Dois Corações 💕

Capítulo 37 :

Xxx: Ei! — os olhos da loira se arregalaram, enquanto ela tentava se cobrir... um pouco tarde demais, com a colcha preta — Eu não sabia que ele já tinha companhia. — Arthur apareceu atrás dela, e ela o sentiu ficar tenso.

Arthur: Quem é você? — perguntou ele furioso, passando por Carla para encarar a mulher com a expressão de pânico.

Carla: A "gatinha do mês"? — perguntou ela brevemente.

Xxx: Ouça — começou a loira, que estava debaixo da segurança da colcha — Posso ver que cometi um erro aqui e....

Carla: Oh, não vá embora por minha causa — disse ela com escarnio, então se virou e marchou para o corredor em direção ao seu próprio quarto.

Arthur: Carla, espere — A voz de Arthur era furiosa, mas ela não se importou. Não queria ouvir nenhuma explicação.

Qual poderia ser, de qualquer formas? Havia uma mulher nua na cama dele, e Arthur nem parecia surpreso, apenas zangado. O que dizia a ela tudo o que ela precisava saber. Aquilo acontecia muito com ele.

Um simples fato que deixava algo perfeitamente claro para Carla. Era mais do que hora de partir. Deus, como era tola. Até mesmo se permitiu pensar que o amava. Era algum tipo de sádica por acaso?

Ela entrou no quarto, agindo como em um piloto automático. Cegamente, andou até o armário, pegando sua mala e jogando-a sobre a cama. Abrindo a tampa, virou-se para o armário mais uma vez. Enchendo um braço de roupas, carregou-as até a mala, jogou-as lá dentro e estava voltando para o armário pela segunda vez quando Arthur chegou.

Arthur: O que você pensa que está fazendo?

Carla se desvencilhou e lhe deu um olhar que deveria tê-lo congelado no lugar. Estava furiosa, magoada e constrangida. Uma combinação perigosa.

Carla: Isso deveria ser bastante óbvio, mesmo para você. Eu estou indo embora.

Arthur: Por causa da loira?

Carla: Qual é o problema, você não consegue lembrar o nome dela?

Arthur: Eu nunca a vi, pela amor de Deus — gritou ele, passando a mão pelos cabelos em obvia irritação. — Como eu poderia saber o nome dela?

Carla: Pare de gritar comigo — berrou ela de volta. Sentia o sangue correndo nas veias, a mente girando num turbilhão de pensamentos e emoções conflitantes, e a única coisa que sabia com certeza era que não pertencia aquele lugar. Não podia ficar lá nem mais um minuto — Estou indo embora, e você não pode me impedir.

Arthur: Carla, ouça, os resultados do laboratório chegaram...

Não era exatamente desse jeito que tinha imaginado aquela conversa, pensou ela indignada. De alguma forma, havia visualizado Arthur e ela lendo juntos o resultado. Na sua mente, observava enquanto ele descobria a verdade, quando reconheceria que era o pai. É claro não tinha visualizado uma loira nua, fazendo parte da cena.

Arthur: Nós precisamos conversar.

Carla: Oh, já dissemos tudo que havia para dizer um para o outro — replicou ela, dando um passo atrás quando ele tentou toca-la novamente — Peça para seus advogados me contatarem — Então foi para o banheiro da suíte, a fim de pegar os artigos de banho que havia espalhado sobre o balcão.

Arthur: Droga — exclamou ele, a voz tão tensa quanto ela se sentia por dentro — Eu acabei de descobrir que sou pai, pelo amor de Deus. Eu preciso de um minuto aqui. Se você se acalmar, podemos discutir isso...

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