All the Young Dudes - perspectiva do Sirius

Capítulo 136: Sétimo Ano: Jogos Mentais

Sirius não perdeu tempo em puxar Marlene pelo buraco do retrato, anunciando sua presença na sala comunal e saindo do caminho com um floreio, como se ela fosse da realeza. Marlene sorriu, corando com a atenção, mas mesmo assim encantada quando seus amigos imediatamente a cercaram.

Todo mundo precisava abraçá-la, é claro, e James e Lily correram para pegar sua bolsa e capa enquanto a conduziam até o sofá perto da lareira. Mary parecia estar tentando sufocar a pobre garota, apertando-a com tanta força que Marlene ficou um pouco vermelha.

"Nós sentimos sua falta!" Mary disse a ela, quando ela finalmente recuou.

"Eu posso ver isso!" Marlene balançou a cabeça, "Vocês ficaram tão entediados sem mim?"

Eles se acomodaram em frente ao fogo, ignorando os olhares assustados de um grupo de alunos do terceiro ano estudando no canto. Remus se aproximou e se sentou em uma das poltronas na periferia do grupo, com um olhar ligeiramente cauteloso em seus olhos. Sirius olhou para trás, mas parecia que Christopher já havia desaparecido – o que provavelmente foi o melhor, já que Mary se inclinou imediatamente e perguntou:

"Como está Dani?"

"Ele está... se recuperando." Marlene disse lentamente, o sorriso desaparecendo. "Ele está em casa agora, mamãe está deixando ele louco como sempre. Ele não vai... ele não vai voltar para os Cannons." Ela mordeu o lábio, olhando para as mãos.

"É uma maldita desgraça." James fez uma careta, uma mão se fechando em um punho, "Se eu fosse o empresário deles, eu..."

"Ele está muito ferido, de qualquer maneira." Marlene o interrompeu, balançando a cabeça, "Ele estaria fora pelo resto da temporada de qualquer maneira; vai demorar meses antes que ele esteja de volta em uma vassoura. Assim. Tão bem."

"Ainda bobagem." James insistiu, sombriamente.

"Sim, bem." Marlene deu a ele um olhar fixo, "Dificilmente posso culpá-los. Eu sei que teria... de qualquer maneira. Não vale a pena pensar."

O coração de Sirius afundou. Ele não tinha certeza do que estava esperando; para ela ter uma mudança milagrosa de coração, agora que seu irmão era...? Bem, não importava, obviamente Marlene ainda estava agarrada às mesmas ideias ultrapassadas que ela tinha antes. Sirius tentou não ficar bravo com ela; afinal, ela passou por muita coisa, não era como se fosse o lugar dele dizer a ela como se sentir sobre o que tinha acontecido. Ainda assim, ele teve que resistir à vontade de olhar ansiosamente para Remus enquanto ela falava.

Marlene limpou a garganta, forçando um sorriso de volta em seu rosto.

"Vou falar com Madame Pomfrey assim que puder; ver se ela recomenda alguma coisa. Os curandeiros do St. Mungus eram inúteis, mais preocupados em mantê-lo em quarentena do que realmente ajudá-lo. Quase ninguém conseguia responder as perguntas que eu tinha sobre transformações, ou cuidados posteriores, ou alívio da dor... era como se eles preferissem que eu parasse de falar sobre ele; como se quisessem fingir que ele não estava lá..."

Sua voz estava trêmula, engasgada com as lágrimas que rastejaram em seus olhos. Ela piscou rapidamente, limpando a garganta. "Quero dizer, eu sei o que ele é, não me entenda mal. Eu sei o que ele vai se tornar. Mas ele ainda é meu irmão, pelo amor de Deus!"

"Claro que ele é." Mary disse rapidamente, estendendo a mão para pegar a mão de sua amiga.

O peito de Sirius estava apertado. Alguma coisa nas palavras de Marlene – ele ainda é meu irmão, pelo amor de Deus – soou um pouco perto demais de casa. Parte dele queria sacudi-la, voltar ao antigo debate sobre licantropia, dizer 'Há coisas piores que um irmão pode ser, do que um lobisomem.'