Capítulo 2:

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Carla: Tudo por causa do Arthur —  disse ela em frente  ao espelho, e ficou gratificada em vê-la assentir em concordância.

Sr. Bilionário, muito ocupado, muito importante para responder aos seus e-mails. Ele até mesmo se lembraria dela? Olharia o nome do endereço de e-mail se perguntaria quem era aquela? Carla franziu o cenho, e então maneou a cabeça.

Carla: Não. Ele não esqueceu. Sabe quem eu sou. Não está lendo os e-mails de propósito, somente para me enlouquecer. Ele não poderia ter se esquecido daquela semana.

Apesar da maneira que terminou aquela semana com Arthur Picoli, tinha virado a vida dela de ponta-cabeça. Era simplesmente impossível que ela fosse a única a ser afetada tão fortemente.

Carla: Então em vez disso, ele está sendo o sr. Charmoso — murmurou ela — Provavelmente seduzindo outra mulher, tola, que, como eu, não vai notar, até que seja tarde demais, que Arthur não é fantasia de ninguém.

Oh, Deus.

Aquilo era uma mentira.

Na verdade, pensou com um gemido interno, achava que ele era a fantasia de qualquer mulher. Alto, lindo, tatuado, olhos claros, e um sorriso que era tanto charmoso quanto malicioso, Arthur Picoli era o bastante para enlouquecer uma mulher de paixão antes mesmo que ela soubesse que tipo de amante ele era. Ela encostou a testa no espelho.

Carla: Talvez está não tenha sido uma boa ideia — sussurrou ao sentir certas partes do corpo vibrarem apenas com a força daquelas memorias.

Então fechou os olhos quando imagens mentais vieram a sua mente, noites com Arthur, dançando no Pavilion Deck sob um céu estrelado. Um piquenique de madrugada, sozinhos na proa do navio, quando todos os outros dormiam. Jantando no terraço dele, bebendo champanhe, derramando algumas gotas, e Arthur lambendo-as no vale entre seus seios. Deitada na cama dele, aconchegada em seus braços fortes, ouvindo sussurros que prometiam deleites tentadores.

O que significava o fato de que somente as lembranças de Arthur ainda pudessem lhe despertar um tremor de desejo, mais de um ano depois? Carla não achava que realmente quisesse uma resposta para esta pergunta. Não tinha ido para aquele navio por causa de luxuria ou por causa do que vivenciara com Arthur um dia. Sexo não era parte da equação desta vez, e ela teria de encontrar uma maneira de lidar com seu passado enquanto lutava por seu futuro.

Deliberadamente reprimiu as imagens provocativas da cabeça em favor da realidade. Abrindo os olhos, olhou para o espelho e firmou-se para enfrentar a situação iminente. O passado a levou ali, mas ela não tinha intenção de despertar antigas paixões. Sua vida estava diferente agora. Não se encontrava à deriva, procurando aventuras. Era uma mulher com um propósito, Arthur iria ouvi-la, quisesse ou não.

Carla: Ocupado demais para responder e-mails não é? —  murmurou —  Ele acha que se me ignorar o bastante, eu vou simplesmente desaparecer? Bom, então terá uma boa surpresa.

Ela escovou os dentes, aplicou uma maquiagem leve e penteou seus cabelos loiros, antes de produzir uma trança única e deixa-la cair no meio das costas. Saindo de lado pela porta do banheiro, andou até a cômoda de abaixo de uma televisão presa no topo da parede. Pegou um shorts branco, vestiu-o, então enfiou as pontas da blusa amarela dentro do cós. Calçando um par de sandálias, nada de roupas fitness.

Checou os conteúdos a fim de se certificar que o pequeno envelope selado ainda estava lá. Então dirigiu-se a porta de sua cabine. Carla abriu a porta, saiu num corredor estreito e colidiu com um garçom de serviço de quarto.

Xxx: Desculpe.

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