CAPÍTULO 50 (PARTE 1)

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"Se todos os reis colocassem suas rainhas no trono
Nós abriríamos champanhe e faríamos um brinde
Para todas as rainhas que estão lutando sozinhas
Querida, você não está dançando sozinha...
Acha engraçado, mas querido, você não pode comandar esse show sozinho
Eu posso sentir meu corpo tremer, tem tanta coisa que eu posso aguentar
Eu vou te mostrar como uma rainha de verdade se comporta...
Oh, não há donzelas em apuros, não precisa vir me salvar
Quando eu começar a cuspir fogo, quero ver você me domar
E você pode pensar que sou fraca sem uma espada
Mas se eu tivesse uma, seria maior que a sua...
Me desobedeça, aí querido, eu corto sua cabeça fora
Vou criar e transformar esse mundo em um que você jamais vai esquecer"

Coloco a bolsa sobre a cadeira da mesa, ao lado oposto do dele. Ele se senta na sua, no seu lugar de chefe, pronto para tratar seja lá o que eu tenha vindo falar com ele.

- Eu vou te fazer muitas perguntas, e você vai responder todas elas. - decreto e sua sobrancelha continua franzida.

- Okay...- sibila com a voz rouca. - E sobre o que são essas perguntas?

- Sobre tudo, só responda.

- Como uma entrevista?

- Sim, até que se torne uma intervenção.

Vejo que ele está curioso e impaciente, me olhando como uma criança arteira.

- Qual seu maior medo, Stefan?

- Perder o controle das coisas. - responde de imediato.

- Por que?

- Porque se eu não tiver controle sobre as coisas, eu as perco. Eu perdi o controle da Katherine e ela foi sequestrada com meus filhos, eu perdi o controle com você e perdi os melhores anos da vida da minha irmã, e decepcionei meus pais.

- Seu medo é perder o controle sobre as pessoas.- corrijo firme.

- Sim, e sobre mim mesmo principalmente, e agora vejo o quanto andei perdendo para esse medo todo esse tempo.

- Só pode perder algo que é seu, você pode perder o controle porque você o tem, e pode recupera-lo sempre que perder. Como seria não poder ter o controle sobre nada? Sobre sua própria vida, suas decisões, o seu corpo? Já parou pra pensar.

Ele se balança na cabeça lentamente, fazendo uma careta e apenas negando.

- Acho que seria a pior coisa do mundo, jamais poderia suportar.

- Fiquei sabendo de que você engravidou a Agatha, até mandou ela abortar. - comento e ele se ajeita na cadeira, perdendo a postura de relaxado.

- Onde quer chegar, Lana? - fica rígido.

- Você disse não a ela, disse não ao seu filho. Por quê?

- Porque ela é uma golpista e aquele filho com certeza não era meu.

- E se fosse?

- Katherine é a mãe dos meus filhos, só ela pode ser e foi algo que sempre tive em mente. - Vejo que ele começa a se irritar.

- Então você pôde escolher quando ter um filho e com quem. E se não pudesse dizer não a ela? Se ela tivesse simplesmente furado uma camisinha para engravidar de você e te obrigado a gerar um filho que você acha que não está pronto para ter mesmo ele não sendo fruto da sua irresponsabilidade e sim de uma sabotagem?

- Não seria justo.

- Entendi. - faço um bico assentindo. - E se você não pudesse ser capô? Tivesse ideias geniais que poderiam mudar tudo e tivesse o sonho de usar todos os seus talentos mas ter um grande impedimento? Se duvidassem da sua inteligência o tempo todo, da sua capacidade de decidir até por você, quem dirá decisões que podem afetar a vida de outros.

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