisso, Arthur se questionou se alguém poderia inventar o tipo de calor que era gerado entre eles quando seus corpos se roçavam.

Carla: As blusas não são para mim — ela estava dizendo e Arthur reprimiu os pensamentos para prestar atenção  — Pensei que houvesse alguma coisa pequena o bastante para os meninos... aqui está!

Ela puxou uma camiseta de uma pilha, e era tão pequena que Arthur mal podia acreditar que a peça realmente poderia ser usada. I Love Salvador, era as palavras que estavam escritas embaixo.

Carla: É tão bonitinha. Você não acha?

Arthur perdeu o folego quando ela ergueu o rosto para o seu e deu um sorriso tão luminoso que o brilho nos olhos de Carla quase o cegou. Arthur pagou pelas roupinhas antes que ela pudesse pegar a carteira na bolsa. Depois, capturando -lhe a mão, e carregando a sacola, conduziu-a para a rua.

Carla: Você não precisava compra-las — murmurou ela quando estavam no caminho para o cais mais uma vez.

Arthur: Considere isso meu primeiro presente para meus filhos.

Carla tropeçou de leve, e ele a segurou a mão dela com mais força, firmando-a, mesmo que sentisse seu próprio equilíbrio se abalar.

Carla: Então você acredita em mim?

Arthur sentiu um aperto em seu peito. Estudou os olhos dela e não pode encontrar o menor sinal de fingimento. Ela era muito boa em esconder segredos? Ou não havia segredos para esconder? Em breve, ele teria certeza. Mas por enquanto:

Arthur: Estou começando a acreditar.

Comentem

Dois Corações 💕Onde histórias criam vida. Descubra agora