-Está pedindo o que acho que está? -semicerrou os olhos, sem se incomodar em afastar.
-Você disse que só não poderia pedir coisas malucas.
-Isso se enquadra nas lista de coisas malucas. -tentou desviar.
-Esse é o meu pedido...-deu de ombros. -Agora é escolha sua aceitar ou não... nunca obriguei ninguém a me beijar.
Elisabeth ficou em silêncio, pensando e calculando se aquela poderia ser realmente uma boa idéia, até porque tinha passado grande parte do seu tempo naquela base evitando todo tipo de contato com o parceiro, um beijo só tornaria as coisas mais íntimas e complicadas.
-Você está pensando se é ou não uma boa idéia, não é mesmo? -adivinhou.-Nem sempre é necessário pensar em cada passo, Becker.
-Está me pedindo pra esquecer os pontos negativos disso? -foi sincera.
-E existe? -franziu a testa, entre magoado e confuso. -Se concentre nos positivos...é só um beijo, não torne tudo um grande dilema e...
-Cala a boca...-ela interrompeu o discurso, com a mão tapando a boca dele e a abaixou levantamente.
Toda aquela falação a estava impedindo de pensar.
-Vamos começar por algo simples...-sugeriu.Richard encurtou ainda mais a distância entre eles, lhe dando um beijo suave no queixo e deslizando para a bochecha, depois a têmpora e a ponta do nariz de forma carinhosa. A mulher não pode evitar soltar um riso baixo, sentindo os músculos relaxarem ao sentir pequenas cócegas na pele.
-Amo o sei cheiro, sabia? -sussurrou.
-Aham...-Julie balbuciou, distraída pelas sensações.
Os lábios dele finalmente chegaram ao seu objetivo, num selinho simples e delicado, e foi Lizzie quem mudou a situação quando entreabriu os lábios e capturou os dele num beijo calmo. Ela deixou os lábios dele tão rápido quanto começou aquele contato, deixando Richard com a sensação de quero mais, e quando pensou que iriam se afastar, Elisabeth levou os lábios até a bochecha dele e desceu pelo pescoço, buscando repetir a mesma coisa que lhe tinha sido feita antes, e com beijos pequenos e quentes ela arrastou os lábios numa trilha por toda a região livre que encontrava. Enfiou as mãos no meio dos cabelos dele, o impedindo de beija-la também, e se aproveitou do controle para voltar ao que fazia antes e selar os lábios mais uma vez, dessa vez num ritmo mais passional.
Ele puxou ainda mais o corpo da parceira para si, satisfeito por não receber nem um impedimento quando desceu a mãos até a cintura dela e apertou com um pouco mais de força, retribuindo ao beijo. Pela primeira vez, ele não estava exatamente no controle de uma situação como aquela, mas não se importou nem um pouco de seder ele à Elisabeth. Sentiu o seu lábio inferior ser levemente mordido e esticado, e quando pensou que o beijo iria continuar, Elisabeth se afastou, restando apenas o som de duas pessoas ofegantes naquele corredor.-Isso foi...-ele sussurrou.
-Um beijo. -interrompeu Becker. -Nós apostamos, e eu cumpri. Não complique o que é simples.
-Ta, mas...
-Você não deveria voltar ao trabalho?
Ele engoliu o que iria dizer.
-É, Camila deve estar me esperando.-concordou.
Lizzie enrrugou levemente o nariz.
-"A gente se fala mais tarde?"-falou.
-Que jeito de falar é esse? -riu.
-Ouvi um homem falando assim hoje, achei moderno. -deu de ombros. -Sabia que dizer "um cara", é a mesma coisa que dizer "um homem?" Mas cara também pode ser o rosto, né? Aqui tudo é meio confuso.
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B.M Consanguineo
CasualeNatasha Morgan nunca acreditou que isso fosse realmente acontecer na sua vida, de todas as loucuras que já viveu, aquela parecia ser a mais insana. Talvez estivesse morta, ou delirando na cama de um hospital? quem sabe? ela não sabia e nem tinha a m...