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- É....o quê? - olhei o rosto dele. Senti as minhas bochechas corar com uma grande violência. É QUE NEM PARA SER DISCRETO! Bufei numa tentativa de disfarçar o meu choque.

- Isso é meio mau de se fazer...estamos no meio de um apocalipse e você quer fazer isso? - cruzei os braços. Na minha cabeça, essa proposta não encaixava. E também não acho que aproveitar, no meio de tudo isso, seja bom. Vi a sua expressão ficar séria e ele se afastou do meu pescoço, encarando o meu rosto. Corei pela proximidade e senti-me intimidada pelo seu olhar penetrante.

- Se você não aproveitar agora, quando o fará? Assim como você falou, estamos num apocalipse, no final do mundo e da humanidade. Isso não irá terminar, S/n. Nós vamos morrer de qualquer jeito, mas você que decide se quer morrer sem ter aproveitado e sem ter relaxado, durante tudo isso. Isso não poderá ser feito depois, porque estes monstros são invisíveis e já mal tem sobreviventes. Você que decide o que quer fazer - ele se virou de costas para ir embora. Mordi o lábio inferior e repensei o que ele falou. Ele tem razão. É impossível trazer a humanidade que se perdeu, nos corpos daquelas coisas, mas nós ainda somos humanos e ainda sentimos necessidades e desejos, por mais que os queiramos reprimir. Inspirei fundo e segurei o pulso do Zion, impedindo-o de ir embora.

- E-espera....eu f-faço... - olhei para ele, com vergonha. A sua expressão neutra assumiu uma de malícia.

- Boa escolha, S/n - ele sorriu e voltou a abraçar a minha cintura, destribuindo beijos e chupões pelo meu pescoço. De cada vez que sentia o contacto dos lábios quentes do Zion, sentia um arrepio percorrer o meu corpo. Não sabia se estava bem preparada para isso, pelo facto de não fazer isso a um bom tempo. Se a epidemia começou a 4 meses, e eu não fazia isso a uns 2 meses antes de epidemia...realmente foi a bastante tempo.

- Z-zion...

- Sim? - ele apertou a minha cintura com mais força, puxando-me para mais perto dele, acabando por colar os nossos corpos. Deixei um suspiro sair por meus lábios quando ele mordiscou o meu pescoço.

- Eu não faço isso a um bom tempo... - murmurei baixinho, com uma certa vergonha. Ouvi ele rir baixinho enquanto sorria, apenas com os lábios encostados ao meu pescoço.

- Eu também não o faço a uns meses, então relaxa....eu irei devagar - ele fez um carinho na minha cintura. O Zion voltou a dar beijos e chupões deixando um rastro de humidade por todo a extensão do meu pescoço, a medida que ele descia para o meu ombro, onde ele começou a mordiscar e a chupar, lá também.

Sentia diversos arrepios percorrerem o meu corpo. Ele é bom e não duvido que, se não estivéssemos num apocalipse, várias garotas passariam o dia todo a correr atrás dele. Os meus pensamentos desvaneceram quando senti o toque macio das suas grandes mãos, subir, por baixo da minha camisola. Ele subia pelas minhas costas, apreciando o contacto entre as nossas peles e deixando-me ainda mais arrepiada.

- Zion... - suspirei, passando os meus braços a volta do seu pescoço, deixando mais fácil para ele continuar a deixar chupões em meu ombro.

- Está gostando?

- Huhum - acenei que sim com a cabeça. Ele sorriu e subiu mais rapidamente pelas minhas costas, chegando ao cimo e afastando-se ligeiramente. Não entendi, até ver ele a arrancar a minha camisola, deixando-me apenas com o sutiã e o colar que aquele garoto me tinha dado, quando estava a morrer. Senti-me melancólica por uns segundos, ao lembrar, mas o pouco que durou, passou quando ele voltou a avançar na minha direção, beijando o meu pescoço com intensidade.

ཻུ♡ 𝕰𝖘𝖈𝖔𝖑𝖍𝖆  ཻུ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora