CAPÍTULO 23

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Dias depois

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Dias depois...

O barulho que ecoa da minha garganta enquanto eu vômito sem parar praticamente todo meu café da manhã, ajoelhada em frente a privada é tenebroso.

Lavo a boca e escovo os dentes, levantando o rosto e encarando meu reflexo no espelho. A gravidez sem dúvida está acabando comigo, eu pareço completamente cansada, como se um obsessor estivesse sugando minha alma. Os enjoos perduram o dia todo, mas pela manhã ele é trinta vezes pior, o sono tenta me derrubar o dia todo e meu corpo está sempre exausto.

Respiro fundo, encarando meu reflexo e vendo como meu rosto está mais inchado, mal estou usando maquiagem ultimamente, no momento estou sem nenhuma, até porque nem saio de casa. Não quero ver ninguém, vez ou outra minha mãe vem me visitar com meu pai, e Kate também vem aqui. Stefan vem quando é para falar com Alexander, troca algumas palavras breves comigo  e nada mais. Yuri nunca mais veio, e do mesmo jeito que eu acho melhor assim, fico triste que nossa amizade tenha tomado este rumo. Todas as minhas "amizades" na verdade, todos os meus colegas, se afastaram de mim, achei que ao menos Yuri estaria comigo.

[...]

Fico encarando o lado de fora pela janela da cozinha, sentada no banco da ilha da cozinha com minha xícara de chá na mão. Estou completamente sem perspectiva, e meus últimos dias tem sido todos assim, não sei o que fazer, nem quero fazer nada, e não tem ninguém com quem eu queira conversar também além de Alexander que tem sido meu único contato fixo.

Claro, agora ele é meu marido e dorme comigo todos os dias, e quando está longe, deixa seus gaviões me observando e tem a todo tempo o celular acessível para me mandar mensagem ou me ligar. Um pouco sufocante, admito, só que é mais uma coisa a qual estou dando pouca importância.

Falando nisso, meu celular vibra sobre a ilha e sem desbloquear a tela, vejo uma mensagem dele pela barra de notificação.

Como está essa manhã? E o bebê?
— Alexander.

— Olha só, seu pai se preocupa muito com você. Que continue assim já que ele faz tanta questão agora de te trazer ao mundo. - falo para minha barriga mas sem olhar para ela, ainda olhando pela janela. — Que não mude independente do seu sexo.

No momento em que vejo Estevan aparecer no meu campo de vista, penso em me enfiar em um buraco. Ele acabou de me ver falando sozinha, como se andar desse jeito acabado pela casa já não me fizesse parecer uma maluca.

— Há quanto tempo está aí? - Pergunto envergonhada, olhando para os lados.

— Não muito, senhora. Não se preocupe, eu já vou sair...vim só pegar uma água.

— Não...não se preocupe. É só...vergonha, me viu falando sozinha e é bem constrangedor.

— Muitas pessoas falam sozinhas. - ele diz colocando um copo no filtro e apertando o botão para enche-lo.

DARK - Possession Onde histórias criam vida. Descubra agora