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Senti o meu coração acelerar com aquela ideia. Não era como se não confiasse neles, mas....eu não os conheço! Os meus olhos mantiveram-se cravados no grupo que se mantinha em silêncio, a espera da minha resposta. Comecei a sentir-me pressionada e olhei para o Lawrence em súplica e pelo seu semblante, percebi que ele tinha percebido o que eu queria.

- Desculpem, mas não vai dar - os olhares caíram para cima dele - A S/N está bem cansada pelo esforço que fez e nota-se que está quase para desmaiar. Ela não tem forças para conversas agora e o melhor é irmos embora, mesmo.

- Primeiramente, porque a S/N estaria cansada? - a Addison olhou-me com certa desconfiança.

- Vão ver o que ela fez, na entrada - o Toni olhou para o restante grupo, que pareceu perceber e foi lá.

- Porquê? - murmurei baixinho, numa lamúria porque sabia que depois eles só iriam querer "conversar" mais e eu claramente não o queria. Admito, estou com medo deles.

- Calma - o Harry chegou do meu lado e se sentou, segurando a minha mão e fazendo um carinho lá, para me relaxar.

- E agora? - olho para o Lawrence, pesadamente. Estava TÃO cansada. Só queria desmaiar de uma vez, mas eu sabia que não tinha tempo para isso e simplesmente não podia abandonar o meu grupo naquela situação, sozinho.

- Acho que não terá como fugirmos mais, agora. Você terá mesmo que ir, mas relaxe que eu vou junto - o Lawrence se aproximou e sentou-se do meu outro lado, dando um sorriso tranquilizador para mim, que me acalmou de certa forma. Mas essa calma sumiu quando vi o choque nas faces dos membros do grupo do Toni. Os olhos estavam tão perdidos no meio da incredulidade que pareciam que o seu cérebro ainda estaria a arrancar.

- Como? Como eles conseguiram? - os olhos do Leonardo foram para os do Toni, procurando respostas.

- Eles não, ela - o Toni apontou para mim. Os olhares foram para mim e sentia que estava quase a morrer de vergonha. Joguei o meu corpo para trás, ficando deitado na relva grande demais e molhada pelo sangue do infetado e da moça. Tapei o meu rosto com as duas mãos e dei um grunhido profundo de cansaço. Não queria responder aquilo, pelo menos, não naquele momento.

- Ei, S/N! - a voz do John invadiu os meus ouvidos. A sua voz estava cheia de emoções, como calma, carinho, curiosidade, medo e até amor. Retirei apenas uma mão do meu rosto, mantendo-me deitada enquanto o meu antebraço ficava a tapar o sol que embatia no meu rosto com intensidade. Olhei para ele com hesitação, receosa sobre o que ele iria fazer.

- Sim?

- Você pode ir lá para dentro, descanse.... você precisa. Nós falamos com você mais tarde.

- Mas.... não iremos verificar se ela foi mordida? - ouvi a voz receosa do Augustus. Compreendo o medo dele e não iria impedi-los.

- Podem checar - eu dei um curto sorriso para deixá-los mais aliviados. Eu percebi que eles acentiram em concordância.

- Pode ir lá para dentro, as meninas vão checar - o John apontou para a entrada.

- NÃO! - a voz da Hailey invadiu os meus ouvidos. Fiquei assustada e olhei para ela, assim como os restantes. Percebi o quanto ela ficou com vergonha pela quantidade de "atenção" que estava a receber - A S/N deve sentir-se mais confortável com membros do seu grupo, então, eu mesma vou checar.

Olhei para a Hailey e sorri. Ela era tão boa, quase como um anjinho tímido e fofinho. Ela olhou para mim e conseguiu retribuir, apesar da sua timidez. Realmente fiquei chocada com esse lado destemido dela, mas ela realmente fez bem, porque, assim como ela falou, era bem provável que eu não me sentisse minimamente confortável.

ཻུ♡ 𝕰𝖘𝖈𝖔𝖑𝖍𝖆  ཻུ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora