Quando a renomada empresária Arizona Robbins recebeu uma ligação de sua mãe no meio da manhã, não poderia ter notícia pior:
Festa em família.
Que contaria com a presença de sua ex que nunca superou com o seu irmão trairá que roubou o amor...
Callie não sabia se ficava aliviada ou mais aterrorizada com a presença de Arizona. O seu coração estava batendo muito forte, e achou que não seria capaz de se manter em pé. Os seus ossos tremiam. Suas pernas reclamaram do peso do corpo, parecia que á qualquer momento iria quebrar. Controlou á vontade de gritar, de pedi socorro, e manteve a sua expressão passiva.
Sabia que no outro cômodo da casa, estava á Eliza com a sua filha. Sofia tinha parado de chorar porque a Eliza enfiou a chupeta na boca de menina. Mas a pequena estava muito assustada.
A morena queria que esse pesadelo acabasse, por tanto, faria o que a Eliza mandou. Embora que isso não fosse garantia de que manteria a sua filha viva, mas tinha que tentar.
— O que você tem? — Arizona se aproximou, preocupada.
— Nada. Eu só queria falar com você sobre nós. — A voz de Callie saiu bastante rouca, os seus olhos queimavam.
— Sim? — Arizona estimulou com o semblante preocupado.
— Eu.... Equivoquei-me bastante ao querer reatar com você. — Callie começou percebendo a descrença no rosto da loira. — Pensei direitinho e não é isso que eu quero. — Deu um sorriso amargo. — Por que eu iria querer estar com uma vadia feito você, ainda mais carregando um serzinho bem nojento no ventre?
Arizona ficou chocada com o que escutou. Também ficou muito confusa, achou que não tinha escutado direito.
— O que?
— Eu não quero nada com você. Que merda! Você é surda? — Callie gritou perdendo o controle. — Eu quero que você suma da minha vida, que pare de bancar a mãe da Sofia, porque sabemos muito bem que você não é e nunca será, o seu sangue de vagabunda não corre nas veias de minha filha. E
graças a Deus por isso. — A morena estava querendo se matar por dizer isso, não era assim que pensava, estava apenas seguindo o que a Eliza mandou.
Cada palavra de Callie era como um açoite em Arizona. A loira começou a ficar com falta de ar, as emoções lhe sufocando, enquanto, as lágrimas escorriam dos olhos.
— Porque está fazendo isso? Porque está me dizendo isso? Callie! O que temos é real, conversamos sobre as nossas diferenças, dissermos que iríamos tentar. Você disse que me amava! — Arizona gritou decepcionada.
No outro cômodo da casa, bem, na cozinha. A Eliza escutava tudo com muito deleite, a partir desta noite, a sua vingança contra a Arizona estava começando.
— Por que... Por que... — Callie gaguejou por um momento, as lágrimas a sufocando. — Por que eu queria que você sofresse, por isso que dei uma falsa esperança. Mas a verdade é essa: Que tenho asco de você e torço do fundo do meu coração que você e essa criança morram! — A morena sentiu nauseada depois que disse isso, viu tanta dor nos olhos de Arizona que por um grande momento quem queria morrer era ela.
Arizona sentiu-se quebrar diante as palavras de Callie. Uma angústia muito grande tomou conta de cada célula do seu corpo a fazendo desejar sumir do mundo. Levou a mão trêmula no cabelo, não sabia o que falar. Os seus soluços altos eram escutados. Nenhum momento tirou os olhos de Callie, não estava reconhecendo aquela mulher...
Uma ideia passou na cabeça de Callie. Só esperava que a Arizona entendesse tudo dependeria disso: Leitura labial.
— Você entendeu? — Callie perguntou em bom alto tom. Depois sem voz, apenas com os lábios, tentou se comunicar com a Arizona. —'Socorro Eliza está aqui.'
— Eu não acredito em você. Quem é você? Quando se transformou nesse monstro?
— Arizona gritou ainda chorando. Franziu o cenho por um momento. — Você
não pode querer me afastar de você e muito menos da Sofia.
Callie agoniou-se mais. O seu desespero aumentou consideravelmente quando se deu conta que Arizona não tinha percebido nada.
— Posso e vou! — Callie gritou. — Se você insistir em ficar no meu pé, vou na delegacia e presto uma queixa contra você. Vai ser obrigada a se manter afastada de mim e de Sofia. Eu não estou brincando! — A morena tentou novamente falar com os lábios. — 'Socorro Eliza está aqui.... a Eliza está aqui ...'
Arizona ficou com raiva, os seus olhos inflamaram. Limpou as suas lágrimas com violência, machucando o seu rosto.
— É isso mesmo que você quer? Por que se eu passar daquela porta, não volto mais!
— É isso que eu quero. Vá embora, suma! Morra! Faça o que quiser da sua vida, só não quero ter o desprazer de olhar pra sua cara. — Callie falou alto. Os seus olhos imploraram para que a Arizona prestasse atenção e percebesse o que estava acontecendo. Tentou novamente. — Eliza está aqui... Eliza .... Está.... Aqui...
Arizona balançou a em positivo e uma chama de esperança acendeu no peito de Callie. Será que ela tinha entendido? Porém, a esperança foi sugada com a resposta da loira.
— Eu vou embora... — Arizona murmurou derrotada, deu um passo á frente, mas a morena deu-lhe as costas. — Você não deve está pensando com clareza, depois conversamos sobre isso. Quando você estiver mais calma, por favor...
— Não. Não há nada o que pensar, minha decisão está bem tomada. Estou segura sobre o que quero e você não se encaixa em minha vida. — Callie
exclamou com o peito pesado. De costas para a Arizona, proferiu a última palavra. — Adeus.
Um minuto de silêncio, então, o barulho da porta se fechando foi escutado. Callie virou-se para a porta e sentiu-se a mulher mais infeliz do mundo. O choro voltou com mais força. Soluçou a sua dor e angústia. Atrás de si,
a Eliza surgia com um sorriso triunfante, sentia-se leve e plena...
— Foi mais fácil do que eu pensei. — Eliza balbuciou saltitante, entregou a Sofia para Callie. — Tome, acho que essa pestinha fez coco. — Fez uma cara de nojo.
Callie pegou a Sofia em seus braços, e o seu choro aumentou por estar com a sua filha nos braços. Caiu de joelhos abraçada com a Sofia, sentia-se
muito aliviada por estar novamente com o seu anjinho, mas sabia que ainda não tinha acabado o seu filme de terror. Eliza ficou de frente para elas, olhando-as com nojo. Apontou o revólver para as duas...
— Últimas palavras? — Eliza perguntou teatralmente.
Um arrepio violento atravessou o corpo de Callie, iria morrer...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
