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O meu peito sentiu-se mais leve ao ouvir a voz doce da Addison a cumprimentar-nos enquanto a Kayla me abraçava com força e o Leonardo tentava afasta-la para me abraçar também. Eu ri-a da atitude desses dois e era capaz de chegar a imaginar eles a ter um relacionamento intenso, entre ambos. Acabei a rir, sentindo-me um pouco mais leve, apesar da minha cabeça doer de cansaço e de ter de me responsabilizar depois do meu ato grotesco de matar uma das pessoas com quem aqui convivi. Admito que, por mais que não nos déssemos bem, ele ainda era parte do grupo e sempre é difícil perder alguém, independentemente se essa pessoa gostava de nós ou não. Evitava pensar na Judy, para não sentir meu coração apertar mais do que já estava apertado. Olhei ao redor enquanto observava discretamente a Addison a falar alguma coisa para o Ethan, que o fez corar. Por algum motivo, algo dentro de mim encheu-se de um sentimento estranho, que me fez ficar séria. Preferi desviar o olhar e focar-me no Johnny que se aproximava de mim, para também me cumprimentar.

- Como foi lá na escola? - a Kayla olhou o meu rosto, ainda abraçada a mim. Senti as minhas bochechas queimarem levemente por ela estar bem perto do meu rosto...talvez até perto demais.

- Nem queiram imaginar - o Lawrence falou com cansaço, evitando cumprimentos e só dirigindo-se para o salão para se sentar um bocado.

- Não sei se vou querer voltar lá tão cedo... - a Hailey baixou o olhar, segurando as próprias mãos com hesitação. Olhei para ela. A sua tristeza era quase palpável, já que ela, o Jay e a Sue eram claramente próximos. A Sue apenas olhou a Hailey e aproximou-se dela, segurando as suas mãos e acariciando-as para tranquilizar a Hailey. Vi que ambas trocaram olhares e as bochechas da Hailey ganharam uma cor levemente rosada, enquanto a mesma desviava o olhar.

- Acho que ninguém irá querer, de qualquer forma - o Eugene suspirou, cruzando os braços. Eu tinha a certeza, que eu era uma das pessoas que talvez recusaria se disessem que teríamos de voltar. Lá estavam coisas que eu preferia enterrar e que não gostaria de relembrar.

- Aconteceu algo de errado lá? - a Nelly aproximou-se, junto do namorado.

- Acho que é melhor não falarmos disso agora....os sentimentos ainda estão a flor da pele e relembrar pode doer demais, agora - olhei nos olhos da Nelly. Acho que aquilo foi o suficiente para o outro grupo percebesse que algo de errado tinha acontecido, mas o seu silêncio denunciou que eles não iriam insistir.

- De qualquer forma, temos novidades - o tom do Jakob tornou-se hesitante, a medida que ele se apoiava na parede e cruzava os braços, flexionando os músculos nada discretos.

- O que se passa? - o Félix arqueou a sobrancelha enquanto olhava o mais velho, parecendo hesitante em também saber. Pelo olhar de Jakob, eu já tinha uma pequena ideia acerca de que algo ali não estava completamente certo e que havia coisas para falar.

- Lembram no dia em que vocês chegaram e nós dissemos que tínhamos perdido alguém? - eu concordei com a cabeça, enquanto o Toni continuava, entrando lentamente na sala - Essa pessoa era o marido da Emília - eu arregalei os olhos em pura surpresa e antes que alguém fizesse alguma pergunta, o Toni continuou - Bem, descobrimos que a Emília está grávida. Só vai em 3 meses por isso que nem notamos, tal como, por usarmos roupas largas, era fácil de disfarçar - o Toni suspirou com impaciência enquanto eu tentava raciocinar a velocidade com que o Toni estava a falar - Ela contou-nos 1 dia depois que vocês saíram e disse que não queria abortar e....

- Ela só pode estar a brincar - a voz da Scarlett preencheu a sala. Senti a Kayla parar de me abraçar para olhar fixamente a loira. Só pelo facto de conhecer a Scarlett e aquele tom de voz, eu já sabia que aquilo não iria terminar bem.

- O que você quer dizer com isso? - o Christian cruzou os braços com raiva, olhando a loira com impaciência.

- Ela não vai abortar? Ela sabe o quanto que um bebê será perigoso para nós? O som dos seus gritos iria atrair a atenção dos zumbis...em uma semana, estaríamos todos mortos! Esse bebê tem de morrer! - ela cruzou os braços. Todos encararam-na com surpresa, mas não uma surpresa agradável, uma surpresa que levaria a uma longa discussão.

ཻུ♡ 𝕰𝖘𝖈𝖔𝖑𝖍𝖆  ཻུ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora