DISPONÍVEL NA LERA, HINOVEL, BUENOVELA
Lana Devan entra em uma área perigosa quando cruza o caminho de alguém que não deveria. A jovem de personalidade excêntrica e quase sombria coloca sua curiosidade antes do medo e acaba despertando a obsessão da...
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LANA PETROV
Fecho a porta atrás de mim quando adentro a casa, segurando a mão de Alessandro que caminha a passos curtos para o centro do hall de entrada. Tudo indica que ele está cansado do dia longo, então creio que ele dormirá a noite toda após o jantar, sem grandes problemas, o que é muito bom. Quando se torna mãe o que mais começamos a valorizar é uma boa noite de sono, para nós e para nossos filhos.
- Eu quero sorvete. - ele ergue o rosto para me olhar quando pede, ainda segurando minha mão.
- Não acha que já tomou muito sorvete hoje? Nós vamos jantar daqui a pouco...- olho sorrindo sem mostrar os dentes, eu estou dizendo um "não" mas de uma forma gentil e sugestiva para a decisão certa, coisa que aprendi estudando educação positiva.
Seu rostinho começa a formar uma expressão de contrariação mas se desfaz quando passos no chão chamam sua atenção para Alexander que acabou de entrar, ainda segurando as chaves do carro em sua mão.
- PAPAI... - Grita animado, correndo na direção dele depois de soltar minha mão.
- Alexander chega e eu deixo de existir...- ergo as mãos em rendição com um sorriso no rosto, ainda segurando as chaves do carro que eu havia estacionado também.
- E aí, filho?... - Alexander o pega no colo, sorrindo diante a animação de Alessandro por vê-lo. Ele adora uma bajulação.
- Fomos ao shopping hoje. - Conta.
- Ao shopping?...- Assente enquanto caminha até mim, me dando um beijo nos lábios por um segundo. - Seu cartão de crédito novo chegou. É o sétimo? - Pergunta com bom humor.
Faço uma careta zombeteira pra ele.
- Agora não sou só eu...seu filho gera muitos gastos.
- Não sei esqueça que eu vejo a fatura... - Ri antes de voltar sua atenção ao filho ainda em seu colo..- Comprou muitas jóias para a mamãe?
- Sim, e o homem que estava lá também queria dar presente pra ela. - Aponta o dedinho na minha direção.
Abro a boca erguendo as sobrancelhas e de forma lenta Alexander vai trazendo seu olhar na minha direção, a expressão antes feliz começa a se tornar dura e sombria. Sua mudança de postura é visível.
- Que homem? - Pergunta entre dentes, a voz mais rouca e grossa. - Que homem, Alessandro?
- Alexander...- repreendo e olho para Alessandro. Não vou deixar que ele arme está briga na frente do meu filho, não é algo saudável para uma criança dessa idade presenciar, e menos saudável ainda ter que servir de testemunha. - Amor, por que não sobe e brinca um pouco no seu quarto antes do jantar, hm? - proponho quando ele volta para o chão. - Enquanto isso eu converso com o papai...
Dando de ombros ele assente, correndo para as escadas ao se apoiar no corrimão e subir em uma velocidade que só uma criança consegue atingir.
- Que homem é esse que estava com você? Perto do meu filho... - Alexander retorna a pergunta quando estamos sozinhos, agora tudo de sua alegria de segundos atrás, sumiu.
