A Sra. Potter não voltou para casa até o dia seguinte ao ataque. Ela voltou com bolsas profundas sob os olhos, pele pálida e ombros caídos, agarrando-se a James e seu marido como se fossem a única coisa que a mantinha de pé."Cerca de cinquenta mortos, pelo que ouvi." Ela relatou. "Eu era principalmente triagem, no entanto. Centenas de feridos."
"Algum... Algum dos nossos?" Sr. Potter perguntou, forçando as palavras como se ele não quisesse dizê-las. Quando Sirius escapou do quarto de James para o de Remus naquela noite – de manhã, tanto faz – ainda havia luz vindo de baixo da porta de seu escritório.
Euphemia fechou os olhos e assentiu uma vez.
"Mais tarde", ela murmurou, os olhos correndo para os meninos. James cerrou os punhos.
"Podemos ouvir", protestou ele, "Somos todos maiores de idade e estávamos lá quando aconteceu!"
"Sim, eu sei que você estava!" Sra. Potter retrucou, a voz subindo de repente. James ficou em silêncio, olhando envergonhado para seus pés. Sua mãe se levantou. "Vou me deitar."
Ela saiu da sala, deixando apenas um silêncio tenso para trás.
"Desculpa pai." James disse baixinho, ainda olhando para o chão.
"Está tudo bem." O Sr. Potter suspirou, tirando os óculos para esfregar a ponta do nariz. "Estamos todos chateados. Sua mãe e eu precisamos que vocês ouçam e façam o que eu disser até a hora de voltar para a escola, entende?
Sirius endureceu, apertando a mandíbula. Ele entendeu que todos estavam chateados, mas isso não significava que James estava errado – eles tinham idade suficiente para ouvir o que estava acontecendo, idade suficiente para que todos os adultos parassem de andar na ponta dos pés e tratá-los como crianças. É a nossa luta também, ele queria dizer.
Mas ele não fez. Em vez disso, ele ficou em silêncio, ouvindo enquanto o Sr. Potter continuava,
"Agora, esta casa estará muito ocupada nos próximos dias, e vocês veram muitas pessoas muito importantes fazendo um trabalho muito importante. Não faça muitas perguntas e não os incomodem."
"Não podemos ajudar?" James perguntou, olhando para cima.
"Sim." Fleamont disse, com severidade: "Sendo anfitriões gentis e cuidando de sua mãe."
"Sim pai." James murmurou, ombros caindo.
"James..." Fleamont falou baixinho, estendendo a mão para colocar a mão no braço de seu filho.
Remus e Sirius trocaram um olhar e rapidamente se levantaram, dando a James e seu pai um pouco de privacidade. Eles foram para a cozinha, onde começaram a ajudar Gully com os pratos sem entusiasmo.
"Não vejo o motivo de tanta confusão." Sirius murmurou, esfregando um prato com espuma, "Se eles soubessem metade das coisas que somos capazes - nós podemos ajudar."
"Teremos nossa chance", disse Remus, distraidamente, olhando pela janela com um pano de prato nas mãos. Sirius franziu a testa, sentindo-se tenso e ansioso e como se devesse estar fazendo alguma coisa – algo mais importante do que lavar a louça dos Potter.
"É fácil para você dizer," ele resmungou, "Você já provou a si mesmo."
"O que?!" Remus se virou para olhar para ele, a testa franzida em confusão.
"Com aquele lobisomem que você conheceu no ano passado. Você já enfrentou o inimigo e mostrou a Dumbledore que ele pode confiar em você."
"Eu não acho que expliquei direito, se é isso que você pensa..." Remus franziu a testa, "Livia não era... não era sobre a guerra."
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All the Young Dudes - perspectiva do Sirius
FanfictionEssa é a tradução da fanfic " All the Young Dudes - Sirius's Perspective " All the Young Dudes acontece de 1971 a 1995, e é narrada na perspectiva do Remus. Mas essa é All the Young Dudes, só que na perspectiva do Sirius Essa fanfic NÃO é minha To...