Quando a renomada empresária Arizona Robbins recebeu uma ligação de sua mãe no meio da manhã, não poderia ter notícia pior:
Festa em família.
Que contaria com a presença de sua ex que nunca superou com o seu irmão trairá que roubou o amor...
— Você escutou isso? Foi tiro? — Meredith perguntou ao Chris, alarmada.
— Eu não sei, acho que sim... Não sei. — Chris respondeu com o coração na boca e roendo as unhas.
Meredith revirou os olhos. Era um imprestável mesmo.
— Eu vou lá. — Meredith avisou ao retirar o cinto.
— Não! — Chris segurou o braço dela. — Lembre-se o que a Arizona disse? Temos que esperar. A polícia também daqui a pouco chegará, não vai adiantar de nada se bancarmos agentes de The Chicago Code.
— É a minha irmã que está ali dentro! —Meredith gritou agitada.
— E é o meu filho e minha amiga que está ali dentro também! — Chris também gritou. — Estou com medo assim como você. Só não quero ser precipitado.
Meredith ponderou. Voltou a colocar o cinto, vai que por ventura fosse precisar.
Os olhos vidrados na saída da casa. Então, apertou os olhos ao ver a Eliza saindo da casa e correndo em direção oposta.
— É a Eliza fugindo! — Gritou para o Chris.
— Faça alguma coisa! — O Chris gritou de volta. — Não podemos deixa-la fugir.
Sem pestanejar, Meredith ligou o carro e acelerou em direção da Eliza que corria na calçada. Desviou de alguns carros que vinha e buzinava para ela. A sorte que era boa motorista, se não, um acidente já teria acontecido.
O Chris se segurava com o coração acelerado. O carro estava ganhando cada vez mais velocidade, e isso causava um pouco de medo. Principalmente
pela expressão assassina da Meredith.
Eliza escutou um carro rangendo em sua direção, olhou para trás e se amaldiçoou! Não era assim que planejava terminar a sua noite. Tinha traçado planos, feito os contras e prós, mas parece que nada estava surtindo efeito. Aumentou o ritmo da sua corrida, alguns metros, tinha um beco.... Entraria nele e sumiria de vista.
Porém, o que ela não sabia era que Meredith estava com sede de sangue e até mesmo de conseguir se aproximar do beco, o carro atingiu a Eliza, arremessando por cima dele.
Chris gritou e Meredith pisou no acelerador, o corpo de Eliza surfou por cima do carro e caiu atrás do mesmo. Os dois saíram do carro e encontraram a Eliza numa situação bem crítica.
— MEU DEUS MEREDITH, VOCÊ A MATOU! — Chris gritou acusou nauseado.
— Você disse que não podíamos deixa-la fugir! — Meredith gritou de volta.
— Sim, mas isso não significa que deveríamos mata-la. Aí meu Deus. — Chris passou as mãos no rosto. — Como vou aguentar uma morte nas costas? Nisso, as pessoas estavam se aproximando para ver o que aconteceu. Os motoristas desciam dos seus carros para ver o acidente mais de perto. Meredith se agachou e verificou o pulso e a respiração de Eliza.
Levantou-se.
— Ela é tão ruim que está viva. — Meredith disse com frieza.
O burburinho se formou. A polícia chegou juntamente com o detetive. A ambulância apareceu minutos depois, aparentemente alguém relatou o acidente. Foram prestados os primeiros socorros em Eliza.... Aparentemente, ela tinha sofrido um monte de fratura, seria direcionada para o hospital, porém, ficariam dois policiais a acompanhando.
Arizona, Callie e Sofia também foram atendidas. Não tinha nenhumas feridas físicas, embora que estivessem muito abaladas. Sofia tinha parado de chorar e dormia com a cabeça no ombro de Arizona.
— Não se preocupem. Agora a Eliza está sob o poder da polícia e não ficará em liberdade por muito tempo. — O detetive garantiu com um meneio de cabeça. — Com licença.
Meredith e Chris se aproximaram. Eles tinham respondido algumas perguntas, principalmente por causa do acidente de Eliza, alegaram que a própria Eliza tinha pulado em cima do carro, uma pequena mentirinha para livrar a cara deles. Só não sabia que tinha colado. Ficariam no aguardo, caso
precisassem prestar depoimentos.
— Vocês estão bem? — Chris perguntou, olhando para as duas.
— Sim, estamos. — Arizona respondeu, abraçando a Callie de lado e depositando um beijo na cabeça dela.
— Você vai para casa connosco? —Meredith perguntou a Arizona.
Arizona olhou para a Callie, não queria ir embora e deixar a morena sozinha, sabia como estava arrasada. Com apenas um olhar, obteve a resposta de Callie.
— Não. Ficarei aqui com a Callie e Sofia.
— Tudo bem. — Meredith acenou com a mão. — Se cuidem. — Foi em direção do seu carro.
— Qualquer coisa, pode me ligar. — Chris disse olhando para Arizona, depois para Callie. — Você também.
Callie apenas meneou a cabeça. Depois de se despediriam, foram para dentro de casa. A morena foi tomar um banho de cabeça, a sua cabeça estava doendo consideravelmente. Arizona cuidou do resto, trocou a fralda de Sofia e
também a alimentou, deitou a pequena no berço e ligou a secretária eletrônica.
Achando que a Callie estava demorando demais no banho, entrou no banheiro.
— Callie? — Arizona chamou suavemente, abrindo a porta do box.
Callie estava em choque, encostada na parede e tremendo muito. Os seus braços estavam cruzados em seu corpo, dando um abraço em si mesmo. Os lábios estavam roxos, e mesmo sobre a água, Arizona poderia ver que a morena estava chorando silenciosamente.
Arizona fechou a torneira, e buscou uma toalha.
— Venha cá. — Puxou a Callie para perto de si.
Enxugou a morena e depois secou os cabelos. Levou-a para o quarto e vestiu uma roupa confortante e quente, a Callie ainda estava tremendo. Deitou-a na cama, e deitou-se em seguida. Puxou a morena para o seu aconchego, e depositou uns beijos suaves na testa dela.
— Shhh.... Está tudo bem agora. Estou aqui com você... — Arizona murmurou com o coração apertado.
Callie apenas soluçou baixinho, estava chorando copiosamente. Sentia-se seguro nos braços de Arizona, mas não podia evitar que as lágrimas caíssem e também a tremedeira passasse. Fechou os olhos e agradeceu silenciosamente a Deus por essa noite não ter terminado em tragédia.
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