𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 31 - Visita

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Clara

Eu não o respondo. Ouço aquelas duas palavras e memórias passam em minha cabeça como vultos. Sinto vergonha e, até mesmo, arrependimento. Mas aquilo não era pra mim, não na época. Eu não havia sido forte o suficiente para ter ficado e lutado, não, eu preferi fugir. Mas aqui está ele, bem na minha frente.

Continuo o olhando, e eu sei que ele sabe tudo o que estou pensando, tudo o que está passando na minha cabeça nesse exato momento.

— Nik: É bom ver você. - diz tombando a cabeça levemente para o lado e dando um sorriso pequeno.

— É bom ver você também. - digo um pouco travada e, talvez, um pouco nervosa.

— Nik: Faz tanto tempo e você continua a mesma. Vantagens de lobisomem. - diz dando uma risada e eu o acompanho.

Antes de nos relacionarmos, Nik e eu tivemos uma linda amizade com piadas horríveis sobre sermos lobisomens. Sim, ele também é um e apenas dois anos mais velho que eu.

— Continua o mesmo também, mas espero que esteja melhor... dos problemas, digo, da sua família. Você entendeu... - digo descruzando os braços e seguro apenas um em forma de vergonha. Que merda.

— Nik: Sim, estou melhor. - dá uma pausa e olha para a delegacia atrás de mim. —Trabalhando em uma delegacia... que maneiro.

— É... Trabalho com o meu sogro. É bem legal... - digo mordendo o interior da minha bochecha. Nik não muda sua feição, pelo contrário, dá outro sorriso.

— Nik: Você pode sair? É apenas por alguns minutos. - diz colocando as mãos no bolso e mexendo a cabeça. Eu olho para trás, estou em horário de trabalho e as meninas chegam já, mas é só por alguns minutos, não?! Não faz mal.

— Claro. - digo e o acompanho que começa a andar. —Como está sua irmã? - pergunto e dou um sorriso ao lembrar de Bekah.

— Nik: Bem, sente falta de você. Nunca mais foi nos visitar em Nova Orleans... - diz e me olha, sem sorrir dessa vez. —Apesar de tudo, todos nós ainda somos amigos, não somos?

Desvio o olhar e consigo perceber uma pitada de mágoa em sua voz. E, quando fala sobre Bekah, uma tristeza. O que isso significa?

— Sim, somos, é só que... depois do... você sabe, eu vim aqui e acabou acontecendo muitas coisas. Pessoas querendo me matar, pessoas voltando a vida... Foi muita coisa. Intenso, sinistro... - digo olhando para frente e sinto seu olhar em mim.

— Nik: Pessoas voltando a vida é... coisa de cotidiano. - diz e dá uma risada.

Eu o olho e pergunto:

— O que veio fazer aqui? Sem querer ser grossa...

— Nik: Não se preocupe, não vim acabar com o seu relacionamento. Vim pedir ajuda. Acabei me metendo num problema e já estou perdendo a paciência. - diz passando a mão nos cabelos. —Escute, alguém pegou a Rebekah e vem mandando "dicas" e todas me trazem aqui. E são sempre relacionadas a você. - diz sério e parando de andar. Faço o mesmo ficando em sua frente e coloco minhas mãos em meus bolsos.

— Podem ser pistas falsas. Não vi ninguém diferente e muito menos a Bekah. Não acha que alguém do Quartel possa a ter pego e querendo distrair você?

— Nik: Pensei isso, mas Marcel seria muito burro para fazer isso, ou muito inteligente. A alguns dias atrás ele também recebeu uma dessas "dicas" e também era relacionado a você. Ele mandou as tropas dele para procurar por você e acharam, mas eu vim, eu pedi para vir. Eu tenho certeza que você não faria nada com a Rebekah. Não é, Clara?! - pergunta e vejo um certo medo em seus olhos.

𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄𝐒, 𝐒𝐭𝐢𝐥𝐞𝐬 𝐒𝐭𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora