Capítulo 30 :

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Carla: Arthur pa-para...

Oh, ela se sentia da mesma maneira. Queria inclinar-se contra ele. Sentir a força e o calor do corpo másculo a envolvendo. Mas conteve-se. Determinada a lutar, a refrear o desejo que um dia a levou para uma estrada que se tornou perigosa a cada quilometro percorrido.

Carla: Isso seria um erro — murmurou ela, maneando a cabeça, tentando ignorar a vibração da música, o som do trombone e saxofone, que pareciam despertar alguma coisa selvagem em seu interior. — Você sabe disso.

Arthur: Não — discordou ele, subindo as mãos para os ombros dela, passando pelo pescoço e emoldurando o rosto — Desta vez seria diferente. Desta vez, sabemos quem somos, Carla — Ele estudou as feições, e ela sentiu o ar preso no peito — Ambos sentimos isso. Ambos queremos isso. Por que negar o prazer a nós mesmos?

Por que realmente?

Sua mente lutava com o corpo traidor, e ela sabia que o pensamento racional ia perder. O desejo era grande demais, ardente demais. A tentação era muito forte. Ela lhe queria e desde o momento que o viu pela primeira vez, mais de um ano atrás. Sentia falta de Arthur, e agora que ele estava lá, tocando-a, iria realmente rejeita-lo? Ir para sua cama solitária e sonhar com Arthur novamente?

Não.

Iria se arrepender daquilo? Talvez? Iria fazer isso? Oh, sim.

Carla: Há provavelmente diversas razoes para que negássemos o prazer a nós mesmos — sussurrou ela finalmente — Mas não me importo com nenhuma delas. — Então colocou-se na ponta dos pés enquanto Arthur sorria, com um brilho de desejo ardente nos olhos.

Arthur: Boa menina — sussurrou ele, e tomou lhe a boca num beijo que roubou o folego dela e deixou sua alma em chamas, acordando sentimentos que estavam adormecidos há mais de um ano.

Braços fortes lhe rodearam a cintura, puxando-a para um contato mais íntimo. Carla ergueu os próprios braços e os uniu atrás do pescoço dele, pedindo silenciosamente que Arthur aprofundasse o beijo, que quisesse mais dela.

Ele quis.

Os braços másculos o apertaram até que ela mal podia respirar. Mas quem precisava de ar? Ela gemeu, pressionando o corpo ao longo do corpo de Arthur e sentindo a extensão rígida contra si. Isso foi o bastante para enviar mais ondas de calor para seu corpo. Ele continuou beijando-a, a língua sensual explorando sua boca, provando, mergulhando nos seus segredos. Carla correspondeu ao beijo, sentindo o desejo domina-la. Ele a liberou por um segundo e ela quase gemeu, mas então, mãos habilidosas estavam lhe acariciando as costas, definindo cada linha, cada curva sua. Quando as palmas de Arthur ao-popa sua bunda, ela suspirou contra a boca dele se entregando ao deleite dos toques.

Arthur: Eu preciso de você — sussurrou Arthur, mordiscando o pescoço dela.

Carla virou a cabeça, permitindo-lhe melhor acesso, e fechou os olhos, apreciando a magia do momento.

Ao redor deles, a música que tocava e a brisa do oceano os envolveriam num abraço prazeroso. A luz da lua os banhava de um céu estrelado, e quando Arthur ergueu a cabeça e a fitou, Carla viu fogo naqueles olhos, sentiu a tensão controlada vibrando no corpo másculo, e sentiu o desejo dele tão latente quanto o seu.

Arthur: Agora, e aqui.

Arthur levantou as mãos e abriu o zíper traseiro do vestido, expondo-lhe as costas para o vento noturno. Então, deslizou as alcinhas pelos ombros dela, e ela se sentiu subitamente grata por não ter colocado um sutiã por baixo do tecido leve de verão.

Agora não havia nada que a separasse do toque dele. Do calor daquelas mãos. Arthur segurou os seios em suas mãos e roçou os mamilos rijos e doloridos até quase enlouquece-la de prazer. Carla se balançou contra ele, inclinando a cabeça para trás e fechando os olhos, enquanto se concentrava unicamente na experiência atual.

Uma experiência incrível preenchendo-a com um desejo muito maior do que já sentiu por ele. No espaço de um ano, Carla havia crescido, mudado, e agora que estava com Arthur novamente era capaz de sentir mais.

Arthur: Linda — murmurou ele, a voz não passando de um sussurro rouco e olhando fixamente para seus seios acrescentou — Ainda mais linda do que me recordo.

Carla: Arthur — sussurrou ela com fraqueza — Eu quero...

Arthur: Eu sei — Ele inclinou a cabeça, tomando primeiro um dos mamilos na boca, depois o outro, lambendo, mordiscando- os...

Até que a cabeça dela estivesse girando e ela sentisse que cairia se ele não a estivesse segurando. Ele deslizou o resto do vestido para baixo, deixando-o cair no chão, enquanto ela estava banhada pela luz do luar, usando apenas sandálias de saltos e uma calcinha branca de seda. E sentia-se tão coberta, como se a renda frágil de sua calcinha lhe queimasse a pele. Tudo o que queria agora era Arthur. Queria sentir o corpo másculo cobrindo o seu, senti-lo penetrando o centro do seu ser.

Ela o amava. Que Deus a ajudasse, ainda o amava. Por que somente Arthur era capaz de lhe causar estas sensações? Por que era o único homem que seu coração desejava? E o que ia fazer sobre isso? Então ele a tocou mais profundamente, e todos os seus pensamentos desapareceram. Tudo o que podia fazer era sentir.

Carla: Por favor — suplicou ela num gemido — Eu preciso...

Arthur: Eu também preciso — disse ele, erguendo a cabeça, fitando os olhos dela, enquanto deslizava uma das mãos para baixo do elásticos da calcinha e segurava seu centro de calor.

Carla se balançou contra ele, inclinou-se, mas Arthur não a deixou descansar. Em vez disso, virou-a, pressionando as costas contra seu peito, de modo que ela ficasse diante da imensidão do mar. Arthur usou uma das mãos para estimular os mamilos, enquanto a outra explorava sua umidade quente.

Contorcendo-se de puro prazer, Carla arfou, incapaz de falar qualquer coisa. Não havia pensamentos se formando em sua cabeça. Estava vazia, exceto para as sensações que ele criava. Arthur inclinou a cabeça e sussurrou em seu ouvido:

Arthur: Observe o mar, a luz da lua. Perca-se neles enquanto eu me perco em você...

Ela fez o que ele pediu, lutando para manter os olhos abertos e focar no mar brilhante, enquanto Arthur inseria um dedo, depois o outro, em seu calor. Carla perdeu o folego e quis fechar os olhos, mas resistiu. Permaneceu olhando para o mar e o céu se estendendo infinitamente à sua frente, e lutou para respirar, enquanto os dedos mágicos a conduziam por uma estrada de prazer sensual.

Ele explorou, provocou e a torturou por momentos infindáveis. E quando o polegar começou a massagear o clitóris, ela fixou o olhar no oceano e entregou-se completamente à sobrecarga sensorial que estava experimentando.

Arthur: Goza pra mim — sussurrou com a voz rouca em seu ouvido — Deixe-me ver você. Deixei-me senti-la chegando lá.

A voz dele foi uma tentação. Porque ela estava tão perto de um clímax. Seus joelhos tremiam, sua respiração estava ofegante, o coração disparado, e a tensão em seu interior era quase maior do que podia suportar, enquanto ele continuava tocando-a e enlouquecendo-a. E quando ela pensou que não sobreviveria mais um segundo, gritou o nome dele e liberou o seu prazer. Tremendo dos pés à cabeça, sentiu-se sendo envolvida pelos braços fortes de Arthur.

Carla: Isso foi...— Carla descansou a cabeça no ombro dele, engoliu em seco e começou a falar:

Arthur: Só o começo!

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