Capítulo 7

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Como vocês são as melhores vamos ter mais 2 capítulos, amo vocês.

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Uma mulher magricela e muito feia a guardava dentro do carro. Ela fumava um cigarro bastante fedorento que Callie sentiu a necessidade de tampar o nariz, mas evitou. Olhou em direção da porta, e os dois homens bloqueavam a saída. A situação de sua roupa estava lastimável. Tinha trocado a blusa branca melada de café, sempre deixava uma blusa reserva em sua bolsa, infelizmente, não tinha mais nenhuma outra blusa para substituir essa que estava toda suja. O seu joelho estava com um machucado feio que sangrava, e ardia. As suas mãos também não foram salvas. Isso que dava tentar amortecer o peso do corpo com as mãos.

Percebendo que estava divagando quando a sua vida estava em jogo, concentrou-se na situação que se encontrava. Um fio de esperança latejava em seu peito. Se eles tinham pretensão de mata-la, o carro não ficaria no mesmo local certo? Certo. Já a teriam levado para algum lugar de desova.

Ou será que era um assalto? Mas assaltantes eram rápidos, geralmente roubavam e iam embora. Será que era sequestro relâmpago? Não... O carro estaria rodando se fosse. E se fosse estupro?

— Callie. É um prazer conhece-la. —A Mulher disse com um sorriso estranho.

— Como sabe o meu nome? — Callie franziu o cenho, preocupada.

A mulher riu.

— Eu sei muita coisa sobre você. Por exemplo: onde mora, onde trabalha e que creche deixa a sua filha todas as manhas... Sofia o nome dela, não é mesmo? — Ela falava calmamente. Callie ao contrário dela, estava aterrorizada. Bastou mencionar o nome de sua filha que o seu coração aumentou as batidas. Poderiam fazer tudo com ela, menos com a sua filha. — O seu irmão que me contou.

Com o nome do seu irmão pronunciado, Callie soube rapidamente que era uma dívida. Joseph Torres era um compulsivo em dívidas, quanto mais tinha, mais as queriam. Não sabia o que ele fazia para ter tantas dívidas, já que vivia numa casa bastante humilde no subúrbio.

— O que o meu irmão fez agora? — Perguntou sem rodeios.

— Ele está me devendo dez mil dólares e eu quero que você me pague, de preferência até amanhã. — A mulher disse a olhando firmemente.

Callie teve uma crise de riso. Em sua conta, se tivesse dez dólares era muito. Imagina dez mil dólares?

— Poderia me contar qual é a graça?

— Eu não tenho esse dinheiro. — Callie falou aos risos, depois limpou as lágrimas dos seus olhos. — Desculpe-me, não posso ajuda-la.

A mulher terminou de fumar o seu cigarro, mas colocou a bituca na boca e começou a mastiga-la. Muito nojento, limpeza não devia ser o forte dela.

— Callie querida, você não entendeu bem a situação: Eu quero o dinheiro e você vai me dá. — A olhou bem dentro dos olhos. — Não me importo se tenha o dinheiro ou não, dê um jeito, consiga. Porque se não conseguir esse dinheiro até amanhã, tenho certeza que você vai se importar e muito com o que vai acontecer com a pequena Sofia. — Ela ao terminar de falar, afastou o seu blazer, mostrando o cano do revólver. — Você entendeu bem?

Hoje, com certeza, não era o seu dia. E também era o teste para o seu coração. Estava mais do que confirmado que tinha o coração forte. Os seus batimentos cardíacos reduziram o suficiente para que Calliope sentisse a circulação em cada dos seus vasos. O medo deixou as suas entranhas frias. A desconhecida tinha acabado de ameaçar matar a sua filha!

— Sim. — Respondeu num sussurro.

— Ótimo. Amanhã neste mesmo horário, neste mesmo local. E se não vier, pode esquecer que um dia teve uma filha. — Ela bateu na porta do carro, e os homens abriram a porta para ela sair. — Ah, Callie... — Callie virou-se para ela. — Se pensar em ao menos fugir, aconselho a pensar melhor sobre os meus homens estão vigiando os seus passos. — Ela sorriu amigável. — Até amanhã, querida.

Callie saiu do carro, mas ficou parada no meio fio. As suas pernas estavam trêmulas demais para sustentar o peso do seu corpo, por isto, quando o carro finalmente foi embora, ela sentou-se na calçada. Os seus pensamentos estavam á mil. O que iria fazer? Não tinha crédito no banco, um empréstimo desse preço nunca que seria concedido. Não tinha também nenhum amigo rico, a sua família também não tinha esse dinheiro. Seu pai deveria está se remoendo no caixão por culpa do seu irmão.

Colocou as mãos no rosto e ficou pensando numa solução para o seu problema. Acabou chorando de medo e de angústia. Se alguma coisa acontecesse com a sua princesinha, era capaz de morrer junto. As poucas pessoas que passavam pela rua, devia achar que ela era uma bêbada.

Ficou tanto tempo naquela rua que se esqueceu do seu trabalho. Quando o seu celular tocou, e atendeu automaticamente, escutou a voz de Leah furiosa.

— Eu nunca me importei sobre a vida pessoal dos meus empregados, até porque nunca influenciou em minha vida e no funcionamento do Estúdio. Mas, você está se tornando uma grande exceção. Onde você está? E o que aconteceu para não está de volta ao trabalho? Se em dez minutos você não chegar, Callie. Juro por Deus que estará no olho da rua! — E desligou.

Callie ficou olhando o seu celular. A Leah achava-se a dona do estabelecimento, jurava que era uma Arizona da vida. Mas faltava muito, muito mesmo.

Ao pensar o nome de Arizona, foi como uma luz tivesse acendido em seu cérebro. Claro! Já sabia onde arranjaria o dinheiro. Levantou-se, ignorou a dor do seu joelho e correu para o trabalho. Ao entrar, os clientes e os funcionários a olharam com curiosidade, parecia uma mendiga.

Os olhos de Leah quase pularam fora das órbitas ao ver o seu estado.

— Mas o que...

Callie não esperou que ela terminasse de falar. Passou por ela e foi em direção à área privada do recinto, com Leah em seu encalce, falando descontroladamente. Não se preocupou em bater na porta, a abriu de supetão.

— Eu aceito. — Gritou.

ғᴀᴢ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴀ (adaptação) CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora