Depois do Nogtisune se apossar de seu corpo e Stiles conseguir vencê-lo, o próprio ainda continua em sua mente como um espírito maligno. Mas tinha uma chance de ter controle sobre ele... Só precisava de uma ajuda.
Ou
Derek sai de Beacon Hills para...
— Quero, quero falar com você. - digo me levantando da cadeira e ela arregala minimamente os olhos, sei que está nervosa.
Quando almoçamos juntos, ela fez essa mesma coisa quando roçou sua perna na minha. Eu meio que sabia o que iria acontecer quando Scott me mandou mensagem dizendo que todos iríamos almoçar juntos e que a irmã da Clara — Cora — iria almoçar com a gente. Mas quando eu vi a Clara, comecei a ficar nervoso — só de ver ela eu fico nervoso. Eu queria conversar com ela desde ontem, esclarecer as coisas. Não quero ficar preso em algo que eu sei que não irá ir para frente. E é sobre isso que vamos conversar — pelo menos é o que eu quero.
A loira balança a cabeça devagar positivamente e saímos do quarto onde meu pai estava. Como era no primeiro andar e não queríamos fazer barulho, fomos para o lado de fora. Já estava escuro, olho no meu relógio e vejo que são seis em ponto — o tempo passou muito rápido.
Ficamos no estacionamento, eu estava de frente para ela. A noite estava fria, provavelmente iria chover mais tarde.
— Clara: O quer quer falar? - ela diz engolindo seco.
— Você sabe, Clara. Sobre ontem. Quero saber o que sente por mim, de verdade. Não quero ficar preso em algo que não irá para frente. Eu já disse a você, não me importo com o que tenha feito no passado, não me importo com o seu lado escuro. Eu também tenho o meu. Só quero que seja verdadeira, por favor... - digo de uma vez sem enrolação e ela fica calada. Eu, definitivamente, odeio que ela fique em silêncio.
— Clara: Stiles... eu fiz muita coisa errada, me culpo por coisas que só minha família sabe. Não gostaria que você soubesse porque não gosto de lembrar disso. É realmente uma coisa que eu quero esquecer. E sim, eu estou com medo. Não só disso que acabei de falar, mas de tudo. - ela dá um suspiro. —Você estava certo quando disse que eu estava com medo de tentar porque já deu errado uma vez, estava muito certo sobre isso. Eu só... não quero me precipitar e me machucar de novo. E como eu disse, nem nos conhecemos direito para dizer exatamente se gosto ou não de você. Nem sei se posso dizer se esses sentimentos são reais. - e lá vem a conversa de serem reais ou não.
Sinto pingos de chuva em meu rosto, havia começado a chover — meu Deus, sempre quis que isso acontecesse enquanto eu beijava alguém.
Chego mais perto de Clara e seguro suas mãos.
— Eu não me importo se são reais ou não. Talvez realmente não sejam, ou talvez sejam. Portanto, só vamos aproveitar enquanto estamos vivendo isso, por favor. Eu gosto de você, gosto de ficar com você, gosto de ter ver sorrindo, mesmo que não faça isso com tanta frequência. E eu não me importo com o seu passado. Se você tiver matado seu melhor amigo ou melhor amiga, tudo bem, eu matei a minha também. Você pode ter roubado o banco que eu não vou me importar, Clara. Erramos o tempo todo e eu estou pouco me fudendo para os seus erros. - digo e a loira dá um sorriso sincero. Puta que pariu, como eu amo esse sorriso. —Você entrou na minha vida por algum motivo e mesmo que o nosso destino não seja ficar juntos, eu quero viver o que estamos tendo agora.
Nos olhamos por alguns segundos até eu chegar mais perto da loira trazendo nossas mãos juntas para o meu peito, e então eu a beijo. E ela retribui. E aquelas borboletas na barriga voando de felicidade, acho que eu nunca vou me acostumar de beijar a Clara. É tão... doce e bom. E fica ainda melhor porquê é super clichê. Qual é?! Estamos nos beijando na chuva! O que é mais clichê do que um beijo na chuva depois de dizer o que sente pela pessoa?
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