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Carla: Nós não deveríamos — Ela olhou ao redor para se certificar de que estavam a sós. Estavam, porque aquela ponta do SplendorDeck era anexa a suíte de Arthur, e inacessível aos passageiros — Eu não vim para cá com a finalidade de ir para a cama com você. Isso não estava nos meus planos e agora lamento muito que isso tenha acontecido.
Arthur sentiu-se totalmente ultrajado. Ela lamentava estar com ele? Como isso era possível? Ele esteve lá, ouvindo os gemidos e gritos. Sentiu a rendição dela. Tinha tremido com a força do clímax dela, e sabia que ele lhe deu incrível prazer. Então como ela podia lamentar?
Mas, como ele poderia dispensa-la, conforme o plano, se ela o estava dispensando primeiro?
Arthur: Você está falando sério? — ele conseguiu perguntar entre dentes cerrados.
Carla: Ora, Arthur, sabe tão bem quanto eu que isso não devia ter acontecido. Você só está interessado em relacionamento que duram a extensão de um cruzeiro, e eu sou uma mãe solteira. Não estou à disposição de ser a "gatinha do mês" de ninguém.
Arthur: "Gatinha do mês"? — Ele estava insultado, e o fato de que estava prestes a lhe dizer quase a mesma coisa que ela estava falando o deixou perdido.
Carla: Eu só estou dizendo que o que aconteceu ontem à noite não vai se repetir. — Ela apertou a bolsa junto ao corpo.
Arthur: Sim, eu entendi — E agora que ela falou aquilo, ele a desejava mais do que nunca. Não que fosse admitir isso para ela. — Provavelmente este é o melhor caminho.
Carla: Sim, é — confirmou ela, mas o tom de voz era melancólico. Ou ele estava ouvindo o que queria ouvir?
Estranho alguns minutos atrás Arthur esteve pensando em como dispensa-la. Em como lhe dizer que estava tudo acabado. Agora que Carla tinha tomado a mesma iniciativa, ele sentia-se diferente. O que estava lhe acontecendo?
Qualquer coisa que fosse, disse a si mesmo com firmeza, era hora de cortar pela raiz. Não ia tropeçar em suas próprias emoções mais profundas. Não por uma mulher que ele já sabia, ser mentirosa. Além disso, Carla não tinha ido ao cruzeiro por ele, mas pelo que ele poderia lhe dar.
Ela comprou passagem naquele navio com o único propósito de lhe tirar dinheiro. Claro, era uma pensão alimentícia. Mas Carla ainda queria dinheiro. Então, o que a tornava diferente das mulheres que ele conheceu?
Carla: Sinto atração por você — ela estava dizendo e parecia ter dificuldade em admitir — Mas então suponho que você já percebeu isso.
Carla estava vermelha? As mulheres ainda enrubesciam?
Carla: Mas não vou permitir que meus hormônios me controlem — acrescentou ela, encarando-o com determinação — Logo você estará navegando pelo mundo com uma morena ou uma loira nos braços, e eu estarei de volta no Rio de Janeiro, cuidando dos meus filhos.
Os bebês. Da Carla? Meus?
Ele não queria discutir o assunto até que tivesse certeza. Em vez disso, decidiu virar o jogo. Lembra-la de que ela estava em seu navio, e de que era ela quem tinha ido procura-lo, não o contrário.
Arthur: Não pense mais sobre isso Carla — Ele ergueu o queixo dela com a ponta dos dedos — Foi apenas uma noite. Uma imagem numa tela de radar. — Ela piscou. — Nós nos divertimos — continuou ele, não deixando transparecer a tensão interior que sentia — Agora acabou. Fim da história.
Arthur observou suas palavras atingido ela, e por um segundo, desejou retira-las. Perguntou-se então de onde tinha vindo esse sentimento.
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Dois Corações 💕
FanfictionSinopse: Arthur Picoli. Montou um projeto "Malhando a bordo" Que deu muito certo, hoje ele é Bilionário. Muito ocupado, muito importante para responder aos seus e-mails. Ele até mesmo se lembraria dela? Olharia o nome do endereço de e-mail se pergu...