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Explicamos tudo para eles. A situação em que estávamos, era perigosa. Talvez, nosso grupo nem pudesse voltar a escola tão rápido. Ainda tínhamos muito que fazer aqui e agora que nos estávamos a envolver com aquele grupo, agora teríamos de ficar até a situação deles estabilizar novamente. Sim, nós também tínhamos a nossa vida, mas nós levamos algumas das nossas coisas para aqui, então não é tão necessário assim, termos de ir a escola, mas ainda tínhamos de voltar. Eu tinha de voltar. Pela Judy e pelo que passamos juntas.

- O que vocês acham que devemos fazer? - o Toni olhou para todo o grupo.

- Eu acho que deveríamos voltar lá - eu comecei, atraindo a atenção de todos, para mim - Termos a oportunidade de chegar ao hipermercado já é um bônus enorme, e se conseguirmos "limpa-lo", nós não precisaríamos de ir muito longe para pegar comida, por uns bons meses.

- Ela tem razão - a Emilia olhou para cada um de nós. Agradeci mentalmente por ela não discordar, só pelo facto dela ser uma das responsáveis pela decisão final, quando falamos sobre planos para alguma coisa - Termos a pose do hipermercado seria ótimo e teria lá vantagens que compensariam os riscos que vamos correr agora. No entanto, vamos precisar de um plano mais bem estruturado.

- Então - o Lawrence começou, apoiando os seus cotovelos na mesa, pensativo - Isso é simples. Houve alguns problemas. O primeiro tem haver com a quantidade de pessoas. Foram poucas pessoas para o trabalho necessário, o que dificultou também o desempenho da missão. O segundo problema teve haver com as armas. Por mais que vocês tivessem as armas necessárias para o bom funcionamento do plano, vocês não tinham grande experiência com as armas de fogo, então tudo isso foi bem mais difícil para vocês, do que o normal. Terceiro problema, foi a falta de noção da situação que iríamos enfrentar. Por mais que vocês soubessem que iam ao hipermercado e tudo mais, vocês não sabiam o perímetro do edifício, tal como não sabiam a área total e a situação no interior do hipermercado.

- Exatamente. Nós teremos que melhorar tudo isso, antes de voltarmos a tentar atacar o hipermercado.

- Sim, mas como iremos fazer o que quer que seja quando tem dezenas de infetados no nosso portão, a passear? Vai ser muito difícil conseguirmos arranjar o que quer que fosse, sem sairmos da paróquia e, enquanto existem 40 infetados no nosso portão.

- É ... então, primeiro teremos de aumentar a dimensão das patrulhas e ia locais. O que quer dizer que teremos de matar todos os infetados de, pelo menos, essa rua. Desse jeito, será mais fácil voltarmos para lá.

- Como é que faremos a gestão da quantidade de infetados que temos de matar? É que né, se não tivermos um número exato de infetados para matar, poderemos matar menos do que o suposto.

- Bem, faremos desse jeito. Vocês têm de ir pegar as vossas coisas e podem até ficar lá por uns dias, se acharem mais agradável para vocês. Faremos este processo, o mais rápido possível e depois, vocês voltarão e ficarão aqui. Para isso, faremos duplas que farão turnos quando o sol estiver a nascer e no pôr do sol. O mínimo que podem matar, são 20 infetados.

- E a S/n? - todos olham para mim. Não entendi o porquê, por isso fiquei com a maior cara de bosta, de sempre.

- Eu o quê?

- Você não está completamente curada, mas tem de fazer os turnos também...

- Isso é fácil - os olhares voltaram a Emilia, que esteve a explicar tudo, até agora - A S/n fará na mesma, só que ela e o seu parceiro de turnos, só farão 10.

- E todos nós ficaremos no mesmo sítio?

- Não, má convém que no início, todos comecem o mais perto da paróquia, possível. Com o tempo, vocês vão puder dividir-se e ir para caminhos mais longínquos e daí, vamos conseguir criar caminhos e estratégias para conseguirmos impedir os infetados de voltar.

ཻུ♡ 𝕰𝖘𝖈𝖔𝖑𝖍𝖆  ཻུ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora