[13]

663 74 43
                                    

Uma luz forte sufocou a minha visão, obrigando-me a desviar o rosto, para evitar aquela luz. Ouvi uma movimentação ao meu lado, mas estava mais focada em evitar aquela luz do que ver quem estaria a observar-me neste preciso momento. Todo o meu corpo estava completamente exausto e eu mal me conseguia mexer. Quando finalmente pude adaptar-me a luz, abri um dos olhos, seguindo-os para ver quem estaria a ver-me. A minha boca abriu, quando vi o Lawrence bem ali do meu lado, em silêncio, apenas focado em mim.

- Lawrence? Está tudo bem? - olhei-o com preocupação, adaptando o outro olho, á de luz.

- S/n! Finalmente - ele suspirou e inclinou-se, passando os seus dedos, pelo meu cabelo.

- Como assim, "Finalmente"?

- Estão todos preocupados.... você está desmaiada a quase 2 dias - ele olhou-me com preocupação, sentando-se numa cadeira ao lado da cama em que eu estava deitada.

- 2 DIAS!?

- Sim...

- Que horas são?

- 15:24 - ele pareceu certificar-se, quando olhou alguma coisa acima da minha cabeça.

- Não acredito.... - eu levo as mãos a testa e jogo a franja para trás, apesar das dores. Quando olhei os meus braços, percebi que estavam enfaixados e em algumas partes, tinham pequenas manchas vermelhas escuras, aparentemente, sangue. Lembrei-me então quando meu braço foi raspado contra o chão. Talvez fosse por isso que estaria enfaixado.

- S/n - a voz séria do Lawrence atraiu a minha atenção. Sempre que ele fala desse jeito, tem coisa.

- Sim?

- Acha que está pronta para aquela conversa? - lembrei-me também de quando eles falaram que queriam conversar. Já senti um arrepio e o meu coração a acelerar. Acho que o Lawrence percebeu pelo facto de um "pip" constante, também ter-se tornado mais frequentes.

- Calma, eu vou estar com você e caso você não se sinta confortável, eu falo para eles, em seu lugar - ele sorriu, desta vez, de um modo mais relaxado também, acabando a também deixar-me mais calma.

- Tabom, pode ir chama-los.

O Lawrence acentiu e levantou-se, indo até a porta e olhando uma última vez para mim. Suspirei quando ouvi a porta fechar e inclinei a cabeça para trás, num cansaço óbvio e igualmente constante. O silêncio tomou a sala e então.... lembrei-me quando estava sozinha. Quando não tinha ninguém para conversar. Quando não tinha ninguém para me abraçar. Quando não tinha ninguém para quem eu devesse lutar.

Fechei os olhos, numa tentativa de afastar os meus pensamentos, mas estava tão difícil. Com um esforço, virei-me de barriga para baixo, enterrando a minha cabeça na almofada, enquanto abraçava a mesma, como se fosse o único meio de proteção que eu tivesse. A minha respiração estava tão quente e lenta, mas pelo menos, sentia-me mais confortável lá. Isso, até a porta abrir de repente e me pregar um susto enorme, ao ponto se segurar a almofada com mais força, para que servisse der arma, enquanto olhava quem entrava. E depois....era só o Toni, o Augustus, o Faustine e o Christian. Eles eram os mais velhos por entre todos, e até mais velhos que eu..... é por isso que me sinto tão intimidada?

- Como está se sentindo? - o Christian aproximou-se de mim com um curto sorriso. Fiquei com medo, até ver o Lawrence entrar e fechar a porta. Ele olhou para mim e acentiu que tudo estava bem.

- Com dores - fui curta e direta. Quis fazer essa conversa de uma vez. O Lawrence quem se aproximou e sentou-se na mesma cadeira de antes e segurando a minha mão com cuidado.

- Bem....eu vou-te dar uns analgésicos para diminuir a sua dor, por enquanto - o Faustine foi até uma das mesas da sala, abrindo uma gaveta e retirando uma seringa e um frasquinho com um líquido.

ཻུ♡ 𝕰𝖘𝖈𝖔𝖑𝖍𝖆  ཻུ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora