Capítulo 52 :

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ARTHUR

Arthur: Sim, Carla. Nós. — Arthur com uma mão, segurou o rosto dela, e ficou apenas levemente desapontado quando ela deu um passo para trás, afastando-se. Ele a convenceria. Tinha de convence-la. — Eu encontrei uma solução para nossa situação. — disse, prendendo os olhos, querendo que ela visse tudo o que ele estava pensando, sentindo, escrito nas suas feições.

Carla: Nossa situação? — Carla piscou, balançou a cabeça, como se para clareá-la, então fitou-o novamente.

O vento estava frio, mas o sol estava quente. A sombra das arvores não alcançava aquele local em particular, e a luz do sol dançando nos cabelos dela o fez querer envolve-la em seus braços. Mas primeiro precisava resolver aquilo. De uma vez por todas.

Arthur: Os meninos — Arthur começou devagar, como tinha planejado — Nós dois os amamos. Ambos os queremos. Então ocorreu-me que a solução para isto é nos casarmos. Desta forma, nós dois os teremos.

Ela deu um passo para trás, e irritado já que ela não havia se animado com seu plano, Arthur falou mais rapidamente:

Arthur: Nós nos damos bem. E o sexo é maravilhoso. Você tem que admitir que existe uma química verdadeira entre nós, Carla. Nosso relacionamento daria certo. Você sabe disso.

Carla: Não — ela maneou a cabeça novamente, e quando Daniel sentiu a tensão da mãe, começou a chorar, Arthur se aproximou dela.

Falou ainda com mais rapidez, apressado em faze-la mudar de ideia. Fazê-la enxergar como podia ser o futuro deles.

Arthur: Não negue antes de pensar sobre isto, Carla. Quando refletir, vai ver que estou certo. Isto é perfeito. Para todos nós.

Carla: Não, Arthur — disse ela, acalmando Daniel mesmo enquanto lhe sorria com tristeza — Isto não é perfeito. Sei que você ama seus filhos, assim como eu os amo. E fico feliz por este fato. Os gêmeos precisarão de você tanto quanto você precisa deles. Mas você não me ama.

Arthur: Carla...

Carla: Não — ela deu uma risada curta, olhou ao redor do pátio, para o mar, então finalmente voltou a encarar Arthur — Não importa se nos damos bem, ou se a química entre nós é maravilhosa. Não posso me casar com um homem que não me ama.

Droga. Ela estava o rejeitando, e ele nem mesmo conseguia culpa-la. Um desespero beirado ao pânico o assolou, e aquele era um sentimento com o qual Arthur não estava acostumado. Ele nunca era aquele que lutava para convencer alguém para ficar do seu lado. Pessoas tentavam convence-lo. Do contrário.

Entretanto, lá estava ele, diante daquela mulher especial, e no fundo sabia que a única chance que teria com ela seria se jogasse sua última carta. Arthur estendeu seu braço livre, passou-o ao redor dos ombros dela e a puxou para mais perto. Tão perto que os corpos deles e os corpos de seus filhos pareciam se fundir, todos numa unidade.

Arthur: Tudo bem. Vamos fazer isso pelo jeito difícil então. Carla, eu amo você.

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