𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 17 - Não é real

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Stiles

Quando Clara me beijou eu me senti a pessoa mais feliz do mundo, me senti nas nuvens! O beijo encaixando de novo, igual aquele beijo no hospital, quer dizer, foi ainda melhor! Acredito que por ter sido de verdade... Foi simplesmente... incrível! Os lábios macios da loira, nossas línguas em sintonia... Gostaria que tivesse durado mais e que fôssemos mais um passo a frente.

Mas aí, ela disse que não era real e fiquei sem entender. Claro que é real! Meus sentimentos por ela são reais!

A loira me puxou para o corredor dos armários e logo entramos em uma sala qualquer. Clara foi até a mesa do professor e se encostou lá, eu fiquei em sua frente.

— O que quer dizer com "não é real"? - pergunto franzindo as sobrancelhas e, finalmente, ela me olha.

— Clara: Pelo o que parece somos soulmates, Stiles. Soulmates são almas gêmeas. Descobri uns dias atrás. - a loira diz como se fosse um problema. Mas isso não é uma coisa boa? Ela é a minha outra metade.

— Mas isso não é bom? Somos a metade um do outro. Não entendo porque está falando como se fosse um problema.

Ainda continuo sem entender.

— Clara: Não é porquê somos almas gêmeas que devemos ficar juntos, Stiles. "Criamos sentimentos" sem ao menos nos conhecer direito! Você não sabe um terço de mim e eu não sei um terço de você! E... isso é errado em tantas maneiras! - ela diz fazendo aspas no "criamos sentimentos".

— Claro que eu te conheço. Sei que quando fica nervosa com algo tenta mudar de assunto; Você mexe no cabelo quando se sente incomodada; Você se culpa por algo do passado que eu não faço a mínima idéia mas também não me importo; E sei que diz que não é real porque já foi machucada e está com medo de tentar! - dou uma pausa, estou ofegante por ter falado um pouco rápido demais.

— E eu sei que isso não é perto de um terço sobre você, mas se você deixar... se você se arriscar deixar, eu posso te conhecer cem por cento! Só... deixa... - digo chegando mais perto dela olhando em seus olhos e esperando alguma resposta.

Mas ela fica em silêncio apenas olhando para mim. Nesse momento eu gostaria de poder ler mentes e ter uma boa audição que nem os lobisomens, apenas para escutar seus batimentos cardíacos, porque — eu tenho certeza — que ela está escutando os meus, tais que estão acelerados.

— Por favor... diz alguma coisa. Uma única coisa e, dependendo da reposta, eu vou embora ou fico aqui. - digo e coloco uma mão em seu rosto acariciando sua bochecha.

Ela fecha os olhos por uns cinco segundos aproveitando o meu toque — acredito eu — e os abre novamente, mas não olha para mim. Seu olhar estava direcionado a janela.

Uma coisa que eu aprendi foi: silêncio também é uma reposta. E ali eu entendi a reposta que ela queria dar. Ali era a deixa para eu ir embora, mesmo eu não querendo. Tiro minha mão do seu rosto. Sinto uma lágrima descendo em minha bochecha e rapidamente a limpo.

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𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄𝐒, 𝐒𝐭𝐢𝐥𝐞𝐬 𝐒𝐭𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora