CAPÍTULO 19

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Já rolei para todos os lados da cama, meu corpo aqueceu cada centímetro desse colchão grande demais para uma pessoa só e nenhuma posição foi confortável o suficiente

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Já rolei para todos os lados da cama, meu corpo aqueceu cada centímetro desse colchão grande demais para uma pessoa só e nenhuma posição foi confortável o suficiente. Sinto um incomodo, não sei se físico, psicólogo, ou na alma...talvez os três, só sei que está em mim e não consigo me livrar dele desde que vi os dois malditos riscos no palito. Já gritei de desespero, chorei de tristeza, tremi de medo e puxei os cabelos em aflição, me deixei sentir cada uma das inúmeras emoções que se poderia tirar de tudo isso.

Agora, quanto a Alexander...sinto raiva, decepção e tristeza como se tivesse sido abandonada. De todas as dores que ele me causou, essa foi a pior de todas, odeio injustiças e isso é sem dúvida injusto comigo.

Essa era a idade de eu estar fazendo muitas coisas, não presa a uma criança só que ele não liga, mais que ele seja o pai disso que carrego, ele nunca irá entender a diferença. A diferença entre ser pai e mãe. Seu corpo não vai mudar em nada, ele continuará intacto e todas as obrigações da criança pesam muito pouco sobre eles, não exigem metade da perfeição que exigem de uma mãe.

Vou me livrar disso...

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O segurança me traz a sacola e são assim que a pego, abro vendo a caixa de remédios e no caminho para o centro do quarto vou me livrando não só do plástico como também da caixa, ficando só com a cartela de comprimidos na mão.

Siga as instruções que mandei para você aquela hora, não tem erro. É só tomar e introduzir. Em menos de quatro horas vai estar livre disso.
— Yuri.

Yuri ficou com raiva de mim quando contei sobre minha gravidez, disse que eu era burra e cai no plano de Alexander, pior ainda por saber do casamento, mas no final ele se dispôs a me ajudar.

Sabe se vai doer?
— Lana

Está com pouco tempo de gravidez, não vai doar tanto quanto para maioria e irá sangrar por alguns dias. Só que não pode contar isso a ninguém.
— Yuri.

Relaxa com isso, não vou contar. Contanto que me livre disso dentro de mim, posto sangrar por meses seguidos.
— Lana.

Foco na cartela de comprimidos, depois que isso acabar estarei livre.

Suspiro.

— Lana. - meu coração quase sai pela boca quando ouço a voz dele. Muito absorta nas mensagens e pensamentos não consegui escutar nenhuma aproximação nos corredores e saber que havia alguém se aproximando. Além disso, cometi a maior burrice de todas: Esqueci de trancar a porta.

Sou jogada na realidade e vejo que os minutos que se passaram desde que ouvi sua voz, não passaram de segundos.

Escondo o remédio atrás de mim e desligo a tela do celular com a outra mão.

DARK - Possession Onde histórias criam vida. Descubra agora