25 - Por favor, não peide

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— Eu quero saber como é que vou dormir nesse carro com cheiro de dedetizador — cruzo os braços fora do veículo, olhando Ten espalhar o spray por dentro dele

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— Eu quero saber como é que vou dormir nesse carro com cheiro de dedetizador — cruzo os braços fora do veículo, olhando Ten espalhar o spray por dentro dele.

Ainda está tocando rock. Felizmente, ele desliga. Glória a Deus.

— Vamos esperar alguns minutos, aí vai ser melhor. Não quero correr o risco de me topar com outra barata.

— Por que não seguimos com minha ideia de pôr a carcaça da outra pendurada para servir de exemplo? Duvido uma outra barata aparecer.

— Você falou isso sério? — ele se afasta do carro e vira-se para mim.

— Acha que estou brincando?

— Sinceramente? Sim, com certeza.

— Vai se arrepender por não me ouvir — ergo o queixo, imponente, ao passo que Ten solta um resmungo.

Senta-se na pista, enquanto isso permaneço no mesmo lugar.

— Por que passou o dia com essa roupa de mecânico?

— É minha roupa de fazer reparos no carro. Ficamos parados a madrugada inteira, porque o carro deu problema, e eu tive de consertar pela manhã.

— Eu não vi isso acontecer.

— Você só sabe dormir.

Descruzo os braços e giro o corpo para ficar de frente para ele.

— A culpa é minha?

— Shh, Taeyong, eu não quero brigar agora… — revira os olhos. — Estou muito cansado para discutir.

— Sua desculpa é mais falsa que seu tênis.

O olhar que lança a mim é mortal. Não é exagero. É como se eu tivesse feito uma coisa estúpida e surpreendente. É como se eu tivesse chutado a barriga de uma grávida. Ok, não tanto… mas, mesmo assim, é algo que me deixa até arrepiado de medo.

— Você quer que eu chame os capangas da minha gangue para meter o pau em você, Taeyong?

— Não — abaixo a cabeça e ponho as mãos na cintura.

— Fale mais alto.

— NÃO! — acabo gritando sem querer e Ten cai na gargalhada.

— Ah, pois… — distraidamente, esfrega a lateral esquerda de um dos tênis no asfalto. — Nem todo mundo é lotado de dinheiro que nem você. Nem todo mundo pode trabalhar com algo que ama, sabia?

— Pensava que você gostasse de dirigir.

— Eu gosto. Mas não é como se eu amasse e fosse uma profissão incrível. Eu só tive que fazer o que pude. E se meu tênis é falso, é por culpa de gente como você.

— A culpa também é minha?

— SIM! — eu sei que seu grito de agora foi para me imitar, tanto que põe as mãos na cintura também.

CRAZY TAXI (BY MISTAKE) ✘ tae.tenOnde histórias criam vida. Descubra agora