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Eu começo a pensar no que aquela chave poderia encaixar, onde poderia entrar e o que poderia abrir. Começo a pensar no que mais poderíamos encontrar se descobrissemos o que poderíamos fazer com esta chave e parecia algo mesmo importante, nós precisávamos descobrir a origem daquela maldita chave.

- Certo...vamos continuar com os mesmos grupos e iremos voltar a procurar, o primeiro grupo já pode ir com a chave, experimentar onde ela poderá encaixar - a Emília murmurou, sentando-se perto da porta, para puder relaxar o corpo. Até que alguém encontrasse onde a chave iria entrar, poderíamos levar horas e saber que havia a possibilidade de ter de voltar a encontrar o Leonardo após nossa pequena discussão...era algo que me deixava extremamente nervosa. Eu sei que o que ele fez não foi de propósito, mas eu simplesmente não consigo esquecer aquilo e por mais que ele seja o meu melhor amigo, ver este tipo de coisa é difícil para mim.

Observo a Sue, o Johnny e o Thomas saírem primeiro e suspiro pesadamente. Desde que chegamos, ainda não deu para falar com a Sue da informação que o Félix me havia dado acerca do Faustine. O Félix tem sido uma boa ajuda, mesmo que já não tenhamos aquela relação de antes, ele mudou e realmente está a ser alguém em quem eu confio plenamente e que sei que ele me poderá ajudar sempre que quiser, sem segundas intenções. Suspiro e olho para a barreira que se erguia a não tão longe daqui, os grunhidos faziam a minha cabeça doer por me ter desabituado a ouvi-los. Estava tão estranho, a última bomba ainda não havia explodido e a minha pergunta era: Como e porque é que o Faustine nos iria querer matar? Será que era realmente ele? Pensar dessa forma dava-me dúvidas se realmente deveria acreditar na inocência de ou segui-lo discretamente.

Só me apercebi que o primeiro grupo tinha voltado, quando a Hailey, o Faustine e o Ethan se levantaram, pegando a chave e indo ao segundo gabinete. O Johnny sentou-se do meu lado e olhou para mim. Eu sentia o seu olhar suave sobre mim, não me incomodava, mas dava-me vontade de me virar para ele e iniciar uma longa conversa como as que costumávamos ter.

- S/n - a forma como ele pronunciou o meu nome causou um arrepio que deslizou prazerosamente pelas minhas costas até a ponta dos meus dedos dos pés. Olho para ele, sentindo os seus maravilhosos olhos azuis percorrer toda a minha face, parando por mais um tempo do que o necessário sobre os meus lábios.

- Sim?

- Eu tenho uma pergunta para lhe fazer... - ele encosta a cabeça na parede e eu faço o mesmo, olhando um para o outro, ele sorriu de forma tão terna que eu quase senti meu corpo derreter diante da sua beleza nata. Apenas fui capaz de balançar a cabeça, pronta a ouvir novamente sua voz grave mas tão cuidadosa que parecia tomar cuidado de cada vez que abria a boca para proferir o que quer que fosse - Eu sei que você está chateada e tudo mais, mas tem como perdoar o Leonardo? - ele pressionou os lábios, olhando-me piedosamente, a espera que eu respondesse mas decidiu continuar diante do meu silêncio - Ele é seu melhor amigo e está muito transtornado. Ele tem medo que você não o perdoe e que continue a ignora-lo. Então, apenas lhe peço... - ele segura a minha mão. Senti o calor de sua mão que segurava a minha com delicadeza, enquanto o seu rosto me dizia mil palavras escondidas, palavras que eu não conseguia decifrar mas apenas perceber sua presença - Se desculpe com ele.

- .....Irei dar o meu melhor - sorri e pude ver o agradecimento no seu olhar. Eu sentia-me única só de saber que tinha a atenção de um homem tão belo quanto o Johnny e que para além de sua beleza delicadamente esmagadora, também a sua personalidade era cativante. A forma como ele me trata dá-me borboletas na barriga e eu quis saber mais sobre ele, conhecer todos os seus segredos e ter o direito de chama-lo de meu. Percebo meus próprios pensamentos, sentindo minhas bochechas esquentar violentamente, desvio o olhar, fixando-me no facto de que a Sue, o Faustine e o Ethan voltavam. A Sue estendeu a mão para mim, para me ajudar a levantar e aproveitei o impulso para parar próxima ao seu ouvido - Tenho novidades, depois temos de falar - sussurro rapidamente, antes de sorrir como se fosse um segredo engraçado que lhe havia contado, aproximando-me do Leonardo e do Lawrence.

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