Quando a renomada empresária Arizona Robbins recebeu uma ligação de sua mãe no meio da manhã, não poderia ter notícia pior:
Festa em família.
Que contaria com a presença de sua ex que nunca superou com o seu irmão trairá que roubou o amor...
Realmente... Eliza era uma mulher de muita sorte. Um dia depois de todo o drama, Barbara acordou e para alegria da Eliza, não recordava de nada; Absolutamente nada. A última coisa que se lembrava foi de ter recebido uma ligação do Daniel informando que o Tom tinha passado mal...
O Tom também acordou. A polícia recolheu informação dele. Mas não tinha muito que dizer, apenas fez o retrato falado do entregador. A cesta tinha sido recolhida como prova, mas não acharam nenhum digital na cesta, além do próprio Tom. Nada era relevante. Pelo jeito, seria uma tentativa de assassinato sem solução. A única esperança da polícia era encontrar o entregador... Se eles soubessem que o mesmo estava afundado no alto mar.
Eliza tinha tomado o devido cuidado para afundar o corpo. Aproveitou que todos estavam tão preocupados com a saúde do Tom e Barbara que assassinou o entregador com a arma do Koracick, depois limpou todo, e queimou os panos. O colocou na lancha, e foi até o alto mar. Amarrou uma pedra no pé, não muito pesada, mas o suficiente para o corpo ficar no fundo do mar e jogou o corpo. Claro que usou luvas. Não era imbecil.
Estava muito desgostosa por Tom nem Barbara ter morrido. Parecia que aquela família tinha uma sorte muito grande. Aproveitou também que Barbara estava moribunda no hospital, e roubou boa parte das joias que ficavam no fundo do closet, numa caixinha. Eram joias especiais. Barbara só usava em ocasiões chiquérrimas, então, devido o pós-operatório e as fisioterapias que iria fazer por conta do fêmur e do ombro, não sairia para festa nem tão cedo.
Aproveitou para tentar descobrir a senha do cofre, mas... Como sempre, não conseguiu. Esse plano estava ficando ridiculo. Era melhor deixar para lá.
E quando se lembrasse da joia, a Eliza nem estaria mais aqui. Iria sumir do mapa. Mas antes... Tinha que fazer algo com Arizona , e que desta vez, fosse bem certeiro...
[...]
Os dias foram se arrastando... A recuperação do Tom e Barbara estava muito lenta, mas.... Estavam sendo bem cuidados. Ambos receberam alta do hospital. Inicialmente, o Daniel queria que o seu filho ficasse em sua casa, mas o mesmo declinou o convite com delicadeza, preferia ficar com o Steve, sem contar que estava muito desconfiado da Eliza , mesmo que a policia não tinha encontrado nenhuma prova contra ela, e contra ninguém. Mas tinha uma coisa dentro de si, que dizia que foi a Eliza que tinha feito mal á ele.
Daniel contratou um fisioterapeuta para a sua esposa, e tinha organizado um quarto da casa com os aparelhos necessários para que Barbara realizasse as suas fisioterapias. Queria contratar também uma enfermeira, mas a Eliza se prontificou de cuidar de Barbara. Os filhos não gostaram disso, porém, a última palavra era do Daniel e ele permitiu. Por hora, a Eliza estava cuidando muito bem da Debbie. Era uma forma de continuar na casa, e também para fingir que o seu coração era repleto de bondade e que não tinha nada contra a família Danvers. E claro, para sondar a memória da ex-sogra. Infelizmente, Daniel e Barbara acreditaram nisto, e estavam muitos agradecidos pela ajuda da Eliza .
Quem não estava de consciência limpa, era a Arizona.... Estava se remoendo por dentro. A conversa que teve com a Callie estava latejando em sua cabeça. Sabia que foi a sua iniciativa de deixar a morena livre... Porém, isso estava a torturando. A sua mente e o seu coração estava lhe massacrando, o medo estava tomando conta de si. E se surgindo alguém na vida de Callie? E se ela se interessar por alguém? E se ela a esquecesse? Foi uma grande burrice, mas o seu egocentrismo lhe dizia que era inesquecível, que a morena não iria se interessar por alguém que não fosse ela. Tentava se tranquilizar...
Mas sempre ver a morena deixava o seu coração na boca, e suas mãos suadas. Os encontros eram poucos, carregados de sentimentos e palavras não ditas. Tinha feito um acordo com a Callie sobre a Sofia... A menina ia para o apartamento de Arizona dia sim, dia não. Não queria ficar longe da pequena. Também não queria ficar longe de Callie, era uma tortura deixa-la ir depois que a entregava a Sofia , porém, ainda não tinha confiaça na mesma, então, não podia fazer nada sobre isso.
Estava bem próxima do Christopher. Não tinha ficado mais com ele depois do ménage. Foi um grande erro, a sua racionalidade tinha voltado. Não era hétero, muito menos bi. Era lésbica, e sempre que se lembrava dos momentos com o Christopher, ficava nauseada. O difícil foi explicar isso ao mesmo que ficou bem decepcionado, já que tinha ficado bem gamado em Arizona. Mas depois, aceitou numa boa, e surpreendentemente, o mesmo estava se mostrando um bom amigo. Sobre a Helô... Nem sabia da existência, e era bom assim. Foi apenas uma transa sem sentimentos. A culpava a assombrava, mesmo não considerando, uma voz dentro de si gritava que tinha traído a Callie. E essa voz era quase impossível de sufoca-la.
Do outro lado, estava a Callie... Morrendo de ciúme, de melancolia e também de amor. Não aceitava a perda de Arizona em sua vida. E nunca iria aceitar, sempre seria a sua esposa. Seria dela! E em saber que a loira poderia está com qualquer pessoa, isso a deixava doente. Uma onda de raiva atravessava o seu corpo sempre que se recordava a cena de Arizona na cama com aqueles dois. Chegava a tremer de ódio. Não podia suportar esse pensamento, sempre que vinha em sua mente, uma vontade louca de gritar e de arrancar os seus cabelos a deixava desesperada. Estava dando um tempo á Arizona, mas estava por um fio de jogar á merda no ventilador e ir atrás de sua amada. O que a segurava mesmo era os conselhos do Steve. Era um castigo vê-la e não poder tocá-la. Sempre se segurava para não agarrar a Arizona ou declarar o seu amor.
Estava morrendo por dentro. O seu peito estava pesado. O pior era saber que isso acontecia, era por culpa sua. Por deixar que o seu medo fosse maior do que a vontade de ser feliz. Os únicos momentos de paz que tinha, era quando estava com a cabeça ocupada com o projeto para abrir a seu Estúdio de Fotografia. O único problema era encontrar um investidor. Não tinha dinheiro para isso. Não tinha também a coragem para pedi ajuda a sua esposa... Estava atrás de empréstimo, mas sem uma renda fixa, era difícil o banco autorizar. A sua única esperança era a Barbara, mas a coitada estava num pós-operatório doloroso, não iria incomoda-la com isso. Não pediria ao Steve, estava vivendo na casa dele sem ajudar em nada. Sentia-se um fardo, porém, o mesmo dizia que não. Já que assim podia ficar junto de sua filha, e também, a Callie ajudava em cuidar do Tom.
Quando era que voltaria a ser feliz?
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