Capítulo 23: Segundo ano: Fraternidade

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Sirius acordou feliz na manhã seguinte, com Suffragette City ainda presa em sua cabeça. Ele cantarolou enquanto escovava os dentes e se vestia, o que fez James gemer e jogar o travesseiro sobre a cabeça. Enquanto eles desciam para o Salão Principal para o café da manhã, Sirius brincou,

"Apenas espere, Potter! Um dia desses, eu vou fazer você ver a luz - você não pode viver na ignorância para sempre!"

James revirou os olhos, sentando-se na longa mesa. "Música é só música! Não é como se esse Bowie estivesse fazendo algo que não tenha sido feito antes."

"Você me feriu!" Sirius caiu dramaticamente no ombro de Remus, "Pelo menos eu tenho você, Lupin. Honestamente, o que vamos fazer com esses dois?"

Remus apenas sorriu e deu de ombros em resposta - sua boca já estava cheia de comida.James estava prestes a responder quando o correio chegou, corujas voando para deixar suas cartas e pacotes. Sirius tentou não olhar, mas não conseguiu evitar - por cima do ombro de James, uma coruja novinha em folha estava pousada na mesa da Sonserina, bem na frente de Regulus.

De todas as pessoas, seu irmão escolheu sentar ao lado de Snape. O menino mais velho pegou a carta que a coruja havia deixado cair, desdobrando-a rapidamente diante dos protestos de Reggie. Quando ele começou a ler, um sorriso encantado se espalhou por suas feições, e ele olhou para Sirius com um brilho mesquinho nos olhos.

"Uau, Regulus, seus pais estão muito orgulhosos!" Snape falou lentamente, falando alto o suficiente para garantir que Sirius e seus amigos pudessem ouvir, "Ouça isto: nosso querido filho, ficamos muito felizes em ouvir os resultados de sua seleção. Toda a família o elogia por manter nossas nobres tradições, e os parabéns estão em ordem..."

Regulus estava corando, tentando arrancar a carta de Snape, mas o segundo ano continuou lendo teimosamente. Ficou claro que a coruja era uma recompensa para Reg, já que ele havia entrado na casa certa. Cada palavra que saía da boca de Snape era uma farpa, um lembrete pungente para Sirius que, ao contrário de seu irmão, ele ainda era a decepção da família.

Seu rosto estava quente. Ele olhou para seu mingau, não querendo deixar os sonserinos verem o efeito que as palavras de seus pais tiveram sobre ele. Eu não ligo, ele lembrou a si mesmo, furiosamente. Mas a vergonha era um punho em volta de sua garganta, tornando impossível comer.

"Seus pais não confiscaram sua coruja de novo?" perguntou Peter, sem rodeios. Reg conseguiu pegar a carta de volta agora, mas Snape e seus amigos ainda estavam rindo, e a coruja ainda estava empoleirada imperiosamente na mesa da Sonserina. Sirius deu um aceno afiado e murmurou,

"Disse que posso tê-lo de volta quando me lembrar do meu dever para com a família e começar a agir como um 'verdadeiro preto'. Não me importo, não preciso de uma coruja." Ele se sentiu doente, com raiva. Ele queria sair do corredor, longe de Snape e seus estúpidos amigos risonhos.

"Qual é exatamente o seu dever familiar, mesmo?" James meditou, em voz alta, certificando-se de que os sonserinos pudessem ouvi-lo. " Andar por ai com Snivellus e Mulciber? Casar com sua prima?"

Apesar de seu constrangimento, Sirius sorriu, eternamente grato por James Potter.

"Ah, sim," ele respondeu, combinando com o tom de seu amigo, "Endogamia e rastejamento são aspectos-chave da minha nobre herança. E pegando em crianças menores do que eu, é claro; trapaceando, mentindo e amaldiçoando meu caminho para o poder..."

Snape e os outros Sonserinos rindo tinham se acalmado, agora, e estavam estreitando os olhos para os insultos lançados obliquamente. Regulus estava com o rosto vermelho, testa franzida enquanto ouvia. Sirius não sabia dizer se a expressão era de raiva ou mágoa, e decidiu que não se importava.

All the Young Dudes - perspectiva do SiriusOnde histórias criam vida. Descubra agora