32 - Patty pode ser sua hoje à noite

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— E então? — chama minha atenção

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— E então? — chama minha atenção.

Então, sim, percebo que estive tempo demais olhando o Ten.

— Oi?

— O que foi?

— Onde? O quê?

— Taeyong, você está bem?

— Sim, eu… — olho ao redor no corredor claro do hotel, cuja decoração é um pouco vintage demais para um século XXI. — Esqueci meu carregador.

— Ah, ele está comigo! — escancara a porta, convidando-me indiretamente para entrar.

Eu entro. Não sei se fecho a porta ou não.

— Fecha a porta — diz, enquanto caminha para sua mochila que estava no porta-malas.

Eu fecho a porta e fico que nem uma bonequinha parada olhando para o nada, pensando no que fazer. Ten se senta na cama e começa a enfiar a mãos na mochila, desesperadamente procurando o carregador.

— Tem certeza de que está aí? — pergunto por perguntar, afinal tanto faz isso.

Chego bem quietinho perto dele, não quero atrapalhar nem nada. Acabo me distraindo olhando seu cabelo grudado na testa, todo verdinho. Sem pensar muito, eu toco e fico fazendo alguns círculos com o indicador. Isso chama atenção de Ten, que ergue o rosto para me olhar.

— Eu tô tentando fazer um cachinho — justifico, mas minha voz falha um pouco porque ele está tão lindo que eu me perco todo.

— Ok — ele volta a abaixar o rosto para a mochila.

Engulo em seco e me sento ao lado dele. Como não diz nada, eu volto a mexer no seu cabelinho. Empurro toda sua franja para trás e organizo. À medida que levo os fios para trás, acabo descendo a mão até sua nuca. Puxo alguns pelinhos por brincadeira e percebo que sua raiz preta já está crescendo. Faço um carinho super despretensioso. No entanto, no meio disso, minha mão alcança a lateral do seu pescoço e eu toco delicadamente. Eu sei que esse contato está um pouco… hm… estranho… mas, sério, o Ten não parece ligar.

— Achei — ele puxa o fio do carregador do fundo da mochila e depois põe no meu colo. — Eu me lembro que achei jogado lá no carro, então eu coloquei na minha mochila para guardar.

— Obrigado, boa noite — pego o carregador e, quando estou prestes a me levantar, ele segura minha camiseta cuja estampa é de um desenho de um coelho com a cabecinha para fora da toca. Sento-me de volta ao seu lado. — Oi?

Ele não me responde, mas seu olhar diz muita coisa. É uma mistura de pedido com raiva. Eu não sei explicar, só sei que minha única ação é puxá-lo para lhe dar um beijo. Minhas mãos suam de nervoso no início, mas estou aqui contra seus lábios e sei que é isso que ele queria puxando minha camisa. E é tão estranho. Se ele queria um beijo, por que não fez antes, quando me disse só um “te vejo amanhã” sem graça? Não adianta. Se paramos de beijar, ressurgimos com isso e eu juro que me sinto bem ao ponto de querer jogar meu corpo sobre o dele para ver no que é que dá.

CRAZY TAXI (BY MISTAKE) ✘ tae.tenOnde histórias criam vida. Descubra agora