Capítulo 130: Sétimo Ano: Traição

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"REMUS!"

Ele estava gritando, batendo os punhos com força suficiente para machucar.

"VOLTA, SEU DESGRAÇADO!"

"Sirius, cara-" James agarrou seu braço, tentando impedi-lo, "Se acalma, vai ficar tudo bem-"

"Vai se foder, Potter!" Sirius se virou para ele, respirando pesadamente. Antes que pudesse pensar, ele estava empurrando James, fazendo-o tropeçar para trás. "Isso é tudo culpa sua!"

"O que?!" James o encarou, incrédulo.

"Você disse para ele para ir sozinho!"

"Eu disse a ele que confiamos nele, eu não sabia que ele sairia correndo..."

"Tudo bem, tudo bem, vocês dois parem com isso!" Lily se colocou entre eles, estendendo as mãos como se quisesse afastá-los. Sirius olhou para James, as mãos ainda fechadas em punhos, e James olhou de volta, os óculos tortos. Depois de um momento, ele os empurrou de volta para o nariz. Lily continuou,

"Olha, Sirius, eu sei que você está chateado-"

"Não estou chateado, estou muito furioso!"

Ela deu-lhe um olhar afiado, e ele ficou em silêncio. Lily respirou fundo e continuou,

"Mas brigar um contra o outro não vai resolver nada. Nenhum de nós sabia que ele iria explodir daquele jeito, e eu certamente não sabia que ele poderia lançar magia sem varinha – algum de vocês sabia?"

Sirius balançou a cabeça, mal-humorado, e James repetiu o movimento.

"Este não é nenhum dos feitiços que praticamos..." James murmurou, colocando a mão contra a barreira invisível, "É... eu nunca vi nada assim."

"Poderia ser um feitiço de escudo?" Lily perguntou, apertando os olhos para o que parecia ser ar vazio. James balançou a cabeça.

"Se for, não é nenhum feitiço de escudo que eu já tenha ouvido falar. Caramba, eu posso sentir isso..."

Sirius respirou fundo, lutando para se controlar. Ele sentiu como se cada célula de seu corpo estivesse gritando corra, rápido, vá - não o deixe ir. O que era inútil, claro, já que Remus já havia saído.

Ele precisava socar alguma coisa.

"Não pode durar para sempre," disse Lily, decisivamente, "Vamos. Tenho certeza de que se descermos um pouco, seremos capazes de contorná-lo - cada feitiço de escudo tem um raio definido, certo?"

"Sim," James se animou, balançando a cabeça, "Você está certa, Evans." Ele olhou para Sirius. "Vamos, cara. Vamos encontrar Moony."

Sirius assentiu, rigidamente. Ele os seguiu quando eles começaram a se afastar da trilha, andando com cuidado ao longo dos arredores da floresta com os dedos trilhando ao longo da parede invisível. Logo, ele ultrapassou James e Lily, praticamente correndo enquanto se apressava ao longo da linha das árvores.

Não acabou.

Sirius tropeçou; caiu; levantou-se novamente. Ele manteve a mão na barreira, procurando desesperadamente por uma rachadura, uma fenda – qualquer coisa. Mas havia apenas a estática estranha, zumbindo, repelindo-o não importa o quão longe ele fosse.

"Sirius! Ei, Sirius!" James estava chamando por ele, correndo para alcançá-lo. Sirius finalmente parou para recuperar o fôlego, as mãos nos joelhos. O sol estava começando a afundar no céu.

"Só... um pouco... mais..." ele ofegou, parando para tomar um gole de ar. "Tem que terminar em algum lugar, James." Sirius olhou para seu amigo, suplicando. "Tem que terminar em algum lugar."

All the Young Dudes - perspectiva do SiriusOnde histórias criam vida. Descubra agora