Capítulo 12 :

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Bônus +

Eva: Eu fiquei completamente pasma. Fiquei quase sem fala, e João pode lhe dizer que isso quase nunca acontece. — Eva parou para dar mais um gole na taça, e quando terminou, ergueu a mão para o garçom, indicando que queria outra — Então, lá estávamos nós, e o Sr. Picoli, sendo tão gentil e tão sincero sobre como se sente mal sobre as cabines do RivieraDeck...E insistindo em nos transferir para uma acomodação melhor.

Carla: Transferir?

Eva: Sim. Transferir — murmurou Eva enquanto agradecia a garçonete pela nova Taça. Esperou até que a moça desaparecesse com o copo, antes de continuar — Então, eu estava feliz, porque aquela cabine minúscula é ridícula. Esperei uma cabine de tamanho médio, talvez com uma janela, o que seria ótimo. Mas não foi isso que recebemos.

Carla: Não foi? — Ela pôs o copo sobre a mesa e observou os olhos de Eva brilhando ainda mais.

Eva: Oh, não. O Sr. Picoli disse que a maioria das cabines estão ocupadas, motivo pelo qual fomos parar naquelas minúsculas para começar. Então ele nos mudou para uma suíte de luxo.

Carla: Verdade?

Eva: Fica no Splendore Deck. O mesmo piso que o próprio Sr. Arthur Picoli mora. E Carla, nossa suíte é incrível. É maior do que minha casa. Além disso, nosso cruzeiro inteiro será por conta dele, que quer nos reembolsar o valor que pagamos por aquela cabine ridícula, e insiste que não paguemos nada nesta viagem.

Carla: Uau.

Arthur sempre teve muito orgulho de manter seus passageiros felizes, mas aquilo era... bem, para usar a palavra de Eva, incrível. Passageiros geralmente podiam esperar por uma conta que podia chegar a centenas de dinheiros no final de um cruzeiro. Oh, comida e acomodação estavam inclusas quando você alugava a cabine. Mas despesas extras podiam ser muito altas se você não prestasse atenção.

Fazendo aquilo, Arthur tinha dado a Eva e ao marido uma experiência num cruzeiro que a maioria das pessoas nunca teria. Talvez ele tivesse mais coração do que ela um dia acreditava.

Eva: Ele é tão gentil — Eva estava dizendo enquanto mexia o gelo de seu drinque com o canudo. — De alguma maneira, pensei que um homem tão rico e famoso fosse... não sei, esnobe. Mas ele não é. Tem muita consideração e gentileza e não posso acreditar que realmente isso tudo está acontecendo.

Carla: Isso é maravilhoso, Eva —disse ela com sinceridade, mesmo tendo ela e Arthur seus problemas, podia admira-lo e respeita-lo pelo o que ele havia feito por aquelas pessoas.

Eva: Espero muito que sua nova cabine seja em algum lugar perto da nossa, Carlinha. Talvez você deva procurar um comissário de bordo, descobrir para onde eles irão muda-la.

Carla: Oh — Carla maneou a cabeça — Eu não acho que vou mudar de cabine.

Não podia imaginar Arthur lhe fazendo nenhum favor. Não com a hostilidade que aconteceu entre os dois apenas algumas horas atrás. E, embora estivesse feliz por Eva e o marido, não gostava de ser a única residente no deck mais baixo do navio. Agora o lugar não seria apenas pequeno e escuro, mas também solidário e assustador.

Eva: É claro que vai — discordou Eva — Eles não nos mudariam sem mudar você. Isso não faria o menor sentido.

Carla apenas sorriu. Não ia contar a Eva sobre sua história passada com Arthur naquele momento. Então, não havia nada que pudesse dizer para sua nova amiga, além de:

Carla: Descobrirei quando eu descer para trocar de roupa. Tenho um jantar com alguém em — ela consultou o relógio — Aproximadamente uma hora. Então vamos tomar nossos drinques, e você pode me contar tudo sobre sua nova suíte antes que eu tenha de ir embora.

Eva franziu o cenho, depois deu de ombros.

Eva: Certo, mas se você não for transferida, vou ficar realmente chateada.

Carla: Não fique — Ela sorriu, e, para distrai-la, perguntou — Vocês têm um terraço?

Eva: Dois! — Ela sorriu como uma criança na manhã de Natal e disse — João e eu vamos jantar num deles esta noite. Ao ar livre, sobre as estrelas...hmmm. Hora de um pouco de romance agora que saímos do buraco.

Romance.

Enquanto Eva falava sobre os planos que tinha feito com o marido para uma noite de sedução, Carla sorria. Desejava o melhor para sua amiga, contudo, sua experiência ao tentar romance lhe trouxe consequências amargas. Não, não queria saber de romance. Tudo o que queria agora, era a promessa de que Arthur faria a coisa certa, e que lhe permitiria criar seus filhos da maneira que ela quisesse.

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