ғᴀᴢ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴀ (adaptação) Calzona

Capítulo 116

Amores, usem lencinhos porque este capitulo  vai doer, amo vocês, e espero que não me matem, e me respondam uma pergunta, vocês querem que eu crie um grupo no whatsapp com todas vocês?, e comentem muito.

--------------------------------------------------------------------------------------------

Um barulho bem chato de aparelho despertou a Arizona.... Abriu os olhos, a claridade muito embranquecida machucou as suas pupilas. Fechou os olhos, e respirou lentamente. Não se lembrava de muita coisa, apenas que estava no show da Ariana Grande, a briga... E depois, de mais nada. Parece que foi nocauteada pela imbecil da Amélia. Esperou que a sensação de ressaca tomasse conta do seu corpo, mas para a sua surpresa, não teve. Moveu o seu braço, e sentiu uma leve dorzinha. Abriu os olhos, e olhou para ele. Estava tomando medicação! Um líquido amarelo no soro pingava no equipo diretamente para a sua veia.

O que tinha acontecido?

Estava em um quarto de hospital. Por isso a luz forte, e as paredes doentiamente brancas. Uma movimentação no canto do quarto chamou a sua atenção. Era a Callie. A sua expressão estava arrasada. A loira pensou em sorrir para ela, mas desistiu ao receber o olhar de puro ressentimento da morena.

0o— Callie? — Arizona a chamou.

Não soube o porquê de tanto ressentimento vindo da morena. Certo que brigaram mais uma vez, e que aparentemente foi mais sério. Mas as duas estavam bêbadas. Arizona pensou em sentar, mas sentiu uma dor tão chata na região pélvica que desistiu.

Por uma questão de sorte que a loira não tinha abortado. O chute causou uma hemorragia que já tinha sido controlado com a administração da vitamina K, a gravidez iria inspirar cuidados a partir de então.

Callie se levantou. Estava á três horas sentada naquela cadeira apenas pensando em que rumo a sua vida tinha tomado e não conseguiu encontrar uma boa explicação para que tudo tivesse se transformado nesse pesadelo. Não tinha derramado nenhuma lágrima, estava tão decepcionada que não conseguia fazer isso.

Aproximou-se de Arizona... Diante dos seus olhos, aquela mulher que tanto amava, também era o reflexo de sua dor. Achou que tinha sofrido muito nesses últimos meses, mas surpreendente, um pouco de sofrimento parecia nunca ser demais. Não queria estar mais nessa situação em que se esquecia de si, e priorizava uma mulher que não tinha um pingo de respeito para com os seus sentimentos. Não foi por essa Arizona que se apaixonou e não era com essa Arizona que queria conviver.

— De todas as coisas egoístas que você fez, essa foi de longe á pior. — Callie soltou. Os olhos de Arizona se arregalaram de surpresa. — Eu não consigo compreender como uma mulher de sua idade consegue ser tão inconsequente.

— Eu não estou entendendo... — Arizona falou confusa.

— Eu que não entendo você. O que se passa na sua cabeça? Você parece uma montanha russa, mas só que apenas numa direção: Para baixo. — Callie balançou a cabeça em negativo. — E o pior de tudo é que está me arrastando junto com você. Eu não aguento mais isso.

Arizona franziu o cenho, não estava gostando do rumo daquela conversa. Continuava sem entender o porquê da chateação da Callie.

— Se foi porque briguei com a Amélia, eu... — Arizona começou, mas foi interrompida, porque a Callie não escutou nem um pouco o que ela estava falando.

— Eu estou tão arrasada. Eu... — Callie respirou fundo tentando segurar as lágrimas. — Eu aceitei muitas coisas vindo de você. Passei por cima do meu orgulho, de mim mesma por esse amor.... Aceitei a sua rejeição, aceitei suas traições, aceitei o seu egoísmo, aceitei os seus ataques, aceitei as suas imposições... Mas isso eu não posso aceitar. — Ela olhou para o teto, depois voltou a olhar para Arizona. — Eu não a reconheço mais. Olho para você e vejo apenas o reflexo da decepção. Sinto-me impotente, destruída... Á noite que a vi na cama com o Christopher, e aquela mulher... Eu me senti a mulher mais infeliz do mundo, mas passei por cima disso e tentei esquecer porque o meu amor era maior que tudo, mesmo com o coração sangrando e a lembrança me massacrando... Fui atrás de você, a quis do fundo do meu ser esquecer aquela cena que me corroía por dentro. Eu pensava "Vai ficar tudo, haverá um momento em que você não se lembrará mais disso, não passará de uma maldita fase de sua vida". — Ela aumentou o tom de voz. — Aí, você me apronta isso! Como pode fazer uma coisa desta COMIGO?