Elisabeth soltou um suspiro profundo ao ver o quarto que eles tinham lhe designado. Mais um lugar cheio daquelas tecnologias que ela não conseguia entender, e que inclusive, teria de dividir com Richard. Por sorte, aquele tal de Simon havia sido inteligente o suficiente para supor que os dois não eram um casal, e colocar duas camas no quarto. Pelo o que ele tinha dito, aquele lugar estava sofrendo de um problema sério de superlotação, e ele não podia disponibilizar dois quartos diferentes para pessoas que claramente se conheciam.
-O quarto é bonito? -indaga Rick, sentando na cama e testando as molas. -Uh! Isso é muito macio! Experimenta!
-O quarto é bonito. -responde Lizzie, sem muito ânimo.
-Você está séria demais. -analisou o tom de voz. -Natasha conhece um dos líderes daqui... tudo deu certo! Pode se acalmar um pouco?
-Não gosto da idéia de estar no meio de desconhecidos.
-Se Natasha confia neles, nós devemos confiar.
-Você parece bem amiguinho dela...-ergueu uma sobrancelha.
-E não deveria? Ela é uma mulher legal...e a única que jamais tentaria nos matar...porque seria basicamente suicídio.
-É...-Lizzie concordou, num tom amargo.
-Não acho que você odeie ela tanto quanto quer aparentar. A relação de vocês me lembra a sua relação com Carnegie.
-Carnegie e eu nunca tivemos nenhum tipo de vínculo.
-Vocês tinham um ódio meio amizade que era estranho.
-Eu não odeio a Natasha.
-Seu tom de voz diz o contrário.
-Você não entenderia.
-Quer tentar me contar?
-Está com fome?
Ele bufou.
-Entendi...isso foi um não. -levantou. -Quero conhecer meus tataranetos! -sorriu, emocionado.
-Nós vamos comer! -frisou.
-Você é muito sem graça, sabia?
Lizzie segurou no braço dele para guia-lo até o lado de fora do quarto.
-Me conte um pouco mais sobre essa base...-ele franziu a testa, curioso.
-Eu descobri um lado curioso seu que eu não sabia da existência.
-Gosto de conhecer coisas novas...-deu de ombros. -Agora é um pouco difícil fazer isso porque não consigo enxergar... então, seja os meus olhos, Elisabeth.
-Bom...pra começar, tem muitas pessoas...-analisou ao redor. -Muitos corredores e muitos andares...as paredes e o chão são da cor branca e...
-A cor do seu cheiro. -se lembrou. -Como as Jasmins.
-É...-ela ficou um pouco sem graça, mas prosseguiu. -Existem placas pra tudo...-analisou a parede. -Por isso, acabei de descobrir que o refeitório é no segundo andar.
-Quero mais detalhes!
Becker só queria ter um pouquinho da empolgação dele com tudo aquilo.
-As pessoas se vestem...como a Natasha...
-E isso é bom ou ruim?
-Ruim, porque ainda sinto como se essa tal de legging estivesse me apertando.
-Tem crianças?
-Sim! Quando nós chegamos, havia uma espécie de jardim e crianças correndo por lá...

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B.M Consanguineo
CasualeNatasha Morgan nunca acreditou que isso fosse realmente acontecer na sua vida, de todas as loucuras que já viveu, aquela parecia ser a mais insana. Talvez estivesse morta, ou delirando na cama de um hospital? quem sabe? ela não sabia e nem tinha a m...