Capítulo 6

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Callie estava indignada! Tinha uma faixa em sua testa escrita "fácil"? Óbvio que não. Não sabia por que a Arizona cogitou essa possibilidade com ela, mas não iria acontecer. Nunca! Que mulher mais baixa. O que tinha de bonita e dinheiro, faltava de escrúpulo.

Era inadmissível aceitar uma proposta desse género.

O seu sangue estava borbulhando em suas veias. Estava também muito irritada que não se importou em ser grossa com Leah quando a mesma a questionou sobre o que Arizona queria.

— Se está tão interessada em saber, vá perguntar à ela! — Callie praticamente berrou para Leah.

Leah ficou parada no corredor com os olhos arregalados como se não acreditasse na atitude de Callie, mas também não foi atrás para repreendê-la. Porém, Callie não era inocente e sabia muito bem o que essa resposta acarretaria: Uma advertência, consequentemente mais uma quantia retirada do seu salário.

Depois que entrou em sua sala e chamou a próxima cliente, concentrou-se em fazer as fotografias do bebé da mulher, o seu sangue foi esfriando e ela foi se dando conta do que tinha feito. Foi grossa com a proprietária do estabelecimento, e grossa com sua gerente. Se não tivesse demitida, seria um grande milagre divino!

Tentou concentra-se o máximo nas fotografias da cliente. E assim, foi passando a sua manhã. Depois de mais quatro clientes, estava liberada para almoçar. Estava faminta! Aproveitando a sua uma hora de almoço para comer num restaurante popular umas quadras dali.

No bairro nobre que trabalhava o almoço mais barato custava mais de cinquenta dólares! Não tinha dinheiro para isso. Ficaria num restaurante com o prato feito por dez dólares mesmo. Assim que chegasse ao restaurante iria ligar para creche, queria saber como estava a Sofia.

Estava andando no sol escaldante de meio-dia com os seus saltos altos, quando teve a sensação que o carro preto na rua estava a seguindo. Olhou pelo canto dos olhos. O carro seguia lentamente pela rua deserta e sem trânsito. Aumentou os passos, o carro também, diminuiu os passos, o carro também. Era oficial: O carro estava a seguindo.

Pensou em parar e encarar, mas o pânico a fez correr. Viu quando dois homens saíram do carro e começaram a correr atrás dela, aumentando o seu desespero que começou a gritar por socorro. Por que ao invés da rua principal, tinha escolhido essa rua calma e remota? Agora iria morrer!

O que Deus tinha contra ela? Nunca fez nada! Sempre foi uma mulher de fé, acreditava em Deus, e fazia de tudo para seguir os seus ensinamentos. Que pecado cometeu? Jogou pedra na cruz? O que tinha feito pra merecer isso?

O seu cérebro só focava em fugir mesmo que corresse com dificuldade por conta dos saltos. Em sua maratona, não viu a pedra em seu caminho, tropeçou e o seu corpo atingiu em cheio o chão. A adrenalina não a fez sentir nada, além do medo de morrer.

Não teve tempo de se levantar. Os dois homens a alçaram, e a pegaram pelos braços, como se ela fosse leve feito uma pena e a levou para dentro do carro.

O que tinha feito de errado na vida? Pensou em sua filha. O seu coração apertou-se e os seus olhos encheram-se de lágrimas. Tinha que viver muito, a Sofia precisava dela, não estava preparada para dá adeus a sua filha.

Por favor, meu Deus. Pediu, antes de ser jogada dentro do carro.

ғᴀᴢ ᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴀ (adaptação) CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora