Dois Corações 💕

Capítulo 48 :

CARLA

Naquela noite, Carla vestiu sua camisola e deu uma última olhada nos gêmeos antes de ir para a cama, como era seu habito. Só que desta vez, quando entrou no quarto, iluminado por um único abajur de coelhinho, encontrou Arthur.

Ele não estava de camisa. Usando somente uma calça jeans baixa nos quadris e justa nas pernas, se virou quando ela entrou no quarto, e Carla sentiu o poder do olhar de Arthur golpeá-la. Na luz fraca, até mesmo os olhos claros dele estavam sombreados, escuros, mas ela não precisava ver aqueles olhos para sentir o seu poder.

Sua pele começou a formigar, seu sangue esquentar, mas ela obrigou-se colocar um pé na frente do outro, passar por Arthur e ir primeiro até o berço de Davi, então ao de Daniel, acariciar os cabelinhos de cada filho, pousando uma mão gentil em suas barrigas enquanto eles dormiam.

E durante todo o processo, sentiu o olhar de Arthur sobre si da mesma forma que teria sido um toque. Sua respiração se acelerou e um frio na barriga lhe causou uma leve tontura. O que ele estava fazendo lá? Por que a observava daquela maneira intensa? No que estaria pensando?

As mãos dela tremiam quando se virou para sair do quarto com passos silenciosos. Chegou até o corredor quando a mão de Arthur se fechou sobre seu braço.

Arthur: Espere — a voz dele era baixa e exigente.

Ela o olhou, e ali no escuro, onde a luz fraca do abajur de coelhinho não podia alcançar, Arthur não passava de uma figura alta e imponente, aproximando-se devagar.

Carla: Arthú... — Ele podia ouvir as batidas frenéticas de seu coração? Podia sentir o fogo que havia em seu interior? Podia sentir o calor saindo em ondas de seu corpo? — O que está fazendo?

Que Deus a ajudasse, ela sabia o que ele estava fazendo. E mais, estava feliz por isso. Apenas o fato de estar parada ali com ele no escuro a preenchia de uma sensação de expectativa que a deixava ofegante.

Arthur: Não fale — sussurrou Arthur, aproximando-se ainda mais, até que os corpos deles estivessem unidos, até que ele lhe inclinasse as costas contra a parede — Não pense — acrescentou, erguendo ambas as mãos e cobrindo os seios dela.

Carla inalou profundamente e inclinou a cabeça para trás, contra a parede. Apesar do tecido fino de algodão, ela sentiu a onda de excitação envolvendo. As mãos fortes estavam quentes. Os polegares faziam movimentos sensuais, de modo que o tecido roçava a pele sensível de seus mamilos num tipo de doce agonia.

Carla: Sim, Arthur — sussurrou ela, lambendo os lábios secos e ofegando como se tivesse acabado de correr uma maratona — Sem pensar. Apenas sentir. Eu quero...

Arthur: Eu também — disse ele, interrompendo-a com tanta rapidez que ela soube instintivamente que Arthur estava sentindo o imediatismo do momento — Quero isso há quatro dias. Não posso esperar mais um minuto. Preciso estar dentro de você, Carla. Sentir seu calor me cercando. — Ele baixou a cabeça para a curva do pescoço dela e deslizou a língua pelo ponto onde a pulsação batia.

Ela se contorceu em seus braços, então levou as mãos até que pudesse segurar a parte traseira da cabeça dele e mantê-lo ali. Enquanto dedos delicados entrelaçavam seus cabelos, Arthur deslizou uma das mãos pela frente do corpo dela, moldando-lhe as curvas, erguendo a bainha da camisola. Tocando na sua pele nua e Carla arqueou o corpo no momento em que ele deslizou os dedos mágicos por baixo do elástico de sua calcinha.

Ele tocou seu centro de prazer, inseriu um dedo fazendo movimentos circulares, acelerando os movimentos, inseriu um segundo dedo em seu calor, e instantaneamente, ela explodiu, balançando os quadris com a força de um orgasmo que a abalou de forma violenta. Sussurrando o nome dele, Carla o abraçou com força, até que os últimos tremores a percorressem. Então relaxou contra Arthur, sem forças. Ele a pegou nos braços e a carregou para o quarto dela.

Agarrada a ele, Carla deslizou as mãos pelas costas largas, pelo peito esculpido, e quando Arthur arfou, ela sorriu no escuro, satisfeita em saber que o afetava tão profundamente quanto ele a afetava.

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