AFTER - EXTRA III

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ALESSANDRO PETROV

Me sento na cama, desistindo de ficar deitado.

— Nádia? - Suspiro, tentando controlar minha irritação, já é a terceira ligação que fiz para ela, e só agora atendeu.

— Oi? - Diz soando ainda mais irritada do outro lado. — Uma hora dessa...eu estava fazendo meu skin care noturno.

— Vai ser rápido, não é com você que eu quero falar. Angelina não me atende, deve estar sem bateria...enfim, quero falar com ela, passe para ela.

— A Angel não está aqui...

Fico em silêncio por alguns instantes.

— Como assim não está? Ela saiu daqui dizendo que ia na sua casa.

— E ela veio, eu ajudei ela a se arrumar para um encontro, e ela foi. Ela disse que ia sair com um cara que conheceu no aplicativo de namoro...eu disse que era arriscado mas aí lembrei que ela é da máfia...- ri da ironia que encontrou na situação, mas eu, eu não acho graça alguma. O sangue começa a ferver em minhas veias, a correr rápido o suficiente para que eu sinta.

— O QUE? ESTÁ FICANDO MALUCA, NÁDIA?! VOCÊ E ELA? ONDE ELA ESTÁ? ME DIGA AGORA!

— Eu não sei, Alessandro...- Ela diz com a voz suave, sem esboçar nenhuma preocupação, deixando claro que não faz ideia do que ajudou Angelina a fazer. — Eles saíram para comer...essa cidade é enorme e eu não sei quantos restaurantes deve ter por aqui.

— Se ela aparecer morta, a culpa é sua! - Digo desligando o telefone na cara dela. Penso por alguns segundos, tento focar em achar alguma solução mas as batidas do meu coração que golpeiam meu peito com força me desconcentram um pouco. Decido ligar para o meu segurança para que rastreie o celular dela de Angelina.

[...]

— VOCÊ FICOU MALUCA?! SUA INCONSEQUENTE. - Berro, a jogando dentro de casa depois de bater a porta. Ela cambaleia pela força do empurrão, quase caindo no chão.

— Não grita comigo! - Se afasta de mim, andando de costas.

— EU GRITO QUANTAS VEZES EU QUISER PORQUE EU ESTOU NA MINHA CASA, NO MEU TERRITÓRIO, NO MEU PAÍS E VOCÊ NÃO DIZ NADA AQUI. PRINCIPALMENTE SE COMPORTANDO COMO UMA VADIA.

Ela abre a boca, demonstrando ficar verdadeiramente ofendida, agindo como se o que eu disse fosse uma calúnia e não a mais pura verdade.

— Qual o seu problema?! Pode ser o seu território mas eu faço o que eu quiser,pode ser dono de cada rua, de cada comércio deste país mas não é o meu dono. E não estou me comportando como uma vadia, apenas sai para um encontro com alguém que me interessou e isso não tem nada a ver com você!

Ela não percebe a burrice que está dizendo?

Angelina e minha, é minha posse, minha propriedade...

— Com um cara mais velho que você nunca viu, ninguém tem que te interessar...- digo com rancor.

Ela só pode querer a mim, se interessar por mim.

— Você não é meu pai, não controla para onde eu saio e nem com quem! - Eleva o tom, o que me deixa tentado á colocá-la de quatro e espancar sua bela bunda até ficar a marca das minhas mãos.

— Mas eu vou falar para ele o que fez hoje, e nunca mais vai sair de casa... E é melhor não sair mesmo, você não pensa nos seus atos.

— Para de se meter na minha vida, fica na sua! - Avança em minha direção, começando a distribuir tapas por meu peito, o que só aumenta minha fúria. Angelina nunca foi agressiva, nunca foi descontrolada...e agora está tentando me enfrentar...ela não pode, tem que me obedecer. No dia em que eu for oficialmente dono dela, a farei pagar por tudo isso, ensinarei ela a abaixar a cabeça diante mim, diante as minhas ordens.

DARK - Possession Onde histórias criam vida. Descubra agora