A última coisa que Alisson esperava era encontrar a sua irmã no mesmo dia que reencontrou a sua mãe, principalmente porque sua atenção não estava exatamente nela, e sim no sujeito de mãos dadas com ela. Depois de tudo o que tinha acontecido, ver a sua irmã ao lado do homem que ela um dia amou trouxe um gosto amargo à sua boca, pois não demorou muito até ligar as peças e concluir quem era o pai da sua mais nova sobrinha.
Os dois também enchergaram as duas mulheres, e assim como elas analisaram pacientemente a situação. Natalia havia ido até ali assim que soube que a Morgan não estava bem, e tinha que confessar que ficou realmente surpresa em encontrar aquelas duas pessoas no corredor. Principalmente porque a notícia que Alisson Morgan era sua irmã ainda estava perturbando a sua mente.
Por causa disso, contra todas as espectativas ninguém sacou uma arma, e as duas duplas se aproximaram com passos cautelosos.-Vocês insistem em invadir a minha cidade e brincar perigosamente com a minha paciência. -iniciou Natalia.
A verdade era que seus soldados vaculharam cada canto dessa cidade em busca do esconderijo daqueles rebeldes, e era extremamente frutante ver que mesmo assim eles entravam e saiam como se aquela fosse a casa deles.
Becker observou a mão do acompanhante da comandante se dirigir discregamente até o cós da calça, e tencionou os músculos.-Você deve ser Elisabeth. -a comandante sorriu, analisando a francesa. -Depois do show que você deu no centro da cidade, não demorou muito até descobrir a sua identidade. Elisabeth Becker. Esse foi o nome que recebemos do alto escalão. -suspirou. -E não demorou muito até chegarmos ao sobrenome Austen depois de saber como Natasha Morgan chegou a esse tempo.
O relatório de Sofia tinha sido realmente esclarecedor, por mais que ainda fosse muito escasso quanto aos detalhes, confirmou que realmente existia um experimento em processo a cinco anos, e que sumiu dos arquivos do governo misteriosamente.
Seu marido franziu levemente a testa na sua direção, claramente confuso com as palavras que escutara, já que a comandante ainda não tivera tempo de compartilhar aquelas informações.-Uma mulher a frente do seu tempo.-concluiu Nat.
-Isso tudo pra pedir um autógrafo? -Lizzie ergueu uma sobrancelha.
A frase desencadeou o que todos estavam escondendo desde que aquela conversa começou, e quase no mesmo instante os quatro sacaram as armas da cintura.
-Você pode atirar, mas todo mundo morre. -murmurou Alisson.
-Ok...vamos resolver isso sem armas.Esse é um espaço curto demais pra tantas armas!-concordou Natalia. -No três todo mundo abaixa, combinado? Um...dois...e tre...
O tiro seco de Elisabeth contra o joelho dos dois interrompeu a paz do lugar. A arma mirou e atirou numa velocidade tão rápida que assustou até mesmo a única pessoa ali que estava do seu lado. Alisson retrocedeu alguns passos pelo susto, e arregalou os olhos diante dos dois oponentes caídos no chão. No entanto, a francesa não se distraiu com explicações e chutou a arma da dupla pra longe de suas mãos.
Ela não estava interessada em medir forças com o inimigo, e muito menos conferir se Natalia estava realmente falando a verdade quando propôs uma luta desarmada. Uma mulher como aquela não tinha chegado naquela posição sendo tão bobinha e amena com criminosos, e o sorriso que assumiu os lábios da comandante apenas confirmou a sua teoria.
O sangue colorindo o chão assustou Alisson, os dois pareciam bem incomodados com a bala alojada na coxa, porque obviamente não estavam acostumados. As armas do governo eram em sua maioria, tiros de choque, e a muito tempo balas de pólvora não eram utilizadas.-O que está esperando?! -resmungou Lizzie, vendo que a outra ainda estava na mesma posição.
-Não podemos deixar eles assim! Está sangrando demais!
ESTÁS LEYENDO
B.M Consanguineo
AléatoireNatasha Morgan nunca acreditou que isso fosse realmente acontecer na sua vida, de todas as loucuras que já viveu, aquela parecia ser a mais insana. Talvez estivesse morta, ou delirando na cama de um hospital? quem sabe? ela não sabia e nem tinha a m...