Dois Corações 💕

Capítulo 54 :

Arthur olhou para trás, a fim de ver a casa enorme, então voltou a fita-la, enquanto traçava seu plano principal.

Arthur: Nós moraremos aqui. Você pode fazer suas cestas dentro de casa em vez da garagem. Há um excelente quarto no andar de cima com vista para o mar. Muito espaço. Muita luz direta. Seria perfeito para você e todos os seus suprimentos. — Carla abriu a boca para falar, mas Arthur continuou antes que ela pudesse: — Pensei que até que os meninos não estejam na escola, nós poderíamos morar metade do ano aqui, metade a bordo do navio. Isso será bom para eles. E se eles gostarem do cachorro que lhes comprei, nós o levaremos no navio também.

Carla: Você comprou um ca...

Arthur: Um filhote de Golden retrivier — disse Arthur — É fêmea e pequena ainda, mas vai crescer.

Carla: Eu não acredito...

As palavras continuavam saindo da boca de Arthur, tropeçando umas sobre as outras enquanto ele lutava para convence-la, batalhava para lhe mostrar como a vida deles poderia ser ela apenas lhe desse uma chance.

Arthur: Depois que eles estivessem na escola, poderíamos fazer cruzeiros nas férias de verão. Eu posso administrar a linha marítima daqui, e tenho Teresa. Irei promove-la —declarou ele com firmeza — Ela pode fazer todo o trabalho a bordo e permanecer em contato sempre.

Carla: Mas Arthur...

Arthur: E quero mais filhos — continuou ele, e teve o prazer de ver a boca de Carla se fechar — Quero estar presente desde o começo. Quero ver o nosso bebê crescendo dentro de você. Quero estar na sala de parto para vê-lo.... ou vê-la respirar pela primeira vez. Eu quero tudo, Carla. Quero estar com você. Com eles. — Ele olhou para os gêmeos que segurava contra si.

Os garotos estavam começando a se contorcer, e Arthur sabia como eles se sentiam. Seu próprio mundo estava equilibrado sobre um fio de navalha, e pensou que só tinha mais uma coisa a dizer.

Arthur: Não vou deixar você negar, Carla. Nós nos pertencemos. Eu sei que você me ama. E eu a amo muito, também. Se não acredita nisso, encontrarei um jeito de convence-la. Mas você não vai fugir de mim. Não novamente. Não ficarei sem você, Carla. Eu não suportaria. Não voltarei para aquela vida vazia.

Os únicos sons naquele momento vinham dos resmungos dos gêmeos e das ondas do mar batendo nas pedras atrás deles. Arthur esperou o que pareceu em uma vida inteira, enquanto observava os olhos dela.

Então finalmente ela sorriu, aproximou-se e envolveu ambos os braços ao redor dele e dos filhos.

Carla: Você é um tolo se pensa que eu o deixaria fugir de mim novamente. — Arthur riu, um som alto e longo, e sentiu quilos de medo e preocupação saindo de seus ombros.

Arthur: Você vai se casar comigo?

Carla: É claro que sim.

Arthur: E ter mais filhos?

Carla: Sim — ela sorriu, os olhos brilhavam com uma felicidade tão rica e tão intensa que roubou o folego de Arthur — Uma dúzia, se você quiser.

Arthur: E navegar o mundo comigo — disse ele, inclinando a cabeça para reivindicar um beijo.

Carla: Sempre — respondeu ela, ainda sorrindo, ainda emitindo uma luz interna que aqueceu todo o ser de Arthur. — Eu amo você, Arthur. Sempre amei. Nós seremos felizes aqui, nesta casa maravilhosa.

Arthur: Seremos — ele disse, roubando mais um beijo.

Carla: Mas você vai ensinar aquele cachorro fazer as necessidades fora de casa —provocou ela.

Arthur: Por você, meu amor — sussurrou Arthur, sentindo seu coração se tornar inteiro pela primeira vez na vida — Qualquer coisa.

Carla: Gostei dessa informação.

Arthur: Carlinha, você me perdoa? Do fundo do seu coração? — ele perguntou ansiosamente.

Carla: Sim — Ela disse com firmeza. — Arthur, e você me perdoa?.

Arthur: Eu perdoo. — as crianças resmungam — E agora? — ele perguntou, roçando os lábios no pescoço dela.

Carla: Agora, vamos ser felizes. — Os dois começam a ri enquanto entram na casa. 

Arthur: Acho que não havia te dito antes, mas tenho uma péssima notícia pra te dar, que pode mudar o rumo de toda a situação...

Arthur falou, e automaticamente meu coração se preocupou.
Não é possível que há á um problema...

Carla: O que houve?

Arthur: Bom, a péssima notícia é que eu te amo, e por isso alguém vai ter que me aturar até o resto da vida — concluiu, e respirei fundo, aliviada.

Carla: Você quer é me matar do coração! — Dei uns belos tapas nele, que somente sorriu. Em seguida continuamos a tour pela casa, refletindo sobre tudo o que falamos um ao outro.

Passamos por muitas adversidades. As pessoas são diferentes, e nem todas interpretam bem esse significado. Só que o mais importante é saber identificar o amor quando o encontramos, e nos permitir. Esse sentimento sim pode se transformar em uma das melhores sensações do mundo...

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