35 - O fim da viagem

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Chegamos ao fim da viagem

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Chegamos ao fim da viagem. Chegamos bem, alimentados e, surpreendemente, com vida. Eu não sei como, mas estamos atravessando a cidade, no fim do crepúsculo, para chegar ao hotel e estamos vivíssimos. Eu não sei como não morremos, dado o modo pouco comum e seguro que Ten dirige. Mas até que ele está calmo hoje. Nos pegamos bastante no banco de trás. Deve ser por isso.

Está tocando Mercy do Shawn Mendes e, sim, eu ganhei! O povo vence sempre! O Ten me deixou tomar conta do rádio, já que é nossa última noite juntos. E agora eu estou cantando com ele, porque ele também sabe a letra, já que sua irmã já foi viciada nela. O que é legal, porque eu nem sabia que ele tinha irmã. 

— Então… recapitulando… — diminuo o volumo do som. — Você vai dormir lá no hotel comigo, né? 

— Em quartos diferentes. Por favor, enfatize isso. 

— Por quê? — deixo meus ombros caírem pesadamente. Cansei de implicar. 

— Porque eu não quero dormir com você. E você precisa trabalhar.

— Tá, tudo bem. Mas por que não quer dormir comigo? 

— Porque eu quero dormir — troca de marcha. 

Passamos por uma área movimentada e agora estamos entrando numa rua comprida, porém escura. Não há tanta iluminação. Eu odeio caminhos assim. 

— Sim, eu também quero… o que é que tem? 

— Que com você eu não vou conseguir dormir. 

— Por quê? Se for pra me esculachar, me deixe começar, porque eu tenho mais argumentos. Você se mexe que nem um doido na cama e puxa o cobertor só para você. Muito ruim isso. E, além disso tudo, um absurdo, você ainda me bate dormindo, Ten. Você me bate! E quer saber de uma? Eu também não quero dormir com você não, faça o favor. Não quero acordar com a cara toca marcada de tapa. E nem insista, viu? Você vai dormir na sua cama, no seu quarto, bem longe de mim. Gente como você tem que ser isolada socialmente sim, e ainda é pouco!

— Calma, seu doido! Eu quis dizer que com você eu acabaria não dormindo por conta do sexo, seu maníaco! 

Ah. 

— Ah.

— Olha, você tem que parar de me atacar assim de graça!

— Ah, reclame sozinho, seu chato! — aumento o volume de novo e ignoro as reclamações dele. 

Malmente recomeço a cantar e sou interrompido quando ele desliga o bendito rádio.

— Poxa, que pena — ainda fala. — Acabou a festa. 

— Sinceramente, Ten, você é INSUPORTÁVEL — estico a mão para tentar ligar de novo, mas ele faz o favor de tirar a mão do volante para dar um tapinha na minha. 

CRAZY TAXI (BY MISTAKE) ✘ tae.tenOnde histórias criam vida. Descubra agora