Quando a renomada empresária Arizona Robbins recebeu uma ligação de sua mãe no meio da manhã, não poderia ter notícia pior:
Festa em família.
Que contaria com a presença de sua ex que nunca superou com o seu irmão trairá que roubou o amor...
Depois de quase duas horas, Arizona saiu do quarto. Sentia-se um pouco melhor, mas ás vezes vinha àquela sensação sufocante que dava vontade de se isolar e chorar até exaustão. Porém, estava se esforçando um pouco, a sua irmã veio de Las Vegas pra ficar com ela, não podia fazer desfeita, sem contar que era fácil esquecer um pouco do sofrimento ao lado de Meredith
Vestiu-se simples. Um vestidinho leve com estampas, soltinho e rasteirinhas. Tinha lavado os seus cabelos que estavam lastimáveis. Depois do banho, sentia-se revigorizada. A sua irmã tinha razão, estava fedendo. Tinha perdido a noção do tempo em seu apartamento, passou dias apenas chorando.
Saiu do quarto, cheirosa. Encontrou a Meredith na cozinha. No balcão tinha dois pratos, talheres e uma refratária com macarrão com queijo.
— Agora sim está uma pessoa digna. — Meredith sorriu batendo palmas animada. Tinha tomado um banho também, como arrumou a sala de Arizona e também a cozinha, ficou suada e aproveitou para se banhar. — Sente-se, vamos comer minha especialidade: Macarrão com muito paprica e queijo.
— A cara está ótima. — Arizona deu um meio sorriso e sentou-se. Não estava com muita fome, mas achou que apanharia se dissesse isso á sua irmã.
Serviram-se e comeram em silêncio. O macarrão estava realmente gostoso. Arizona se surpreendeu ao se servir mais uma vez. Estava precisando mesmo de cuidados.
— Bem. Já que terminamos.... Vamos sair. — Meredith anunciou depois de lavar as louças.
Arizona suspirou desanimada.
— Ah não, Mer. Não estou com clima pra noitada.
Meredith cruzou os braços a olhando seria.
— Não estou perguntando se você está no clima. Estou apenas informando que iremos sair. — O interfone tocou, e Meredith foi toda animada atender. — Oi? Ah sim.... Desceremos em um minuto.... Obrigada. — Desligou. — Pegue a sua bolsa, se quiser. E ande logo, o taxista já está nos esperando.
Com um suspiro resignado, Arizona foi até o seu quarto e pegou a sua bolsa. Meredith já a esperava na porta. Desceram e foram para o táxi. A mais nova deu o endereço, e depois de vinte minutos chegaram.
— O que isso? Um bar de beira de esquina? — Arizona perguntou com o cenho franzido.
— Se você quer colocar assim. — Meredith deu de ombros. — Pra mim, é um lugar acolhedor com pessoas mais acolhedoras ainda. Não julgue o livro pela capa. Saiba que aqui é conhecido, e bastante caro também.
Arizona apertou os olhos. Ninguém dava nada pela frente do bar. Depois que entraram, a perceção da loira mudou imediatamente. O ambiente era climatizado, bem decorado com objetos artesanais, e com ar aconchegante. Era minucioso e muito lindo. Dava vontade de tirar inúmeras fotos.
Sentaram-se na mesa e foram atendidas por um garçom muito gentil.
— Uma garrafa de José Cuervo Gold, por favor. — Meredith pediu.
— Você está bem empolgada, não? — Arizona riu pra sua irmã. Pegou a cartilha e os seus olhos quase pularam. — Nossa aqui é o preço é o olho da morte.
— Você tem dinheiro para isso.
Arizona apertou os olhos.
— Eu que vou pagar essa saída?
— Claro. Você é uma empresária bem-sucedida, tem dinheiro para isso. Eu sou uma simples estudante ainda sustentada pelos pais. — Meredith piscou, sorrindo debochadamente.
— Isso é exploração. — Arizona bufou, e sua irmã deu de ombros. Olhando ao redor, tinha muitas pessoas distintas. No fundo, tinha uma vitrola velha, lembrando-se o tempo de cabaré. — Aqui tem vitrola de ficha. — Os olhos de Arizona se iluminaram.
O garçom retornou com a garrafa de tequila, Meredith encheu dois shots e riu para sua irmã.
— Eu sabia que você iria gostar...
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