Buried in darkness.
(Em revisão🖋️)
Boa leitura.🦋~
S/N
Meus olhos abriram com dificuldade, eu estava em meio a tremenda escuridão, nenhum sinal de luz podia ser vista. Meu corpo estava fraco devido o tempo em que fiquei adormecida, eu estava confusa, minha mente estava lesada, meus pensamentos estavam embaralhados.
Tentei me levantar dando de cara com alguma barreira dura, eu tinha pouco espaço e fiquei aflita a passar a mão em volta e ver que eu estava em um local pequeno.
O pouco ar que me restava em meio aquela caixa de madeira fazia com que todo meu canal respiratório queimasse, me mechi desesperada pelo pequeno cubículo em que eu me encontrava, em busca de achar algo que me desse alguma explicação.
Percebi aos poucos que minhas roupas estavam cobertas de terra, em baixo da minha perna foi possível encontrar um aparelho celular, apesar de ser muito antigo ainda assim havia sinal e era minha única alternativa, peguei o aparelho com dificuldade, havia sangue em minha testa como se eu tivesse levado uma pancada, algo que eu não dúvido nem um pouco depois de tudo oque aconteceu.
De repente senti uma vontade imensa de chorar, toda a adrenalina e falta de ar haviam deixado minha mente relaxada, mas aos poucos ela estava voltando ao normal, me fazendo recordar daquela cena, era um grito sem som, uma dor insuportável, eu havia perdido... eu perdi ele.
Quando você ama alguém é capaz de dar sua vida pela pessoa, andar no fogo, até mesmo cometer um crime, porém nunca seria capaz de aceitar a perda dela. E eu também não podia aceitar. Não a dele.
Uma hora antes...
Meu corpo travou ao ouvir aquela voz tão familiar diante de mim. Ele estava tão perto, eu estava me tremendo, nunca estive tão apavorada na vida. Mesmo nesta situação eu não podia deixar de perceber os detalhes.
Não era um homem menor que eu, apenas alguns centímetros a mais, ele era magro e tinha um bom físico, apesar de não conter tantos músculos era visível que era forte, e o mais importante: ele não estava armado.
Foi questões de segundos, eu o olhei espantada enquanto via a movimentação de Jake pela janela, ele estava com sua máscara se preparando para algum tipo de ataque. Foi minha culpa, se eu não tivesse olhado para trás do homem ele jamais teria defendido.
Ele veio pra cima de mim tampando minha boca, acabei dando um grito caindo no chão, eu mal conseguia me mecher. O homem tirou uma arma do além e apontou para Jake que estava atrás, aquela arma... eu conhecia aquela arma. Era minha, e estava em uma bolsa na casa da Lilly.
Eu me desesperei me levantando tentando arrancar a arma do homem, eu não sei oque deu em mim, ele puxou a arma para mim dando com cano em minha cabeça, enquanto eu perdia o equilíbrio e noção pela pancada só pude ouvir Jake gritar, e foi então que o estrondo de um tiro em direção a ele foi disparado, foi o último som que ouvi cociente.
Uma hora depois...
Agora eu entendia, compreendia como ninguém aquele sentimento, me sentir tão impotente em não conseguir ajudá-lo, não pude fazer nada para evitar que ele fosse machucado. Uma dor que rasgava o peito, queimava a alma.
Era um amor perdido, um jogo falho.
Eu o amava.
Meus olhos ardiam com a poeira e lágrimas que eram impossíveis de prender, eu queria gritar e espernear feito criança, mas dessa vez não teria ninguém que pudesse me abraçar e dizer "ta tudo bem minha querida".
Eu não podia ficar ali sem fazer, nada eu precisava agir, tinha a necessidade de me acalmar, mas eu estava tão frustrada, desabar era algo tão inevitável. Peguei o aparelho, antes mesmo que eu tentasse liga-lo notei um tecido macio ao meu lado, rapidamente liguei a lanterna iluminando o tecido.
Era o moletom de Jake.
Aquele desgraçado mascarado queria me tirar dos eixos, me enfraquecer. O tecido coberto de sangue me fez pela primeira vez na vida me deixar levar pelos desejos de morrer, sumir, desaparecer.
Peguei o aparelho tentando discar qualquer número que me viesse na cabeça... Droga! Eu nunca cogitei na possibilidade de ficar sem meu celular, e por conta disso nunca nem se quer decorei o número do pessoal, lembrava de cor o número do Poke, aquele cara que Dan comprou as chaves, mas isso não me dava vantagem nenhuma, oque um homem como ele poderia me ajudar.
Eu sei oque está pensando, ligar para a polícia seria sábio, mas não para mim. Se eu ligasse imediatamente para ela meu pai automaticamente seria contactado e tudo oque fizemos até agora seria em vão, ele me tiraria da cidade.
Eu tinha que pensar, algum número, alguém que eu conversei e precisei adicionar recentemente... eu sabia quem. Disquei angustiada, minhas mãos tremiam.
- An-anda-da atende, por favor.- minhas palavras saiam trêmulas para o telefone.
- Olá?- uma voz grave me atendeu, solucei ao chorar, eu estava tão feliz.
- Graças a deus!- repeti várias vezes com a voz embargada.- Por favor... eu preciso da sua ajuda...
- Oh... Você parece que está em uma situação difícil.- disse ele.- Me diga quem é você, e com calma me explique como posso ajudá-la.
Respirei fundo tentando me recompor.
- Você... Me conhece como "Nymos".- suspirei.- Ele me encontrou... Acredito que eu esteja enterrada.
- ...- obteve um silêncio.
- Eu-eu tô desesperada! Eu não faço ideia onde estou... Eu-eu...- voltei a chorar.
- Me escute.- disse ele.- A quanto tempo você está enterrada?
Olhei o horário do telefone, era exatamente duas horas da tarde, lembro-me bem de ter saído da van aproximadamente uma da tarde.
- Acredito que faz uma hora que me trouxeram para cá...- tentei limpar meu rosto, toda a poeira estava me deixando com irritação no nariz.
- Significa que temos apenas quatro horas restantes...- ele falou como se estivesse pensando nas suas próximas palavras.- Uma pessoa consegue ficar assim durante cinco horas apenas, caso você não saia antes desse tempo esgotar...
- Eu irei ficar sem ar.- falei calmamente.
- Sim...- ele respondeu.- Vou rastrear sua localização, darei um jeito de te ajudar. É uma promessa.
- Não tenho certeza mas...- olhei ao redor do local onde eu estava, agora eu via com mais clareza.- Acredito que eu esteja enterrada na floresta de Duskwood.
- Sério?- ele perguntou surpreso.- E como sabe disso?
- Tem flores velhas aqui... E um retrato.- falei tentando engolir o choro, porém não consegui, ele voltou como uma repulsa.- É como um memorial... Memorial de Jennifer Hanson.
- Em que diabos você se meteu?- ele indagou.- Sua sorte é que estou perto de Duskwood, não se preocupe, você vai sair daí.
- Obrigada... muito obrigada Darkness.
Desliguei o dispositivo, meus olhos arderam enquanto eu sentia um nó esmagador na garganta, eu ainda não podia acreditar... eu realmente perdi Jake?
~
Novo personagem que será altamente valorizado, afinal sou apaixonada por ele. <3
Muita coisa vai acontecer.🤧🙌🏻
Não esqueça de votar e deixar um comentário. <3
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Tudo por amor | Duskwood
FanficIsso nunca foi uma história de amor. O que o destino tem a doar para quem está disposto a fazer 𝐓𝐔𝐃𝐎 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐌𝐎𝐑? Em meus sitemas quebrados você foi o vírus da destruição. Uma pequena cidade chamada Duskwood conhecida por suas extensas flore...